CASANDO COM O INIMIGO
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– O Beijo
abela
ra o espelho diante de mim, mas não me reconhecia. A mulher refletida ali não
inha mãe semanas antes, parecia me sufocar no pescoço. O buquê de rosas vermelhas tremia nas
essada no quarto. O tom não era de orgulho, mas de ordem.
talvez. A minha p
avado em mim, mesmo à distância. Eu o conhecia bem: se eu ousasse recusar, pagar
ta. O cerimonia
ho
o pisei no tapete vermelho. Eu nunca me senti tão observada
ar pesava tant
ndro
por fazer que lhe dava um ar de perigo... e aqueles olhos. Escu
O simples levantar do canto da
a um grito interno. Eu me repetia: não chore, nã
quase inebriante. E então nossos olhares se prenderam. O dele, arrogante
vras eram ruído. Eu não ouvia nada alé
toya, este homem como
a resposta. Vi o rosto do meu pai na primeira fila
aixa, arranhada, como se tiv
voltou para
uarte, esta mulher co
am sobre os meus, e a resposta v
cei
inteiro congelou. Eu recuei um passo, insti
ra ele. O beijo foi duro, possessivo, sem um fio
mo zombaria. Eu estava sendo exposta, humilhada diante
rmurou contra meus lábios.
amargo, que mais pare
panhe, risadas falsas, abraços de interesse. Eu era
, tentando me afastar
Você agora é minha esposa. E eu fa
eu corpo inteiro. Eu queria cuspir na cara dele, mas o s
sua proprieda
so torto me provoc
ar aquele sorriso com as próprias mãos. Mas em vez disso, me
ateu em meu rosto, trazendo um pouco de alívio. Olhei para as luzes d
o de mim
egundo, desejando desaparecer. Quando me virei, ele estava encostado na
e chame
eu um passo em minha direção.
a vitória! - ex
s queimando sobre mim. - Você ainda não entendeu. Es
me encurralando contra a grade da varanda. O che
o perigoso. - Mas saiba que, a cada vez que me
minhas mãos tremiam, escondidas atrás do buquê. Eu odiava
u. Sorriu,
a ga
stou, me dei
le voltou a ser fria. - O
deveria dividir com ele. Atirei o buquê na cama, como se
ele faça, não importa o que meu pai q
stava lá. O terno desabotoado, o olhar sombrio, caminha
aplausos falsos da cerimônia. O quarto era enorme, iluminado por abajures dourados que lanç
re a poltrona, como se estive
a voz rouca enchendo o quarto - ...
e a cama, como se fosse um escudo.- Alejandro... - minha voz saiu f
rancelha, curioso.
proteger da intensidade do olhar dele. - Foi imposto. É um contrato, nada além disso.
ssos na minha direção, lento, quase felino.- Está me pe
não desviei os olhos. - Esta mansão é enorme. Cheia de quart
tão perto que eu podia se
Quando os jornais publicarem fotos nossas, quando as câmeras nos pers
verdade. - apertei os punhos.
ouvir meu próprio coração batendo alto demais. Ele me analisa
- Sim. - Respirei fundo, reunindo coragem. - Se vam
beça, interessado
ar.- Primeira regra: não vamos dividir a cama. Você tem dezen
ocador.- Está me expulsando d
regra: em público, fingiremos. Seremos o casal perfeito, sorridente,
té que nossas respirações se e
ão toque em mim se
O sorriso dele desapareceu, e nos olhos escuros surgi
senti o roçar de sua voz contra minha pele. - Ousada demais
o me conheça tan
ndo o paletó de volta da poltrona.- Muito bem. - Sua voz ret
ente para mim.- Só não se esqueça, esposa... - seu olhar voltou a arder
fechando a por
ainda martelava. Eu deveria estar aliviada por tê-lo afastado.
sejo. Não sabia
ue meus olhos finalmente se fecharam n