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Um amor de ceo

Um amor de ceo

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Capítulo 1 Um amor de ceo

Palavras: 1467    |    Lançado em: 23/03/2022

gosto... Muito. Não que seja do tipo egocêntrica ou me ache perfeita, nada disso... Só não me abalo por qualquer coisa e por força das circunstâncias, aprendi a me virar sozinha... E, acho q

falida inclui não ter rodas. Isto mesmo minha gente, nada de carro para mim. Meus pés são meu transporte. Tenho evitado pegar o busão lotado, como chamam o ônibus cheio por aqui. A experiência foi terrível, minha bunda parecia pista de aterrissagem para mãos bobas. Preciso lembrar de nunca ficar virada para o corredor do ônibus e sorrir para estranhos... ●●● ● ● ● ●●● Sábado bem cedinho e já estou de pé, pronta para o batente. Nada de reuniões com clientes engomadinhos, é dia de pôr a mão na terra. Empolgada, visto meu uniforme básico: macacão jeans velho e largo, uma regatinha branca, porque está calor, tênis surrados e o chapéu de panamá que era do meu pai. Carrego na dose de protetor, não existe nenhuma possibilidade de ficar embaixo deste sol de verão sem proteção. Simplesmente torraria e minhas sardas ganhariam companhia. Desço a escada lateral do apartamento. A esta da hora da manhã, o Vincenzo ainda está fechado, mas já escuto o bate panelas vindo da cozinha, o que indica que a preparação do almoço está a todo o vapor. Passo rapidamente pelo jardim e saio pela lateral do prédio. Morando sozinha e com um orçamento apertado, a melhor opção é tomar o café na rua. Atravesso a alameda silenciosa e vou em direção ao Café Bar Estrela. Um lugar charmoso e aconchegante que pertence às filhas de Vincenzo, Estrela e Jasmim. Elas são legais, animadas, loucas e têm me ajudado muito neste período de adaptação. Arrisco dizer que já viramos amigas. Gosto disso, não tinha muitos amigos em Curitiba. Não por opção, amo as pessoas, rir e conversar, mas com o Bernardo isto era simplesmente impossível, mesmo depois da separação. Era ele me ver papear com alguém e começar uma cena. Meu único refúgio foi a universidade, isto é, até meu ex começar a dar umas incertas por lá também. Se querem um conselho meninas... Nada de querer se envolver tão novinhas com alguém. Namorem, divirtam-se e aproveitem a vida. Conheçam bem o cara antes de se jogar de cabeça. Deus nos livre de ir assumindo um compromisso com a primeira promessa de príncipe que aparecer. Desconfiem da perfeição, pode ser só um sapo disfarçado. Iludi-me completamente por Bernardo. Na verdade, era muito ingênua e aos dezoito anos, mal tinha dado uns beijos na boca. Aí, reaparece um Bernardo Fontes na minha frente. Loiro, alto, lindo e musculoso. Irmão de uma amiga de infância, paixonite antiga de menina. Dez anos mais velho que eu, todo galante e de fala envolvente... Recém-chegado de Nova Iorque e aparentemente louco por mim. Estava feita a desgraceira... Cai feito patinho e por muito tempo, acreditei estar realmente apaixonada.

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