Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Havia uma bela cafeteria localizada na 34th, chamada "Ellen's coffe". Era um lugar calmo, geralmente com poucos fregueses e consequentemente silencioso. Perfeito para degustar um café com leite na presença de um romance histórico de Jane Austen, deixar-se envolver num dos romances policiais da dama do crime, vulgo Agatha Christie, ou fazer um acordo que mudará o rumo da sua vida para sempre.
Quando abri a porta um sininho tocou levemente, como que anunciando a chegada de mais um freguês. O espaço era bastante quentinho, contrastando com o clima frio de fora, um lugar aconchegante com paredes de tijolo, e mesinhas em estilo bistrô, que davam a vista para o movimento dos transeuntes à nossa frente. Tão logo aproximei-me do balcão para fazer o meu pedido, uma garota de cabelos ruivos com uma franjinha e um rosto sardento logo notou à minha presença.
__ Bom dia, senhorita. O que deseja?— proferiu com um sorriso cortês.
__ Eu vou querer uma caneca de café puro e sem açúcar e um pão francês com manteiga sem sal light.
Ela anotou rapidamente em seu bloquinho de notas. Dei uma rápida olhada no relógio e ocupei uma mesa mais afastada das demais, aquele ponto de encontro foi escolhido minuciosamente, o meu futuro acompanhante não gostava de atenção indesejada.
Pelo menos foi o que eu pensei antes de vê-lo descendo de uma Ferrari preta novinha em folha, é claro que aquela exibição não passou batida aos olhos dos poucos fregueses dentro da cafeteria e de algumas pessoas que andavam pela avenida.
Embora eu o detestasse com todas às minhas forças no momento, tinha de admitir que Antonio de Santis era um homem de tirar o fôlego, à sua beleza estonteante não passava desapercebida por nenhuma mulher.
Antonio Geovani de Santis, 37 anos de pura prepotência e diretor de um grande império bancário. Apesar da tenra idade ele tinha a astúcia do diabo, sabia usar todo o dinheiro, influência e beleza que possuía ao seu favor.
O homem adentrou o estabelecimento e bastou uma rápida avaliação pelo espaço para que os nossos olhares se cruzassem. Eu senti um calafrio perpassar por minha coluna quando ele começou a caminhar até mim.
Antonio sabia do poder que exercia sobre as pessoas à sua volta e aquilo só alimentava ainda mais o seu ego.
Quando ele ocupou a cadeira à minha frente eu adotei uma expressão sisuda e endireitei à postura como mademoiselle Felicy me ensinara nas suas aulas de etiqueta. O cheiro do seu perfume inebriante trouxe consigo pensamentos libidinosos que envolveram à minha mente de uma forma perversa.
__ Eu trouxe o contrato, quero que você o assine agora.
Antonio de Santis pronunciou sem cumprimentos ou conversas triviais. A sua voz era firme e destacava o facto de estar impaciente.
__ Senhorita aqui está o seu pedido.
A garota ruiva anunciou, parada ao nosso lado com um sorriso nervoso. Os seus olhos estavam presos no homem de expressão séria que estava prestes a esganar-me caso eu não assinasse um maldito contrato que selaria as nossas vidas para sempre caso eu não interviesse.
__ Obrigada querida.__ sorri gentil, ajudando-a a colocar o meu pedido sobre a mesa.
__ O senhor vai querer algo?
A ruiva franziu as sobrancelhas e mordeu o lábio inferior. Antonio fitou-me nos olhos intensamente, um claro aviso de que ele estava a perder a porra da paciência.
__ Os senhores têm whisky?
Eu revirei os olhos e encarei a menina, vendo-a com a boca escancarada.
__ Ele vai querer um café puro.
Ela assentiu e retira-se, parecendo nervosa. Fito Antonio com o sobrecenho franzido, eu não estava disposta a assinar aquele contrato pré-nupcial deliberadamente, à minha liberdade estava em jogo.
__ Se aceitei casar-me com o senhor foi por consideração ao meu pai que lutou tanto para construir o seu império. Iria cortar-me o coração ver os bens que ele se matou para conseguir irem parar à mão de estranhos.
Antonio sorri de lado, um sorriso cínico e carregado de escárnio.
__ Poupe-me do seu discurso fraternal, Savanah. Ambos sabemos que é uma mulher egoísta, se aceitou casar-se comigo, é porque está preocupada com o seu futuro. Tem medo que à sua carreira despenque caso as pessoas saibam que à sua família foi à falência e que o seu pai deixou-vos como herança inúmeras dívidas.
Eu olho para os lados, preocupada com a possibilidade de algum curioso estar a ouvir a nossa conversa. Seria o cúmulo para mim se amanhã essa informação estivesse nos principais tabloides de fofocas.
__ Cale à sua boca Antonio. Eu proíbo você de tocar nesse assunto! E o senhor não é nenhum santo que irá casar-se comigo por amor. Essa união irá beneficiar mais a si do que à minha família.
Eu calo-me quando a garçonete chega com o pedido. Ela deixa-o cuidadosamente sobre a mesa antes de retirar-se. E claro, ela não conseguiu segurar um suspiro bobo ao olhar para o Antonio com devoção.
__E você tem muito a perder caso não saiba. Como julga que à sua mãe vai continuar a pagar os seus solos e os críticos para você continuar como a número um da Royal Ballet School?
Eu olhei para o homem à minha frente com incredulidade e ceticismo.
__ O que disse?
A minha voz soara esganiçada e alta demais, fazendo com que os poucos fregueses me encarassem de modo repreensor.
__ Deixe de teatro Savanah. Vai dizer que não sabe que à sua mãe paga uma fortuna à mademoiselle Candace para lhe dar os melhores solos nas peças?
Eu estreito os olhos na sua direção e cerro os punhos.
__ Está a mentir, como sempre quer me humilhar, pois, saiba que eu não sou como você. Não preciso recorrer a "artifícios" para sobressair-me. Se estou onde estou foi graças ao meu sacrifício e dedicação.
À sua risada reverbera pelos meus ouvidos, deixando-me ainda mais encolerizada.
__Eu não minto mia cara. Se tem dúvida do que estou-lhe dizendo pergunta à sua querida mãe.
Eu levanto-me bruscamente, fazendo com que a cadeira caia ao chão, provocando um barulho horrível e tornando-me mais uma vez o centro das atenções. Mas, eu não liguei, abandonei a cafeteria pisando duro.