Seu Sacrifício, Sua Fria Indiferença
/0/18209/coverbig.jpg?v=68987de54a198721b88b120f5ae0f963&imageMogr2/format/webp)
minha idade. Lutei contra ele com unhas e dentes, mas seu controle gélido lentam
nou, alegando que uma doença termina
deixada sangrando no saguão de um
Paçoca, e me incriminou, ele acredit
me trancar em sua mansão, uma gaiol
ade e minha liberdade pela mulher que ele r
eu lhe dei um ultimato: deixe-me ir, ou me veja morrer.
próprio carro na trajetória do cami
ítu
minha idade, um titã do mercado financeiro que chamavam de
uando acelerava pela Avenida Paulista em meu Maverick GT antigo, o vento chicoteando meus cabelos, as luzes da cidade um borrão. Eu era uma herd
Faria Lima. Ele era a disciplina em um terno, um homem que provavelmente passava as próprias meias. Eu era o caos em alta-costura. A simples ideia fazia
trasada, usando um vestido escarlate com uma fenda até o quadril, e prontamente comecei uma competição de dança regada a champanhe em cima de uma mesa
ele disse, sua voz um ronronar baixo. Valia facilmente milhões de reais. Ele achava que pod
que ele adorava mais do que tudo, eu tinha certeza – e o dirigi direto para o espelho d'água em frente ao seu prédio c
to melhor com uma piscina combinando." Ele riu. Uma risada genuína e perturbadora. "Da próxima vez, me avise. Vou arranjar um guindaste para n
se puder, Ceifador." Fretou um jato particular para Angra dos Reis, convencida de que ele
tava
or da cabine. "Clara, querida, é o Dante. Você realmente achou que eu a deixaria escapar tão f
mo. Ele usava uma camisa de linho branca impecável que o fazia parecer menos um titã da Faria Lima e mais um deus praiano predador. "En
ou para a estrada. Dante desviou violentamente. Gritei enquanto o carro derrapava. Ele instintivamente jogou o braço sobre meu peito, empurrando-me de volta contrauia respirar. Olhei para o lado. Dante estava caído sobre o volante, seu rosto pálido, sangue flore
beldia. Ele se mexeu, gemendo suavemente. Seus olhos se abriram, desfocados a princípio, d
bre mim. Um calor estranho e desconhecido se espalhou pelo meu peito, afugentando o fio frio do medo. Era uma
a e a cabeça enfaixada, simplesmente olhou para mim. "Ela está abalada, Frederico", disse ele, su
urrada. Foi uma constatação aterrorizante e emocionante. Ele podia ser frio, controlador e irritante, mas naquele momento, ele me deu
us olhos. Olhei para minhas mãos. "Talvez", sussurrei, então encontrei seu olhar, uma nova determinação endurecendo mi
nçando seus olhos. "Fechado", disse ele, e pela primeira vez, sen
Ele satisfazia todos os meus caprichos, mas agora, eu me via satisfazendo os dele. No quarto, ele era totalmente dominante, exigente, e eu, a selvagem, me via submetendo-me com prazer a cada toque, a cada comando. "Minha", ele sussu
meteu, beijando minha testa. Senti falta dele antes mesmo de ele partir. Decidi surpreendê-lo
texto: "Por favor, Clara, preciso da sua ajuda. Dante está c
a responder, perguntando quem era, mas a mensagem sumiu. Apagada.
eram inócuos, notícias de negócios, nada pessoal. Mas então, um vislumbre. Um artigo antigo de cinco anos atrás. "O Coração Partido do Titã da Faria Lima,
orrendo." Um pavor frio se instalou em meu estômago. Não. Nã
ndo contra minhas costelas. Eu sabia que Dante estava hospedado no The Peninsula. Quando ch
gra, quase frágil, com olhos grandes e luminosos. Júlia Soares. Havia uma intimidade em sua postura, uma vulnerabilidade compartilhada que me atingiu como um golpe físico
sua cabeça escura quase tocando a dela. Ele olhou para ela como havia olhado para mim no hospital, com aquela mesma preocupação profu
a maneira como seu olhar demorou em seu rosto, dizia tudo. Esta não era apenas uma amiga doente. Este era seu passado, sua dor não resolvida, encarando-
de Júlia se apertou na de Dante, e ela encostou a cabeça no ombro dele. O braço dele a envolveu, um gesto reconfortante e possessivo. A faca se
oronou ao meu redor, um colapso silencio