Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
4 anos atrás
Depois de uma semana longe de casa, em uma intensa e cansativa maratona de reuniões pelas plataformas de petróleo que administrava, eu me sentia finalmente feliz. Amava o que fazia e fui criado para assumir esse cargo. Meu pai se garantiu disso antes de morrer de câncer há dois anos. Eu o amava, assim como Christophe e minha mãe, porém fui eu quem sempre estive no seu pé durante os meus anos de vida.
Não diria que minha vida era perfeita, pois isso é uma ilusão, mas consegui o que esperava: uma noiva maravilhosa, com quem iria me encontrar em alguns minutos, e um trabalho bem-sucedido na petrolífera. Até então, tudo estava como deveria ser.
O apartamento na cobertura de um dos mais altos prédios de Nova York se encontrava todo bagunçado, com roupas por toda parte. Era estranho vê-lo assim, já que Adelaide era uma mulher que odiava as coisas fora do lugar. Mesmo sendo segunda-feira de manhã, já deveria estar tudo organizado por Maria, nossa empregada.
Coloquei em cima do sofá branco a pasta que carregava e andei até o quarto. Não estava muito feliz, porque as roupas espalhadas pelo chão não eram todas femininas, mas também masculinas, e não havia razão para isso, já que eu tinha passado dias fora e Adelaide não tinha o costume de jogar minhas vestimentas pela sala.
Sentia-me quase sem ar a cada passo que dava, ouvindo um barulho estranho vindo do quarto. Só poderia ser algum tipo de pesadelo ou algo bizarro acontecendo. Qualquer opção que não fosse essas não seria recebida por mim com tanta tranquilidade.
A porta do nosso quarto estava entreaberta e, ao me pôr em frente a ela, meu coração se afundou dentro do peito.
Os tons claros da casa davam uma boa iluminação, além das muitas janelas imensas nos cômodos.
Não sabia como agir. Assistia à minha noiva, a mulher que eu mais amava, transando com o meu melhor amigo, Mathews, como se fossem universitários apaixonados por sexo. Dentro de mim se formava um sentimento de dor que se transformava em raiva a cada instante.
Estendi a mão para abrir completamente a porta e estragar a diversão dos dois, mas não consegui. Senti as lágrimas nos olhos e me recusei a deixá-las caírem. Usei minha raiva e decepção para sair do apartamento, levando comigo a pasta que carregava. Apertava suas alças como se estivesse os ferindo também, porém isso só acontecia comigo, com a dor no peito.
Desejei socar algo, talvez o metal do elevador ou qualquer outra coisa que encontrasse. Respirei fundo, imaginando que minha vida quase perfeita se tornou um inferno ao descobrir a traição de duas pessoas que eu amava.
Assim que as portas do elevador se abriram, saí de dentro dele como se fosse perder alguma reunião importante. Não quis parar para falar com ninguém, mesmo que o porteiro estivesse interessado em saber se eu havia me esquecido de algo no carro. Dei graças a Deus por Taylor ainda estar lá.
— Senhor....
— Vamos embora deste lugar. — Abri a porta e me sentei no banco de trás do veículo, sentindo que minha cabeça começaria a doer a qualquer momento.
— Para onde vamos? — ele perguntou sério.
— Ao meu flat, e depois à empresa. — Joguei a pasta para o canto, como se ela estivesse me causando a repulsa que eu sentia.
Durante o caminho não conseguia me esquecer do que tinha acabado de presenciar. Eu a amava, estávamos com a data marcada para o casamento, e ele seria o meu padrinho.
Tentei me acalmar respirando fundo, contudo não funcionou. Eu estava tão puto, que poderia mandar parar o carro só para socar o rosto daquele idiota.
— Precisa de algo? — Taylor me olhou pelo espelho do carro. Ele não era só o meu motorista, como também um amigo que às vezes me ajudava a treinar na academia. — Parece abalado.
— Quero bater em alguém, mas se eu voltar agora, vou acabar matando aquele imbecil. — falei furioso.
Ele não disse mais nada e voltou a se concentrar no trajeto.
Pensei em como seria a minha vida depois daquilo. Eu achava que não poderia confiar em mais ninguém, muito menos em uma mulher. Sabia que não deveria generalizar, mas como me esquecer de uma traição como aquela? Se ela tivesse terminado comigo, com certeza teria sido mais fácil de aceitar. Entretanto, Adelaide escolheu me trair com o meu melhor amigo.
Durante uma curva, a minha atenção se voltou ao percurso. Não estávamos nem um pouco perto do meu flat.
— O que está fazendo? — questionei. — Eu disse...
— Não está em condições de trabalhar. — falou sério novamente.
Eu diria que Taylor era mais meu amigo do que Mathews; ainda mais naquele momento. Nós dois viemos de mundos diferentes, porém sempre o vi como amigo e o ajudava no que precisasse.
— Não sei o que aconteceu, mas acho que o que tem que fazer agora é relaxar.
— Não vai dar para relaxar. — respondi exaltado. — Você relaxaria se descobrisse que sua noiva está fodendo com seu melhor amigo?
Não houve resposta, todavia pude ver sua surpresa. Quem não se sentiria surpreso com algo assim?
Quando o automóvel parou, estávamos no único lugar onde minhas energias poderiam ser gastas. Nem me importava se tinha feito um voo longo de Dubai para Nova York.
— Acho que bater em alguma coisa pode ajudar.
***
Chris
4 anos depois
— Será um grupo de pessoas, homens e mulheres, que poderão ter encontros a cegas e acabarem namorando ou não. — explicou Hoper, uma das mulheres mais incríveis que eu conhecia.
A mulher era linda, com a pele cor de oliva, cabelos cacheados acima dos ombros e uma boca maravilhosa. O problema que eu estava enfrentando era que ela não me queria. Simplesmente, achava-me um safado aproveitador. O que não era totalmente mentira.
Só de estar ao seu lado, ouvindo-a falar essas coisas inteligentes, ficava maluco e bobo. Só uma pessoa conseguiu fazer isso comigo e eu estava tentando esquece-la.
— E você acha mesmo que as pessoas vão aceitar participar dessa loucura? — perguntei após beber um gole da cerveja que não era uma das melhores que já tinha bebido, porém a única que servia naquele bar universitário.
— Está me descredibilizando? — Estreitou os olhos.