Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
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Acabando com o sofrimento de amor
O retorno chocante da Madisyn
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
A ex-mulher muda do bilionário
Um casamento arranjado
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Desde a infância, sabia que era diferente. Sentia a floresta pulsar em minhas veias, ouvia o sussurro das árvores e sentia os olhos dos lobos me observando. Hoje, mais do que nunca, a floresta chamava por mim. Era uma sensação difícil de descrever, uma mistura de inquietação e expectativa.
Enquanto caminhava pela trilha, a luz suave do sol filtrava-se pelas copas das árvores, lançando sombras dançantes no chão. Cada passo parecia ecoar uma mensagem antiga, um chamado que eu ainda estava aprendendo a entender. Meu arco pendia nas costas, e a aljava de flechas batia levemente contra minha perna a cada movimento. Sombra, o lobo de pelagem negra, seguia-me de perto, seus olhos brilhando com uma inteligência que eu quase podia considerar humana.
"Hoje é o dia, não é?" murmurei, mais para mim mesma do que para ele. Sombra levantou a cabeça, seus olhos encontrando os meus por um breve momento antes de se voltar para a trilha à frente. Era como se ele soubesse algo que eu ainda não sabia, uma verdade oculta nas profundezas da floresta.
Continuei caminhando, cada vez mais imersa nos sons e cheiros ao meu redor. O vento carregava o aroma da terra úmida, das folhas em decomposição e do musgo fresco. Era um cheiro familiar, reconfortante. Cresci nesses bosques, treinando sob a orientação dos anciãos da aldeia. Eles me ensinaram a caçar, a rastrear, a sobreviver. Mas, acima de tudo, ensinaram-me a ouvir.
"Escute, Mia," dizia-me a anciã Lena, a voz suave mas firme. "A floresta fala de muitas formas. Você deve aprender a ouvir com o coração, não apenas com os ouvidos."
E assim o fiz. Aprendi a ouvir o farfalhar das folhas, o canto dos pássaros, o silêncio carregado de significados dos lobos. Aprendi a entender as mensagens sutis e, às vezes, as não tão sutis que a floresta enviava.
Hoje, a mensagem era clara. Algo estava mudando, algo grande. Segui o caminho que conhecia de cor, mas que sempre parecia novo. Cada curva, cada pedra, cada raiz tinha uma história a contar. Cheguei a uma clareira que eu visitava frequentemente para meditar e praticar minhas habilidades. No centro, havia uma grande pedra plana, coberta de musgo, que servia como um altar improvisado.
Sentei-me na pedra, fechei os olhos e respirei fundo, deixando os sentidos se aguçarem. Sombra sentou-se ao meu lado, sua presença tranquila me acalmando. Foi então que senti. Um chamado. Não era um som, mas uma sensação, uma pulsação que parecia vir do coração da floresta.
"Mia," a voz de Lena ecoou em minha mente. "Você é a escolhida. É seu destino se tornar a Rainha dos Lobos."
Essas palavras, que ela dissera tantas vezes, finalmente faziam sentido. Abri os olhos, sentindo uma nova determinação crescer dentro de mim. Levantei-me, Sombra imitando meu movimento. Ele parecia pronto para me seguir, para me guiar.
"Vamos, Sombra," disse, a voz firme. "Vamos descobrir o que a floresta quer nos mostrar."
Caminhamos mais profundamente na floresta, indo além dos limites que eu costumava respeitar. A vegetação ficou mais densa, os caminhos menos definidos. Cada passo nos levava mais fundo no desconhecido. E então, no meio da densa floresta, encontramos um lugar que nunca tinha visto antes. Era uma pequena caverna, parcialmente escondida por uma cortina de vinhas.
Entramos na caverna, a escuridão nos envolvendo. Sombra seguiu-me de perto, seus olhos brilhando como faróis na penumbra. A caverna se abria para uma câmara maior, onde uma luz fraca emanava das paredes cobertas por musgo luminoso. No centro, havia um altar de pedra semelhante ao da clareira, mas este estava adornado com símbolos antigos que eu não reconhecia.