O caminho para seu coração
A proposta ousada do CEO
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Minha assistente, minha esposa misteriosa
A esposa em fuga do CEO
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A ex-mulher muda do bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
Era estranho
Greta encarou a garota de cabelos castanhos longos e olhos verdes grandes demais para o rosto que a devolveu o olhar. Era estranho depois de tantos anos acostumada com seus cabelos presos a um coque no topo na cabeça, agora estarem soltos. Era diferente para ela, ver como eles caiam tão bem sobre seu rosto. Gostava do jeito que eles escondiam sua timidez. Ela sorriu para si mesma. Tinha se passado três semanas desde que saiu do orfanato, mas ainda não estava acostumada com sua nova rotina, seu novo estilo de vida, onde podia fazer o que quisesse. Sem regras, sem medo de errar e ser castigada. Lembrou-se que no orfanato onde cresceu era sempre cheio de regras rígidas, muitos afazeres que eram rotina para ela. Orar, estudar e ajudar na limpeza do orfanato.
Quando Greta pensava na sua infância, sentia uma tristeza profunda. Não teve a oportunidade de conhecer seus pais biológicos, nem sabia se ainda estavam vivos, muito menos como se chamavam. Foi abandonada quando era um bebê, cresceu sem o amor de uma mãe, mesmo com os esforços das irmãs, Greta sentia que aquilo era muito diferente de um amor de uma mãe de verdade, sempre se sentia sozinha e desamparada. Quando rezava, costumava pedir um pai e uma mãe antes que completasse seus dezoito anos, porém nunca aconteceu, eles nunca chegaram. Eles nem sequer olhavam para ela.
A garota suspirou.
Será que seria capaz de cuidar de si próprio?
- O que achou? - Uma voz perguntou, tirando a jovem de seus pensamentos.
Olhou para a dona da voz. Uma mulher loira de cabelos curtos. Ela parecia simpática.
- É... Muito bonito - Respondeu Greta, engolindo em seco.
- Por que não entra para experimentar?
Greta olhou para a vitrine, agora realmente olhando para o vestido por trás do vidro. Vermelho, justo e com um decote profundo. Logo sentiu suas bochechas queimarem. Era constrangedor para ela se imaginar vestida naquele vestido, mas, ao mesmo tempo, estava admirada com a beleza da peça.
Não! - Pensou.
Era como se alguém - a Madre - a estivesse vigiando.
Também não tinha dinheiro para comprar aquele vestido que estava na cara que era caro. Ainda nem tinha recebido seu salário.
- Eu agradeço, mas acho que não vou experimentar - Respondeu sorrindo para a mulher. - Eu não estou procurando por um vestido agora.
- Tudo bem, sem problemas - A mulher respondeu, sorrindo de volta. - Mas se você mudar de ideia, eu estarei aqui para atendê-la.
Greta agradeceu novamente se afastando da loja. Caminhava sem pressa em direção a sua casa, não exatamente uma casa, era um quarto nos fundos de um casarão onde a jovem trabalhava. Trabalho que a Madre arranjou para ela como empregada para uma família de gente muito rica. Não era um dos melhores empregos, mas ganharia bem. Greta se sentia muito agradecida pela Madre, tinha um emprego estável e um lugar para chamar de lar. Ainda não se sentia à vontade, estava acostumada a viver no convento, onde tudo era familiar e previsível. Agora, estava vivendo em uma casa estranha, trabalhando para uma família que mal conhecia. Mas mesmo assim era agradecida por ter pelo menos um teto sobre sua cabeça e comida na mesa todos os dias. Ela sabia que devia muito à Madre e estava determinada a mostrar sua gratidão trabalhando duro e fazendo o melhor que podia.
Chegou ao casarão e entrou pelo portão dos fundos do quintal que dava diretamente para o alojamento dos empregados, seguindo diretamente para o seu quarto. Sentou-se na cama e olhou ao redor. Era um espaço pequeno, mas aconchegante, com uma cama, uma cômoda, uma pequena mesa e um frigobar. Ela ainda não tinha muitos pertences, trouxe apenas uma mala com as pouco roupas que tinha. Levantou-se e foi até a pequena janela do quarto. Olhou para o quintal, sentindo-se um pouco solitária. Hoje era seu dia de folga, mas Greta não sabia o que fazer, não conhecia ninguém e era nova na cidade.
Voltou para a cama e pegou um livro que havia trazido do orfanato. Olhava para o livro e várias recomendações passavam por sua cabeça. Tinha ganhado o livro da Madre para que Greta nunca esquecesse do orfanato. Decidiu então passar o resto da noite lendo. Agora esse livro seria algo que sempre a ajudaria a relaxar e fazê-la se sentir segura. Aço chegou-se na cama e abriu o livro, perdendo-se nas páginas. Já eram quase oito horas da noite quando Greta decidiu se deitar, estava quase pronta, quando a porta de seu quarto abriu de repente.
- Ainda bem que você... chegou... - Disse Nanda, estava quase sem fôlego. - A Sra. Julie está chamando todos os empregados, ela quer ter um particular.
Greta levantou-se imediatamente da cama imediatamente indo até o frigobar para pegar água para a mulher.
- Você tem que se acalmar. - Disse Greta entregando o copo com água para a mulher.
Ela bebeu rapidamente.
- O que deve ser? - Perguntou Greta
- Eu não sei. - Colocou o copo sobre a mesinha. - Mas vamos logo.
Saíram do quarto.