A Nerd e o Mafioso
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eu me levantaria com a precisão de um relógio suíço, pronta para enfrentar a jornada até a redação da News Cooperative. Petúnia, meu velho e fi
meu apartamento em Manhattan. Onde estava o maldito despertador? Por que não o ouvi? A resposta veio com uma pontada de culpa: mais uma vez, eu me rendera à obsessão de trabalhar até
to por cima para dar um ar de profissionalismo que eu certamente não sentia. Nos pés, enfiei um par de tênis gastos, os cadarços soltos balançando como um lembrete da minha desordem. Prendi o cabelo num coque improvisado com uma caneta – meu truque de sempre quando o tempo era inimigo – e agarrei a bolsa que descansava sobre a mesinha de canto, quase derrubando uma pilha de livros no processo. Papéis amassados, rabiscados com anotações frenéticas da noite anterior, foram enfiados na bolsa, minha oferta desesperada para aplacar John, meu chefe. Não havia tempo para me olhar no espelho, para verificar se as olheiras denunciavam minha exaustão ou se o coque e
ento, um gesto impulsivo que logo se revelou estúpido quando uma dor aguda pulsou na nuca. "Droga!" murmurei, alisando a parte dolorida enquanto tentava ignorar os xingamentos dos motoristas ao redor. Tentei novamente, e novamente, até que, na sétima tentativa, Petúnia ronronou relutante e consegui manobrá-la para o acostamento. Saí do carro, o ar frio de Manhattan mordendo minha pele enquanto um motor
ouxe um sorriso tímido aos meus lábios. Max era meu porto seguro em Manhattan, um amigo de longa data
nha voz carregada de cansaço e
stá, já estou in
Madison Avenu
ocê ia parar de se desculpar, não foi? - Assenti, esquecendo que ele não podia m
os ao fundo, provavelmente da lanchonete onde ele tomava café da manhã. - Ch
e era a única constante em minha vida desde que deixei minha cidade natal para me aventurar nas ruas implacáveis de Manhattan. Aqui,
paciência. A redação, um labirinto de divisórias brancas e máquinas de escrever obsoletas, era um campo de batalha onde eu lut
anca destacando seu porte atlético, as calças jeans rasgadas e as botas gastas dando-lhe o ar de um cavaleiro
da do que me sentia. Ele me puxou para um abraço fo
do defeito? - disse, soltando
do-lhe um beliscão
a de Petúnia, minha companheira leal, mesmo que ela me traísse com frequência. Max ergueu
na oficina mais tarde. - Hesitei, olhando o relóg
a bolsa escorregando novamente
ofereceu, já conectando o guin
, surpresa com sua gentileza infi
ende? - Fez um gesto para que eu entrasse na caminhonete
s apressados, parecia conspirar contra mim. Max estacionou em frente ao prédio, um monstro de vidro e aço q
bochecha antes de pegar minha bolsa e os papéis. Ele neg
m, e precisei de um esforço para não tropeçar. No elevador, apertei o botão do décimo segundo andar, onde ficava o
nfonia de pressão. Iris, minha melhor amiga e secretária de John, estava na recepção, sua mesa impecável contrastando com o resto do ambiente.
ntei, ofegante, ajust
tá uma fera. - Ela apontou discretamente para a sala dele, onde as persianas brancas revelavam sua fig
John, com seu terno impecável e óculos de armação fi
m que
.. - Iris confirmou, a v
Mia. Você v
ndireitando
na mão, sentindo o peso do que estava por vir. Minha carreira, m