A Saga dos Kasenkinos
to no céu. Ela não estava muito preocupada com isso, pois sabia que seu pai não estava em casa. Estava na batalha com os demais Kasenkinos. Ela parou e olhou para o outro lado do rio. Aque
s na água refrescante. Sentiu a brisa tocar seu corpo e seu rosto e sentiu aquele véu, que sempre a acompanhava, coçar sua face. Não havia ninguém naquele lugar e a possibilidade de alguém aparecer era quase nula. Ela tirou o véu e colocou-o junto do vestido. Olhou sua imagem refletida em uma poça de água na margem do rio. Passou a mão no seu rosto macio. Seria tão bela quanto sua mãe? Sabia o quanto seu provo se preocupava com a beleza das mulheres e o quanto elas se empenha
tas coisas a ouvir e tantos lugares para conhecer. Ela tinha certeza de que Moa era o mais sábio dentre os Kasenkinos e também mais forte que Ahua. No entanto ainda assim, mesmo sabendo sobre tudo, ele se apaixonou. E não se importou que o amor trouxesse dor. Nunca pensou que ele, sábio como era, pudesse ter deixado o amor se apossar dele daquela forma. Erone pouco respondia suas perguntas sobre o mundo e tudo mais que ela queria saber. Dizia que sempre que ela era muito jovem, embora se achasse madura o suficiente
Era melhor voltar logo para seu povo. Ela lembrou-se do povo Naiguã. Também não era um povo amistoso, embora não fosse inimigo de morte como o Reino de Machia. Era um povo selvagem e só queriam pedras e ouro. E para isso dizimavam outros povos. Viviam em tribos, seminus e eram conhecidos por abusarem das mulheres depois que matavam os homens nos povoados. Eram bons mercadores e por isso os Kasenkinos tentavam uma boa relação com eles em troca das boas mercadorias, em especial as maquiagens de olhos que só eles tinham, assim como excelentes tiaras de pedras e colares valiosos. Nunca entraram em briga com os Kasenkinos pois sabiam que o povo não tinha muitas pedras preciosas guardadas. Mas por inúmeras vezes invadiram Machia e tentaram roubar, sempre impedidos pela boa guarda do castelo. Ela teve medo que os Kas
va muito cansada e foi para sua
Podia ver todo o povoado dali. Quase todos dentro de suas casas, com seus lampiões acesos e provavelmente solitários como ela, esperando alguém voltar da batalha. Ela estava cansada, mas não tinha sono. Reconheceu Ahua andando e voltou depressa seu corpo para dentro da casa, escondendo-se ao lado da
do para trás a teria visto sem o véu. Então, segundo a tradição Kasenkina, teriam que se casa
tar novamente. Depois de muito pensar, rolar p
es frescos, que todos almejavam. Porém os mais bonitos eram reservados para o líder Ahau. O restante era dividido em partes iguais para todos que trabalhavam na colheita. Daily não trabalhava, por isso não tinha direito em usufruir dos produtos que eram cultivados lá. Era um privilégios das famílias constituídas de casais e filhos. Se sua mãe estivesse viva estaria trabalhando na horta, então eles teriam direito nas coisas produzidas lá. Erone era o melhor guerreiro Kasenkino, conhecido em todo o povoado, no entanto ele não tinha nenhum privilégio por isso, nem nos produtos da horta. Moças que ainda não eram casadas não trabalhavam em nenhum lugar pela possibilidade de perderem o véu. A única função que elas tinham era ficar em casa e cuidar da organização da mesma e serem responsáveis pelos cuidados com o seu véu e