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"Peça me o que quiser"

Capítulo 5 5

Palavras: 1367    |    Lançado em: 08/05/2022

uase não dormi. Não paro de pensar no senhor Zimmerman e no que houve entre nós. Na noite anterior, ao chegar em casa, vi na televisão a reprise do jogo Alem

repetimos?", começo a digitar um relatório no computador, até que minha chefe aparece. - Bom dia, Judith. Entre na minha sala - diz sem olhar para mim. Não! Agora não. Mas me levanto e a sigo. Quando entro e fecho a porta, ela vê o buquê de flores e o pega. Tira o cartão e eu a vejo sorrir. Que idiota! Meu pescoço está coçando! Malditas brotoejas. - Falei com Roberto, do RH - me diz. Ai, minha nossa! Vai me demitir? - Vai haver umas mudanças na empresa. Ontem tive uma reunião muito interessante com o senhor Zimmerman, e algumas coisas vão mudar em muitas das sucursais espanholas. Escutar que ela teve uma reunião interessante é algo que me incomoda. Mas logo o telefone toca e eu atendo imediatamente. - Bom dia. Sala da senhora Mónica Sánchez. Sou a secretária, a senhorita Flores. Em que posso ajudá-lo? - Bom dia, senhorita Flores. - É Zimmerman! - Poderia me passar para sua chefe? Com o coração acelerado, consigo balbuciar: - Um momento, por favor. Nem preciso dizer que minha chefe, quando informo que é ele, aplaude - não apenas com as mãos - e pede que eu me retire da sala. Mas antes de sair eu a ouço dizer: - Oieeee. Chegou bem ao hotel ontem à noite? Ontem à noite? Ontem à noite? Como assim "ontem à noite"? Fecho a porta. Mas ontem à noite ele estava comigo! Então minha mente fantasiosa logo começa a imaginar o que aconteceu. Ela era a mulher com quem ele falava ao telefone no carro. Me deixou em casa e foi encontrá-la. Será que voltou ao Moroccio? A cada segundo que passa, fico com mais raiva. Mas por quê? O senhor Zimmerman e eu não temos nada. Apenas jantamos, ele colocou a mão em mim por cima da roupa e assistimos juntos a um espetáculo sexual. Isso me dá o direito de ficar com raiva? Volto à minha cadeira e continuo a digitar. Tenho que trabalhar. Não quero pensar. Em algumas ocasiões pensar não é bom, e esta é uma dessas ocasiões. A uma da tarde, minha chefe sai da sala e, após dirigir o olhar para Miguel, ele se levanta e eles vão embora juntos. Sei o que vão fazer. Treparão como coelhos durante as duas horas de almoço, e sabe-se lá onde. Trabalho, trabalho e mais trabalho. Me concentro no meu trabalho. Estou tão mal-humorada que ataco minhas tarefas com muita energia e me livro de uma pilha de papéis. Por volta de duas e meia, chega Óscar, um dos seguranças que ficam na

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