O caminho para seu coração
A proposta ousada do CEO
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Minha assistente, minha esposa misteriosa
A esposa em fuga do CEO
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A ex-mulher muda do bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
NORIAH NORTE, 22 ANOS ANTES.
Assim que o movimento enfraqueceu, pedi para minha chefe:
— Senhora Miranda, não me sinto bem. Será que eu poderia sair um pouco mais cedo hoje?
A mulher, com cara de poucos amigos, olhou no relógio e disse, secamente:
— Vou descontar estes quinze minutos do seu salário.
— Ok — aceitei.
Peguei minha bolsa e senti-me enjoada novamente. E sabia que um pouco era pela forma como ela havia me tratado. Não bastava ser rica, tinha que ser também uma pessoa cruel e sem coração.
Além de não estar realmente nos meus melhores dias, tinha que passar no laboratório para retirar o exame antes que fechasse as portas. Sim, porque meu horário de trabalho não coincidia com o deles, então o simples fato de retirar um papel era algo extremamente difícil. E não, eu não tinha ninguém que pudesse fazer aquilo por mim.
Assim que saí na rua, senti o cheiro de escapamentos de carros, o trânsito congestionado, o vai e vem de pessoas de um lado para o outro e incrivelmente aquilo fez-me sentir melhor do que dentro do meu local de trabalho.
Andei rapidamente, enquanto olhava os ponteiros do relógio indo mais rápido do que eu esperava.
Senti uma mão firme segurar meu braço, de forma tão brusca que quase caí.
Olhei o homem baixo, bem vestido e não lembrei de ter tido contato com ele antes em algum momento de minha vida.
Fixei o olhar no braço, que o homem seguia apertando.
— Precisamos conversar — a voz foi gélida e tão firme quanto os dedos dele na minha pele.
— O senhor... Deve estar me confundindo com alguém — andei um passo para o lado, quase encostando na fachada de um prédio, puxando meu braço do toque nada gentil dele.
— Não estou confundindo você com outra pessoa, “Candy” — o meu nome soou de forma debochada, reiterado com o sorriso de desdém dos lábios dele.
— De onde... Me conhece? O que quer comigo?
— Podemos tomar um café? Eu pago.
— Não — falei amedrontada.
— Seria melhor falarmos num lugar mais reservado.
— Não... — minha voz soou mais fraca e olhei para os lados, pensando se era possível fugir dali.
— Não quero ser violento com você, Candy.
— O que... Eu fiz?
Certamente o homem estava me confundindo com alguém. Eu era morena, magra, olhos escuros... Um tipo comum. Respirei fundo e sorri:
— Não sou quem o senhor está pensando, eu garanto. Deve haver um mal-entendido aqui.
— Candy Smith... Trabalha na loja de tecidos na esquina da quinta com a sexta avenida. A “doce” proprietária se chama Miranda Collor. Ah... Você mora num quarto fedido e nojento, que chama de “casa”.
— Eu...
— Venha comigo agora!
Eu poderia dizer não. Mas tive medo. Como aquela pessoa que eu nunca vi sabia tanto sobre mim?