Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
O retorno chocante da Madisyn
Um casamento arranjado
O caminho para seu coração
Acabando com o sofrimento de amor
Um vínculo inquebrável de amor
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
INTRODUÇÃO
Ofegante, ela corria pela floresta escura e com uma agilidade incrível, saltava galhos e troncos, assim, numa fração de segundos percorria uma grande distância. Se não fosse pelo barulho de suas pernas batendo contra as folhas e os galhos e, também os gritos dos homens que a perseguiam, ela tinha certeza de que o ruído causado por sua respiração fadigada poderia ser ouvido de muito longe.
"Vamos mais rápido, temos que pegá-la!"
"Estamos quase perdendo ela de vista, força, vamos avante!"
Os homens gritavam muito, porém ela não ousava olhar para trás, por causa do medo de ser capturada.
A criança pequena que ela carregava em seus braços, estava junto ao seu peito envolta num tecido grosso e assustada choramingava. Ela sentia-se esgotada de tanto correr.
"Me desculpa, querida. Sinto muito por fazer você sofrer desse jeito", a mulher reclamou e aumentou a velocidade dos passos.
Porventura, ela poderia despistar aqueles homens que a perseguiam? A floresta estava bastante escura, mas alguns reflexos da luz da lua passavam entre as folhas das árvores e ajudavam precariamente na visão do caminho.
De repente, um leve soluço percorreu sua garganta, então sentiu uma dor aguda em sua perna que a derrubou no chão no mesmo instante.
"Ai, acertaram em minha perna!" Começou a sentir dores insuportáveis que percorriam o seu corpo todo.
Naquele momento, seu bebê soltou-se de seus braços e rolou sobre as folhas secas espalhadas pelo chão.
"Não, acredito... por que me aconteceu isto agora?" Ela gemia, segurando sua perna.
Poderia afirmar que foi atingida por uma flecha envenenada com um dos venenos mais fortes das bruxas. Ninguém poderia sobreviver de tão letal que era... Ninguém mesmo!
E o bebê dela... onde poderia estar...
Ela ignorou as fortes dores e rastejou até onde estava o bebê e a puxou próximo ao peito enquanto se deitava de costas no chão. Sem sombra de dúvidas, agora aqueles homens iriam alcançá-la.
"Ei, sua luta chegou ao fim, Lura", uma voz feminina e ameaçadora ecoou perto dela.
Tinha certeza de que aquela flecha envenenada partiu dela.
De costas para o chão e olhando para cima pôde vê-la parada ali no escuro, vestida com seu longo vestido preto, que varria as folhas que estavam ao redor.
"Ayita, o que você quer comigo!" A mulher se estremeceu e não conseguiu finalizar suas palavras.
"Não posso acredita que você realmente pensou que poderia fugir do seu julgamento, Lura?" Ela falava e batia os pés no chão.
"Você achou que tinha inteligência suficiente para escapar da pena que você mesma causou através de suas fantasias?"
Vários soluços apertavam a garganta dela, já muito seca de tanto correr.
"Ei, por favor, minha filha não tem nada a ver com isso... Peço por favor, para não a machuque, pois ela é apenas uma criança inocente."
"Não, muito pelo contrário, sua filha tem TUDO a ver com isso!" Um potente raio riscou o céu enquanto Lura falava com arrogância e muita raiva.
"Você deveria saber que sua filha, Ayita, é uma maldição. Ela se tornou maldita no mesmo dia em que você se deitou com um de nossos inimigos e a gerou. Você quebrou uma das nossas leis mais sagradas, Ayita, e você e sua filha híbrida têm que pagar por isso!"
"Mas, ela não vai causar nenhum problema... Pode acreditar no que estou falando. Por favor Lura, você deveria me ouvir e deixá-la em paz."
"Você é uma bruxa, Ayita e uma das nossas melhores. Então, não deveria ter se apaixonado por um de nossos maiores inimigos e ainda pior, ter uma filha dele. Confesso que me decepcionou!"
"Não, por favor..."
"Cale-se, a conversa chegou ao fim, Ayita!" Suas palavras causaram mais um forte raio e outro estrondoso trovão.
Os homens que perseguiam Ayita haviam chegado ao local e pararam todos em volta para assistir ao diálogo entre as duas mulheres.
"Como Rainha das Bruxas Oceânicas do Oeste, eu sentencio você, Ayita e sua filha, à morte", ela estendeu a mão em sua direção e foi nesse momento que Ayita soube que sua vida chegaria ao fim, caso não fizesse nada para intervir.
Só havia uma coisa que ela podia fazer, lutar contra Lura. Mas com o veneno da flecha em seu corpo, usar seus poderes drenaria suas forças e a mataria. Mas, e o bebê dela... Dessa forma, não teve outra escolha.
Então, quando Lura estava prestes a usar a varinha mágica, Ayita soltou um grito muito intenso que causou uma grande tempestade.
A vibração rompeu os céus e estremeceu as árvores ao redor pela força da tempestade que se iniciou, então Lura ficou surpresa e muito assustada.
"Ayita, não, não faça isso!" Gritou angustiada e rapidamente liberou os poderes de sua varinha mágica, todavia, já era tarde demais, nessa altura um redemoinho de vento uivante a varreu e a levou para muito longe e, assim, arrancou uma árvore com as raízes ao bater contra ela.
Todos os homens que estavam ao redor também foram arrastados pela fúria do vento, e lançados para longe.
Ayita tinha certeza de que nenhum deles sobrevivera ao contra-ataque dela.
Segundos após os gritos da luta travada entre elas, a tempestade cessou e a floresta ficou calma e serena, como se nada tivesse acontecido. Estava tão serena, que era possível ouvir os alaridos dos grilos e o canto distante das aves noturnas da floresta.
Ayita sentiu suas forças se exaurindo dela e suas mãos mal conseguiam segurar seu bebê que estava ao seu lado brincando com um galhinho seco.
"Eu te amo minha princesinha e farei de tudo para proteger você." Ela sussurrou bem de leve e de repente, seus olhos se fecharam num sono profundo.
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CAPÍTULO 1
23 ANOS DEPOIS
"Ei Shilah, seja mais rápida! Você é muito lerda", ela murmurou da mesa onde estava sentada.
"Você anda como se fosse uma lesma, vamos, apresse-se."