Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
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Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Janeiro de 2014
Morgana Foster
Uma garota saiu de dentro da sala e não havia um sorriso em seu rosto, isso significava que ainda havia uma pequena chance de salvação para mim e meu pai. Que eu poderia sair dali casada e "feliz."
Que piada de mal gosto!
Com dois empregos e as mensalidades da faculdade acumuladas e meu pai em quimioterapia, eu estava esgotada. Não só as despesas da faculdade estavam acumuladas, mas a conta do hospital cada vez maior e a situação da saúde de meu pai havia piorado muito nos últimos meses e, por isso, apenas por isso, resolvi aparecer nessa entrevista para um casamento de fachada.
Sim, isso é no mínimo estupido. Quem ainda precisa de uma coisa dessas em pleno século XXI?
Ele poderia ser um homem tímido demais para arranjar uma esposa. Ele poderia ser um executivo muito ocupado que não queria se preocupar com arrumar uma esposa realmente. Ou simplesmente ser um homem feio. Um milhão de coisas passaram na minha mente enquanto, aguardava meu nome ser chamado e rezava para que a outra garota não tivesse se saído tão melhor que eu me sairia agora.
A simples ideia de um casamento de fachada para resolver meus problemas financeiros e salvar a vida do meu pai era quase ridícula, mas, diante da adversidade, era a única solução que eu conseguia enxergar. Sem expectativas românticas ou interesses pessoais, tudo se resumia à sobrevivência. A ideia de uma união por obrigação, apenas para manter meu pai vivo, ressoava em minha mente como um mantra necessário.
Uma risada desgostosa escapou dos meus lábios. Realmente, quem quer que fosse meu pretendente, ele era uma pessoa com muito dinheiro e influência porque até mesmo este hotel era caro e luxuoso demais para uma pessoa comum.
Eu estava tão afundada em dívidas que minhas únicas opções eram; entrar nesse casamento por contrato ou virar prostituta. Não que houvesse muita diferença entre as duas coisas, Bora eu estivesse tentando me convencer que havia.
Nenhuma das duas coisas parecia uma boa opção. Mas dos males o menor, não é? Aqui era minha tábua de salvação.
A ideia de vender meu compromisso ou minha dignidade por necessidade financeira esmagava meu orgulho e me sufocava. No entanto, o sentimento de impotência e a urgência em ajudar meu pai me levavam a considerar qual—quer alternativa, por mais desumana que parecesse.
Entrei na sala escura e vazia, os poucos feixes de luz adentrando as cortinas finas contrastando com o ambiente rico. Me sentei em uma das cadeiras, enquanto aguardava nervosa, a porta se abriu em seguida e um homem idoso entrou na sala.
— Boa tarde, senhorita... — Ele começou, seus olhos me avaliando atentamente enquanto eu tentava não parecer tão deslocada.
— Morgana. Morgana Melissa Foster. — Respondi, tentando controlar o tremor na minha voz.
O homem sentou—se, me olhando com uma expressão ponderada. — Entendo que esteja aqui por uma necessidade premente, senhorita Foster. — Ergui a sobrancelha para ele. — Não acha que não investiguei cada candidata antes dessa seleção acha?
Balancei a cabeça negativamente e o idoso riu baixo recostando-se na cadeira. — Existem várias cláusulas que você vai ter que cumprir caso aceite a proposta final. No entanto, o casamento que estamos considerando não é uma decisão trivial. Meu neto, Ryan, está passando por circunstâncias desafiadoras. Ele não busca uma esposa por mera formalidade, mas sim por necessidades específicas.
Engoli seco o bolor na minha garganta antes de responder. — Compreendo, senhor. Estou ciente das dificuldades de ambos os lados. Estou aqui porque não vejo outra saída para as dificuldades financeiras da minha família, principalmente a saúde do meu pai. Isso é o mais importante para mim neste momento.
— Eu entendo sua situação, mas precisamos garantir que, se isso prosseguir, será uma solução que beneficie ambas as partes. Este não é um contrato comum, é um acordo que exigirá compreensão e respeito mútuos.
Conversamos por mais algum tempo, detalhando as expectativas e necessidades mútuas. Ao final da conversa, o senhor Burke olhou—me com uma expressão grave seus olhos azuis assumindo aquele tom sombrio que fez minha coluna se arrepiar, — Se isso seguir adiante, lembre—se, senhorita Foster, que tudo o que fizermos aqui terá consequências. Procure a sabedoria além da necessidade, e talvez, quem sabe, surja algo mais do que apenas um contrato de conveniência.