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Coração de Cristal

Coração de Cristal

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Capítulo 1 Um

Palavras: 2947    |    Lançado em: 22/10/2024

di

que me entendo por gente, venho vivido tal como uma tarta

ais de um ano em uma só cidade e eu nunca entendi o porquê. Só sei

dos meus pais, continuo

de um ano em um

po com o mesmo número

ades nunca duram muito

, não é. Acho que quando se é criado de tal forma, você simplesm

mília, que será a mesma até a morte - obviamente -, encontrei um amigo no qual sei que espero ainda

te de um pet shop. Ele ainda era filhotinho e não pôde deixar de chamar minha a

ade, ele me seguia com o olhar e inevitavelmente eu me apaixonava cada dia mais. Até que finalmente criei c

ção. Uma um tanto menos ciumenta e babona, mas tão terapêutica quanto. Bom, talvez terapê

focar minhas energias e dedicação a algo realmente significativo. Não me arrependo de ter perdido inúmeras festas até altas

do diversas palavras no processo, além de sobreviver a salgadinhos e sorvete eventualmente fu

onando alguma série de orçamento baixo cujo eu seria a

m. Cada um com sua própria vida

r uma profissão diferente do que o jornalismo. Eu conheço o meu talento,

dante de jornalismo em um apartamento pequeno e com um enc

lo nome bonitinho. A co

as contas e impedir que eu termine morando na rua só com a roupa do cor

do da

chamado pa

o até a pequena janela de serviço, pegando os pratos e colocando-os sobre a bandeja. Adiciono duas Cocas Diet e uma Fanta laranja, al

sim que vêem a comida chegar e eu só

ão grande de batata frita, duas

mulher mais velha olha para mim e acena com a cabeça como se confirmando que está tudo ali. Vejo uma das

r que tanto esperavam nem mesmo é feito com car

dia passa como de costume: lento e arrastado. No final do dia ajudo meus colegas restantes a l

impeza ainda está impregnado em mim e eu sei que continuará assim até eu chegar em casa. Parad

Adoraria ser um urso e hibernar por sete meses, porém tenho uns mil trabalhos da faculdade para entregar e o prazo está cu

dar a apenas algumas poucas quadras de casa. Finalmente o ônibus para em frente ao prédio onde eu viv

uase desisti e decidi dormir lá nos degraus mesmo. Abro a porta de casa, jogo minha mochila n

eu pé. Penso em ignorar, mas digamos que Felix não goste muito de ser ignorado, portanto não desiste a

u vou l

de, levanto-me do chão. Acompanho Felix até a cozinha enquanto ele praticamente me arrasta pela barra da

tos de pausa para o almoço, um pacote de biscoitos e um copo de água são as únicas coisas que consigo comer

plicar ainda mais a vida das outras e esse é o caso

na panela. Não me julgue, é a coisa mais simples para se fazer e também a única no meu armári

lgum programa qualquer durante meu jantar e passo os canais até parar em um educacional onde no quadro de hoje estão

ro me escapa quando vejo mais um lembrete "discreto" da minha professora sobre o trabalho atrasado que estou lhe devendo. Ela, m

me apoio no encosto do sofá, jogando a cabeça para trás en

a vida escrevendo colunas de fofoca na internet. Ultimamente esse tipo de cois

e mais um pouco sobre a vida dos demai

nha mão e me trazer de volta do poço escuro chamado de minha mente. Eu sorrio e faço um carinho s

tes que a comida esfrie. No entanto, ouço o meu celular começar a tocar a música nova da Sabrina Carpe

orém não concluo a frase, atendendo a ligação e aproximando o aparelho do meu ouvido. - Sra. Full

stá falando? M

icar o nome de quem estava na tela, portanto fazendo preposições muito precipitadas

pensei que foss

outro lado da linha. - Pensei que tivesse ligado err

nha colega. Não que eu possa culpá-la, também ent

em me dar tempo de responder antes de continuar. - Não me diga qu

esse momento. Em uma única coisa todos da nossa universidade concordam:

stou quase terminando, mas ainda falta f

de? Tenho um tempinho liv

er minhas coisas sozinhas, você sab

e pode sempre

de relacionamento. Normalmente as pessoas com quem eu fazia amizade durante a minha in

e me fazer desistir de coisas importantes para mim e ainda

anipulada. E uma vez que me dei conta, decidi cor

, me protegi. Ergui um muro sobre me

uma maneira que eu não sei explicar. Foi tão fácil e tão natural que eu nem percebi. Em poucas semanas j

bons ou ruins. Nos dias de sorrisos ou lágrimas. Quem diria que

tempo livre para continuar esse

contrar na cafeteria perto do campus. A

ndo internamente por ela não poder me ver n

lmente

pouquinho em vista de que a bateria está quase no fim. Pego o meu laptop

ela poderia muito bem ser evitada se eu não tivesse esquecido o meu celular no modo não perturbe

imentadas de uma cidade que parece nunca dormir na esperan

u de encher o meu saco só um segundo esse mês com a cobrança d

se eu não pegar no sono durante as aulas do dia e um milagre maior ainda caso consiga realizar a proeza d

e ainda terei que desmarcar o encontro com os meus amigos durante a minha única pausa de uma hora pela manhã.

, mas após três semanas empurrando esse assunto com a barriga, essa é a minha única oportunidade de consegu

não se trate apenas do fato de eu estar correndo feito uma idiota pela calçada, fazendo o

é minha se... ah, espera...

lso, quando repentinamente sinto meu sangue gelar quando o som de uma buzina me traz de volta a realidade. Eu me viro e quase

u coração acelerado por conta da adrenalina e por um momento eu tenho a im

pelada... quase fui atropel

nisso que eu deveria estar pre

peito, tentando me acalmar de alguma forma. E é nesse

está be

a cujo sotaque soube identificar logo de cara. Voz esta cujo em meio a tantas outras me fazendo a mesm

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