Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
Acabando com o sofrimento de amor
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Eu sempre me senti sozinha dentro de casa, principalmente depois que minha mãe resolveu nos abandonar quando eu era criança, as coisas entre meu pai e eu só pioraram desde então.
Sei que no começo ele tentou se manter firme e manter a nossa relação como estava, porém, as coisas não saíram como esperado e eu nem posso culpá-lo por isso, sou extremamente parecida com minha mãe e isso deve ser difícil para ele.
Apesar de não demonstrar mais, eu sinto grande mágoa pelo que ela fez conosco, sempre me pergunto o que a levou a fazer isso, sua relação com meu pai aparentemente era boa e ela sempre fora uma ótima mãe, cuidava muito bem de mim e tinha amigos incríveis.
Bom, nunca saberei a verdade, já que há alguns anos soubemos que ela sofreu um acidente de carro e não sobreviveu, o que despertou uma frieza incomum em meu pai, nos distanciamos ainda mais depois disso.
Inexplicavelmente fui chamada por meu pai para entrar em seu escritório, sendo que nunca posso entrar lá, talvez pelo fato de nunca ter me interessado pelos negócios da empresa, apesar de meu pai ter me feito estudar vários cursos que me preparavam justamente para isso.
Não é fácil ser filha única.
Caminhei calmamente, na verdade, nem tão calma assim, mas precisava manter as aparências, meu pai havia me chamado a sua sala, era algo que eu realmente não esperava.
A ansiedade por saber do que se tratava tomava conta da minha mente, fiquei parada na entrada, por precaução, podia ser uma notícia tão ruim quanto boa.
— Mandou me chamar?
— Sim, entre filha, temos algo a tratar.
Ele me deu um olhar preocupado, automaticamente comecei a me lembrar de todas as coisas que poderia ter feito para que me chamasse aqui, mas eu não sou do tipo que faz besteiras por aí, pelo menos não de propósito, e sua expressão denunciar algo bem sério, e estava me deixando apreensiva…
— Aconteceu algo… ruim? — perguntei
Então ele gesticulou para que eu sentasse na cadeira à frente da sua mesa, onde havia um computador e muitos papéis espalhados desajeitadamente.
— Estamos com grandes problemas. — resmunga.
Permaneci em silêncio reparando que ele não me encarava de forma alguma, parecia evitar contato visual.
— Na empresa.
Por alguns instantes tive certeza do que se tratava, ele estava pedindo para que eu trabalhasse com ele novamente, e isso estava fora de questão.
— Olha Pai, se me trouxe aqui para pedir que eu faça parte da empresa da família, não adianta eu estou decidida a permanecer afastada e nada do que você dis…
— Não é nada disso. — me cortou abruptamente.
— Estamos falindo, e a equipe de administração está quase certa de que será necessário vender tudo, ou declarar falência e se afundar ainda mais em dívidas!
O encarei, perplexa!
Como poderíamos estar falindo? Meu pai não era sempre responsável e tão dedicado?
Essa empresa estava na família há gerações, embora eu não queira fazer parte dos assuntos relacionados a ela por motivos pessoais, reconheço o quanto ela significa para o meu pai e a sua história na minha família.
Sei também que é devido aos seus bons lucros, que possuímos uma vida boa e confortável, o que tem me ajudado com meus projetos de caridade, não tenho medo de ficarmos pobres, mesmo não sendo apegada aos bens materiais, tenho ciência do quanto seria péssimo perder todos os nossos bens!
Seria um grande escândalo na mídia, é verdade, e isso poderia deixar meu pai ainda mais afogado em mágoas, seria mais uma consequência da cicatriz que minha mãe deixou em nossas vidas.
Eu nunca presenciei meu pai chorando, nem mesmo fungando, mas o encarando pude perceber o quanto ele estava abalado e isso me entristecia ainda mais, queria realmente poder ajudar de alguma forma.
— Mas... como? Por quê?
— É um império caindo, uma soma de muitas decisões ruins, desvios de dinheiro… a lista é imensa.
— Mas não há solução?
Apesar de meu pai ter os defeitos dele, eu o amo, e neste momento até pensei na possibilidade de passar por cima do meu orgulho e entrar na empresa, se eu pudesse ajudá-lo de alguma forma...
— Na verdade... tem sim!
Ele parou e respirou fundo
— Eu juro, minha filha, que eu pensei em todas as possibilidades possíveis, mas essa é a única que daria certo de forma mais imediata.
Comecei a me questionar o que seria, e acredito que chegamos a parte que me diz respeito, receio até mesmo em saber do que se trata, pela forma como está se comportando, dificilmente será algo ruim.