KHAZAR Legado de Sangue
tia, por ter sido abandonada, vêm à minha mente como um raio, e sinto as lágrimas começarem a pinicar os olhos. Por mais que eu tente, aos poucos elas transborda
e deixar abater por esses pensamentos. Tiro meu pijama e entro embaixo do chuveiro frio, deixando a água cair sobre a minha cabeça. Fico ali por vários minutos e, aos poucos, sinto a tensão que se instalou sobre o meu corpo indo embora. Depois de estar
ta branca e meu tênis. Prendo meus longos cabelos loiros em um rabo de cavalo e passo um batom nude. Hoje é meu dia de folga, vou aproveitar e ir ao mercado. Preciso comprar algumas coisas para abastecer o armário
desde criança. Isso me incomoda muito e, sinceramente, não sei o porquê de sentir isso. Olho cuidadosamente ao meu redor e, como sempre, não vejo nada de anormal. Sigo
m sorriso, que ignoro totalmente, e volto ao meu minúsculo apartamento. Guardei as minhas compras, e aquela sensação ruim que eu às vezes sinto voltou com tudo. O sorriso daquele rapaz me deixou amedrontada... algo não está bem. Tento tirar
ca pessoa de quem deixei de me aproximar, e que hoje é minha grande amiga, chega ao meu apartamento. Ela veio passar um tempo comigo, pois me acha muito sozinha, o que não é mentira diante da minha história. Depois de almoçarmos, ela me ajuda a terminar a
me virando para entrar no prédio, notei o rapaz do mercado de hoje cedo. No entanto, percebi que ele disfarço
e, com os olhos semicerrados pelo sono, tenho a impressão de ver uma silhueta sair pela janela. Levanto-me às pressas e vou em direção à janela que está aberta; eu juro que a deixei fechada, mas não consigo ver mais nada. Fecho novamente a janela e vou dar
to, estou com medo de ficar na minha casa. Mas para onde eu vou? Preciso focar, tirar isso da minha cabeça, se
sim. Cumprimentei-o e, juntos, abrimos a lanchonete. Como de costume, fiz as minhas tarefas no período da manhã e, depois que almocei, já no final da tarde, vi o mesmo rapaz
ais alguma co
de saber seu nome, bel
ha filha? Seu Ary perg
u Ary. Vou na cozi
evitar qualquer tipo de contato. Aquele rapaz é novo no estabelecimento e eu, sinceramente, não gostei da forma como ele agiu. Sei que os
se tornado ainda mais frequente. Hoje, saí do trabalho ainda mais cansada e com bastante dor de cabeça, algo que acho até comum,
cansaço. Saio do chuveiro enrolada na toalha, pego um pijama, visto-o e vou até a cozinha. Faço um café e o como com alguns biscoitos, sentada na sala vendo televisão. Assim que termino, vou até a cozin
jo que ele está muito feliz e, depois de um tempo, a menina o chama de papai. Acordo um tanto assustada e a dor de cabeça só aumenta. Respiro fundo, tentando me acalmar. Sei que foi um sonho, mas me parece tão real. No entanto,
pessoa que chamo de amiga, a única que deixei se aproximar de mim, e peço para que ela me acompanhe até o hospital. Assim que ela concorda, levanto e coloco um vestido leve, pego minha bolsa com os documentos e vou até a sala, me segurando pelas paredes. Tudo está girando.
igo abrir m
a
aixonado por ela, mas ela não dá a mínima. Segundo ela, não quer quebrar seu coração com amores improváveis. Atendo a ligação e escuto a voz um pouco ofegante dela, e percebo que tem algo errado. Levanto-me às pressas quando escuto ela me pedindo para a acomp
cabeça, sem abrir os olhos. Ver aquela cena me faz recordar das muitas vezes que a vi reclamando dessa dor, mas parece que agora está piorando. Meu irmão vai até ela e a pega nos braços. Pego sua bolsa, tranco a
uns minutos, somos atendidos por um médico que já pergunta o que aconteceu. Eu explico que ela me ligou dizendo que estava com muita dor de