Coração de Cristal
di
que me entendo por gente, venho vivido tal como uma tarta
ais de um ano em uma só cidade e eu nunca entendi o porquê. Só sei
dos meus pais, continuo
de um ano em um
po com o mesmo número
ades nunca duram muito
, não é. Acho que quando se é criado de tal forma, você simplesm
mília, que será a mesma até a morte - obviamente -, encontrei um amigo no qual sei que espero ainda
te de um pet shop. Ele ainda era filhotinho e não pôde deixar de chamar minha a
ade, ele me seguia com o olhar e inevitavelmente eu me apaixonava cada dia mais. Até que finalmente criei c
ção. Uma um tanto menos ciumenta e babona, mas tão terapêutica quanto. Bom, talvez terapê
focar minhas energias e dedicação a algo realmente significativo. Não me arrependo de ter perdido inúmeras festas até altas
do diversas palavras no processo, além de sobreviver a salgadinhos e sorvete eventualmente fu
onando alguma série de orçamento baixo cujo eu seria a
m. Cada um com sua própria vida
r uma profissão diferente do que o jornalismo. Eu conheço o meu talento,
dante de jornalismo em um apartamento pequeno e com um enc
lo nome bonitinho. A co
as contas e impedir que eu termine morando na rua só com a roupa do cor
do da
chamado pa
o até a pequena janela de serviço, pegando os pratos e colocando-os sobre a bandeja. Adiciono duas Cocas Diet e uma Fanta laranja, al
sim que vêem a comida chegar e eu só
ão grande de batata frita, duas
mulher mais velha olha para mim e acena com a cabeça como se confirmando que está tudo ali. Vejo uma das
r que tanto esperavam nem mesmo é feito com car
dia passa como de costume: lento e arrastado. No final do dia ajudo meus colegas restantes a l
impeza ainda está impregnado em mim e eu sei que continuará assim até eu chegar em casa. Parad
Adoraria ser um urso e hibernar por sete meses, porém tenho uns mil trabalhos da faculdade para entregar e o prazo está cu
dar a apenas algumas poucas quadras de casa. Finalmente o ônibus para em frente ao prédio onde eu viv
uase desisti e decidi dormir lá nos degraus mesmo. Abro a porta de casa, jogo minha mochila n
eu pé. Penso em ignorar, mas digamos que Felix não goste muito de ser ignorado, portanto não desiste a
u vou l
de, levanto-me do chão. Acompanho Felix até a cozinha enquanto ele praticamente me arrasta pela barra da
tos de pausa para o almoço, um pacote de biscoitos e um copo de água são as únicas coisas que consigo comer
plicar ainda mais a vida das outras e esse é o caso
na panela. Não me julgue, é a coisa mais simples para se fazer e também a única no meu armári
lgum programa qualquer durante meu jantar e passo os canais até parar em um educacional onde no quadro de hoje estão
ro me escapa quando vejo mais um lembrete "discreto" da minha professora sobre o trabalho atrasado que estou lhe devendo. Ela, m
me apoio no encosto do sofá, jogando a cabeça para trás en
a vida escrevendo colunas de fofoca na internet. Ultimamente esse tipo de cois
e mais um pouco sobre a vida dos demai
nha mão e me trazer de volta do poço escuro chamado de minha mente. Eu sorrio e faço um carinho s
tes que a comida esfrie. No entanto, ouço o meu celular começar a tocar a música nova da Sabrina Carpe
orém não concluo a frase, atendendo a ligação e aproximando o aparelho do meu ouvido. - Sra. Full
stá falando? M
icar o nome de quem estava na tela, portanto fazendo preposições muito precipitadas
pensei que foss
outro lado da linha. - Pensei que tivesse ligado err
nha colega. Não que eu possa culpá-la, também ent
em me dar tempo de responder antes de continuar. - Não me diga qu
esse momento. Em uma única coisa todos da nossa universidade concordam:
stou quase terminando, mas ainda falta f
de? Tenho um tempinho liv
er minhas coisas sozinhas, você sab
e pode sempre
de relacionamento. Normalmente as pessoas com quem eu fazia amizade durante a minha in
e me fazer desistir de coisas importantes para mim e ainda
anipulada. E uma vez que me dei conta, decidi cor
, me protegi. Ergui um muro sobre me
uma maneira que eu não sei explicar. Foi tão fácil e tão natural que eu nem percebi. Em poucas semanas j
bons ou ruins. Nos dias de sorrisos ou lágrimas. Quem diria que
tempo livre para continuar esse
contrar na cafeteria perto do campus. A
ndo internamente por ela não poder me ver n
lmente
pouquinho em vista de que a bateria está quase no fim. Pego o meu laptop
ela poderia muito bem ser evitada se eu não tivesse esquecido o meu celular no modo não perturbe
imentadas de uma cidade que parece nunca dormir na esperan
u de encher o meu saco só um segundo esse mês com a cobrança dse eu não pegar no sono durante as aulas do dia e um milagre maior ainda caso consiga realizar a proeza d
e ainda terei que desmarcar o encontro com os meus amigos durante a minha única pausa de uma hora pela manhã.
, mas após três semanas empurrando esse assunto com a barriga, essa é a minha única oportunidade de consegu
não se trate apenas do fato de eu estar correndo feito uma idiota pela calçada, fazendo o
é minha se... ah, espera...
lso, quando repentinamente sinto meu sangue gelar quando o som de uma buzina me traz de volta a realidade. Eu me viro e quase
u coração acelerado por conta da adrenalina e por um momento eu tenho a im
pelada... quase fui atropel
nisso que eu deveria estar pre
peito, tentando me acalmar de alguma forma. E é nesse
está be
a cujo sotaque soube identificar logo de cara. Voz esta cujo em meio a tantas outras me fazendo a mesm