Enquadrado pelo Amor, Desencadeado pela Vingança
sta de Hele
lêncio onde a presença deles ainda cutucava minha pele. Eduardo queria dizer mais
sobre sobrevivência, não sobre reviver fantasmas. Minhas mãos, calejadas e manc
aços em cima de um boteco pé-sujo, o ar denso com o cheiro de óleo de cozinha velho e desespero. O colchão afundava no meio, um vale perpétuo do meu cansaço. A única j
Meu coração pulou para a garganta. O aluguel venceu ontem. Don
i o cinto do meu roupão gasto, preparando-me par
nas o suficiente para espiar pela fresta. Me
a em um casaco de seda que provavelmente custava mais que meu aluguel anual, seu cabelo loiro perfeito brilhando sob a luz fraca
ssurrou, o rosto gra
enfiou na fresta. Ele a empurrou com uma força surpreendente, impu
eu olhar varreu o espaço apertado, o papel de parede descascando, o fogão elétric
rrou, sua voz pingando falsa p
o lado do corpo. "Fora daqui", sibil
m pequeno suspiro teatral. "É você mesmo. Eu e o Edu estávamos comentando...
de tudo aquilo. "O que vocês querem?", p
Afinal, você foi declarada legalmente morta." Seu olhar percorreu meu quarto miserável
a tão potente que ameaçava me co
uma pausa, depois colocou a mão em sua barriga ligeiramente arredondada. "Eu e o Eduardo, estamos esperando um bebê. U
que evitava meu olhar, o rosto pálido. A notícia me atingiu como um golpe fís
m sussurro, mas tingida com uma frieza
alta de reação. Ela esperava lágrimas, histe
não precisa viver assim." Ele tirou um bolo grosso de notas de cem reais da carteira, oferecendo-o a mim. "E aqui. Para um novo co
gos se reencontrando. Estávamos preocupados com v
tão de visita que ela estendeu. "Amigos?", ri, um
em direção à porta. "Vamos, querido. Já fizem
cheios de uma súplica desesperada. "O Caio sente
orta com toda a minha força, a mad
depois para o cartão de visita. Com um rosnado de nojo, rasguei o cartão em pedacinhos, deixando-os flutuar até o chã
a absolvição pela destruição que causaram. Mas minha vida, minha