CASANDO COM O INIMIGO
5 - Debai
abela
o biquíni colado ao corpo, sentindo o calor queimar minha pele. Por alguns segundos fiquei imóvel, só observando os reflexos, t
fundo e m
s subiram em torno de mim, dançando, e por alguns instantes deixei que o mundo inteiro desaparecesse. O
a filha de Ernesto Montoya, não a esposa de
e fosse um teto de vidro, e eu, uma criatura aprisionada debaixo dele. Mas aqui, ao contrário do m
os pés e subi. A cabeça emergiu, e uma lufada de oxigênio invadiu meu
r um instante, imaginei que estava em outro lugar. Talvez em uma praia anônima, entre estranhos q
a ilusão
ntia. Sentia
ança. Eles me devoravam como se eu fosse um espetáculo. Eu sabia reconhecer aquele tipo de olhar; cresci sob ele, em jantares de negóci
mim queria levantar, gritar, mandar todos se afastarem. Mas outra parte s
rgulhei
ara fugir, mas p
e deixei que a água me embalasse. Senti o coração desacelerar, os pensamentos ficarem mais len
rentes entre os que me observavam. Pesados, intensos. O
jan
r, me observando. Talvez do escritório, talvez da varanda. O si
sidade barata. Alejandro me olhava como se eu fosse propriedade dele.
ria suportar o peso do olhar
empregados desviaram os olhos rápido demais, como criança
de
a. Olhei para o céu, azul com tons alaranjados do por do sol que se aproximava e distante
jandro. E, de certa forma, at
onge de tudo aquilo. Mas a piscina tinha limites. Sempre teria limites. Nã
assim minha
o alto da mansão. As janelas refletiam o sol, mas eu po
rrepiou ape
e percorreu meu corpo foi uma corrente diferente. Algo que não se parecia com ódio, ne
o, irritada
que representava tudo o que eu detestava: controle, arrogância, ving
stava lá. Invisív
elas minhas pernas, pelo abdômen, pelo colo, como pequenas correntes cristalinas que me denunciavam. Pe
s de mim. Passos que não pertenciam a nenhum empregado. Cada bati
e virar para s
voz de Alejandro cortou o ar,
i, parado a poucos metros, impecável como sempre: camisa branca arregaçada nos antebraços, gravata solta,
tando o tecido em torno dos ombros. - Não
seu parecia calculado para diminuir a distân
correram meu corpo, demorando-se onde a água ainda esco
- rebati, tentando manter o t
inha direção. - Os olhos dos meus empregados estavam sob
osto.- Não posso contr
. Seus olhos ardiam, e por um instante, tive a sensação de que ele estava prestes
bati contra a espreguiçadeira. Ele avançou ainda mais, a mão esquer
ficou
urmurei, tentando soar firme, embo
hálito quente misturado ao cheiro amadeirado do perf
m uma atração. O homem que eu deveria odiar me cercava como se tivesse todo o direi
frentando seu olhar.-
? - murmurou, os lábios quase roçando mi
rravam o roupão com força, tentando esconde
ndo medo com no
nta do nariz quase tocou meu rosto.- E se eu
ncia entre nós desapareceu, e eu pensei que ele fosse queb
nas alguns centímetros, mas o suficiente
e, voltando ao tom frio. - Não v
e ali, sozinha, com o corpo
ruel. Refletia não apenas minha imagem, mas também a verdade que eu não
ava sob a