Cinquenta Trepadas de Pobre
dade, mas ninguém tinha interesse em conhecer a verdadeira Martinha. Aquela que nas horas de folga ia distribuir sopa aos que passavam fome e frio durante o inverno
em, me olhavam com preconceito, julgando-me um preguiçoso, pois mesmo cheio de forças, preferia pedir a trabalhar. Ningué
pai os tinha. Observei suas mãos calejadas e me lembrei de minha mainha trabalhando na casa de farinha. Chorei ao me lembrar dos dois, chorei ao ser tratado decentemente e, diante do meu choro, Martinha me abraçou e
dade. Existem aqueles que não olham para não se sentirem mal diante da impotência de nada fazer. Às vezes
e convalescentes, todos esperando um pão e um tratamento decente. Martinha era meu anjo e, por saber que ela era assim com todos e não apenas com
azia companhia. Depois de sua primeira visita, minha vida não foi mais a mesma, até as noites frias passaram a ter certa beleza. Envolto em seu
animado, eu não encontrei os meus cobertores. Nós respeitamos o território um do outro, com certeza foi alguém de outro bairro que os levou. Justo naquela noite fria e que anunciava chuva. Não tinha jeito, não podia me lame
arede e abaixei a cabeça entre os joelhos, assim a chuva não machucava o meu rosto. Tremi de frio por longos minutos, até que senti uma proteçã
r um resfriado. - Estendeu-me uma das mãos,
airro. Alguma coisa ali me lembrava da roça onde cresci. As casas eram todas pequenas, mas tinham flores e hortaliças plantadas nos passeios. A casa de Martinha era ver
e a dos cachorros, nunca entrei numa casa, de fato. As pessoas tinham medo de serem estupradas, assaltadas ou sei lá o quê. Num mundo sem leis e cheio de bandidos, eu não as c
vamos! - Martinha tinha
confiasse em mim daquele jeito. Ela me abraçou por trás, ficou assim por longos minutos, até eu parar de soluçar.
belos. - Aqui tem xampu, condicionador, sabonete. Pode
nheiro para cortá-los, estava sem dinheiro até para comer! Achei uma tesoura e aparei a barba, não iria usar a sua lâmina, porque aí já seria abuso. Enquanto me aparava,
u responder e entrou. Ficou parada, me olhando co
das, senão vai gripar! Aqui ó,
upa decente para ficar na frente de uma moça. Uma camiseta e uma samba canção, só. Vesti mei
a sopa vai esf
Sentei na cadeira que ela me indicou e tomei a sopa numa velocidade não muito educada. Ela não pareceu ofendida, simplesmente e
o gostosa! - elogie
batalhão, tive que aprender na marra. - E ab
a a vontade dela, no mesmo momento que
sse jeito? - Apontei p
desse dilúvio? Vai dormir aqui, hoje. - Olhou-
, Martinha, já está s
soa melhor que as outras, não - respondeu, s
scova de dentes e um fio dental. Quando saí do banheiro, o sofá
rando no banheiro. - Vou tomar um banho e me
alo, alguns cachinhos caindo na nuca e uma camisola verde que desenhava suas belas e fartas curvas. Eu era mendigo, mas era homem. Aquilo me deixou eriçado. Ela
á me encaminhando para a área de serviço e puxando minha
da minha mão e colocou-
ulher e nós dois, pelo jeito,
com raiva ou
Agora vai d
o tomou conta de meu corpo, sentia minhas pálpebras pesadas. Estava prestes a pegar
entindo ca
a sentindo frio. Tremia muito, mesmo debaixo da coberta. Ela
uva lá fora. - Embrenhou-se debaixo de minhas cob
espeitoso, principalmente com quem tanto me ajudou, mas aquilo era demais para mim. Eu sentei no sofá, puxando-a para o meu colo. Ela rebolou em meu qua
ci minhas mãos pelas suas costas macias até chegar à sua bunda redonda e firme, levantei-a e me encaixei em suas entranhas. Ela gemeu, excitada, e começamos a nos unir, freneticamente. Nossos sexos se chocavam com uma ânsia desenfreada. Deitei-a no sofá sem nos desencaixarmos um minuto sequer.
! Júlio