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CASANDO COM O INIMIGO

Capítulo 5 Debaixo d'Água

Palavras: 1524    |    Lançado em: 28/08/2025

5 - Debai

abela

o biquíni colado ao corpo, sentindo o calor queimar minha pele. Por alguns segundos fiquei imóvel, só observando os reflexos, t

fundo e m

s subiram em torno de mim, dançando, e por alguns instantes deixei que o mundo inteiro desaparecesse. O

a filha de Ernesto Montoya, não a esposa de

e fosse um teto de vidro, e eu, uma criatura aprisionada debaixo dele. Mas aqui, ao contrário do m

os pés e subi. A cabeça emergiu, e uma lufada de oxigênio invadiu meu

r um instante, imaginei que estava em outro lugar. Talvez em uma praia anônima, entre estranhos q

a ilusão

ntia. Sentia

ança. Eles me devoravam como se eu fosse um espetáculo. Eu sabia reconhecer aquele tipo de olhar; cresci sob ele, em jantares de negóci

mim queria levantar, gritar, mandar todos se afastarem. Mas outra parte s

rgulhei

ara fugir, mas p

e deixei que a água me embalasse. Senti o coração desacelerar, os pensamentos ficarem mais len

rentes entre os que me observavam. Pesados, intensos. O

jan

r, me observando. Talvez do escritório, talvez da varanda. O si

sidade barata. Alejandro me olhava como se eu fosse propriedade dele.

ria suportar o peso do olhar

empregados desviaram os olhos rápido demais, como criança

de

a. Olhei para o céu, azul com tons alaranjados do por do sol que se aproximava e distante

jandro. E, de certa forma, at

onge de tudo aquilo. Mas a piscina tinha limites. Sempre teria limites. Nã

assim minha

o alto da mansão. As janelas refletiam o sol, mas eu po

rrepiou ape

e percorreu meu corpo foi uma corrente diferente. Algo que não se parecia com ódio, ne

o, irritada

que representava tudo o que eu detestava: controle, arrogância, ving

stava lá. Invisív

elas minhas pernas, pelo abdômen, pelo colo, como pequenas correntes cristalinas que me denunciavam. Pe

s de mim. Passos que não pertenciam a nenhum empregado. Cada bati

e virar para s

voz de Alejandro cortou o ar,

i, parado a poucos metros, impecável como sempre: camisa branca arregaçada nos antebraços, gravata solta,

tando o tecido em torno dos ombros. - Não

seu parecia calculado para diminuir a distân

correram meu corpo, demorando-se onde a água ainda esco

- rebati, tentando manter o t

inha direção. - Os olhos dos meus empregados estavam sob

osto.- Não posso contr

. Seus olhos ardiam, e por um instante, tive a sensação de que ele estava prestes

bati contra a espreguiçadeira. Ele avançou ainda mais, a mão esquer

ficou

urmurei, tentando soar firme, embo

hálito quente misturado ao cheiro amadeirado do perf

m uma atração. O homem que eu deveria odiar me cercava como se tivesse todo o direi

frentando seu olhar.-

? - murmurou, os lábios quase roçando mi

rravam o roupão com força, tentando esconde

ndo medo com no

nta do nariz quase tocou meu rosto.- E se eu

ncia entre nós desapareceu, e eu pensei que ele fosse queb

nas alguns centímetros, mas o suficiente

e, voltando ao tom frio. - Não v

e ali, sozinha, com o corpo

ruel. Refletia não apenas minha imagem, mas também a verdade que eu não

ava sob a

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