CONTRATO DE CASAMENTO - A VINGANÇA DO CEO
AZ
ho o relógio na cabeceira da cama e já são quatro e meia da manhã, hora de acordar, ou vou chegar atrasada no trabalho. Me levanto, vou até o minúsculo banheiro do corredor
a? -Minha mãe pergunta
go o ônibus no centro às seis horas e desço no primeiro ponto do Jardins às seis e quarenta, sete horas bato meu ponto, no Hotel Royal. Essa é minha rotina diária, morro de cansaç
avidez. Moro com minha mãe, Márcia, que está com seus quarenta e nove anos, ela finalmente conseguiu um benefício do governo, agora pode de
etro quadrado mais caro de São Paulo e, moro na Cachoeirinha, uma favela. Grande ironia, limpo o chão no bairro mais caro de São Pau
bolsa pelo ENEM, mas - sempre tem um mas quando falamos da classe trabalhadora do nosso amado Brasil - não consegui tra
sim que passo meu cartão de ponto -nada de enrolar. O hósped
as que paga minhas contas e me dá um pouco de dignidade, pelo menos isso. Entro no elevador de serviço, aqui não podemos de maneira nenhuma colocar os pés no elevador principal, no elevador dos hóspedes só entramos para fazer a limpeza. Trágico
ionária da limpeza. Depois de trocar os lençóis, bater os travesseiros, dobrar as toalhas, conferir os itens do frigobar - exigências do hóspede: um vinho específico de trinta mil reais a garrafa, taças de cr
s nas paredes, não pode faltar um ponto de luz no quarto. Já um outro quer o quarto cheio de manequins, fica parecendo um filme de terror, é bizarro. Tem
Graziela? -A voz ir
zeda, minha chefe - está tudo pronto. - Resp
que foi pedido está no lugar? - M
hora. Tu
r a família real de tanta burocracia que é. Com a cobertura liberada, sigo para o meu segundo quarto. Empurro meu carrinho de limpeza até o el
.
o ir ao baile? -A Gabriela pe
é grande. A garota, que acabou de completar o ensino médio, está com um micro s
vestida assim? -Pergunto
ar, Grazi -reclama - não ven
quem sou eu pra me preocupar! -Bufo. Não sei de onde essa g
do daqui, mas olha só, você não é, não passa de uma favelada como todo mundo aqui. Eu tenho
ém, o seu tá pavoroso -digo torcendo a cara. -Gabriela, a água aqui é gratuita e
e, a galera vai g
atisfação. Eu odeio viver aqui e gosto menos ainda das pessoas daqui, meu sonho é i