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SILÊNCIO COMPRADO

SILÊNCIO COMPRADO

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Capítulo 1 PRÓLOGO

Palavras: 1338    |    Lançado em: 09/12/2025

O SIL

m barulho que nunca ma

e metal se retorcendo, de vidro estilhaçando em câmera lenta dentro da minha própria mente. Um rangido longo, agonizante, que se fundiu

ros teimosos que não fechavam, naquela pressão silenciosa e constante que o Viktor exercia sobre o conselho.

soou cansada, irritada. - Não posso simp

al? Mais crucial do que a sua filha chorando porque o pai esqueceu de novo da peça da escol

hê desgastado que eu mesmo não acreditava. - Manda uma mensagem

ina, a raiva de anos de ausência. - O imprevisto é a sua falta constante. A Melissa pre

latejar, uma pressão familiar atrás dos olhos. - Não comece com isso, Beatriz. Por favor, n

orosamente claro: Viktor e o séquito de puxa-sacos dele. - Você está diferente, Dante. Algo está muito e

espinha inteira. - Você leu o quê? Beatriz, isso...

de medicamentos de alto custo dos registros? Não deveria desconfiar que o novo 'pr

pretendia. - Pare com isso agora. Você não entende. É co

o, carregado de algo terrível que ela havia descoberto. Quando ela

No seu laptop antigo, aquele que você deixou no escritório em casa. O Viktor.

escritório ao meu redor, o sofá de couro frio, a vista panorâmica de Nova York, tudo sumiu. Desapareceu. Só existia aquele fio de voz, c

- Estou indo aí. Agora mesmo. Precisamos conversar. Precisamos decidi

u não era só por ela. Era por mim, pelo escândalo monumental, pela empres

ou pelo viva-voz, um ruído comum que soou como uma s

minha voz

er a mulher que eu amara, a voz que cantarolava na cozin

ação

desaparecimentos. As suspeitas que eu sempre abafei, em nome de uma lealdade doente, de um legado envenenado. A

lmá-la, explicar... explicar o quê? Mas meus pés pareciam pregados no carpete caro. O peso de uma decisão colossal – prote

foi uma pequena eternidade de culpa e

Um número desconhecido. Meu estô

a, profissional, mas com um tremo

m? S

Na avenida Marginal. Um Chevrolet Prata, placa... o veículo per

ensurdecedor, alto, estridente, que explodiu dentro dos meus ouvidos. Não ouvi os detalhes que vieram depois.

ca, rasgada, que parecia vir das profundezas da

dicos relataram que a senhora estava consciente por bre

pergunta saiu um sop

men'. Não fez sentido para a equip

arável, do último suspiro da minha esposa. Eu não a tinha ouvido em vida. Só tinha ouvido o eco da raiva dela, o ruído vazio da discussão. E agora, o silêncio que veio depois er

egredo que eu sabia, que ela descobr

sespero, era a única coisa que eu ouviria com clareza ab

o como uma cova. E no centro absoluto daquele silêncio, plantada como uma semente venenosa que nunca mais

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