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Transdiferenciação

Transdiferenciação

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Capítulo 1 Prólogo

Palavras: 1831    |    Lançado em: 06/01/2023

l era extremame

aúde barato deles cobria, para depois cuidar das complexidades que cercavam o cuidado e transporte do corpo, para então lidar com o administrativo do cemitério. Ela nunca esquecera a ocasião em que sua mãe tentava, em vão, parcelar os custos do caixão, só para não ter limite em seu cartão de crédito. Sob o olhar

u próprio marido, Natá

vam ali. Ambas a olhavam agora com os cantos dos olhos, cochichando entre si, encostadas na parede perto de onde sua mãe a olhava preocupada desde o início do funeral. Natália sabia do que as primas falavam, não porque as conhecesse especialmente, mas sim porque ela mes

nte, anos antes, quando decidiram se casar. E era o suficiente. Ele, então, a amara o suficiente pelos dois, mesmo que Natália só conseguisse ter por ele aquele sentimento prático e direto, quase como se o relacionamento todo fosse

te do olho esquerdo. Queria ir para casa, ficar sozinha, e beber vinho. Eis o verdadeiro remédio par

ília dele era originária, ainda antes que Natália o conhecesse. Era apenas essa irmã que rodeava o caixão do irmão que pouco via, chorando silenciosamente enq

es, Natália.

os a qualquer um que não fosse seus gatos. Nunca tinha sido muito próxima de Natália, o que lhe fora ótim

do-se ausente, olhando para Gabriela perto do caixão antes de encarar Amé

mais redondo do que já era, refletiu Natália. A luz artificial do pequen

parec

u e inclinou a

e fazer – diss

o do que ela inicialmente, mas já com 33 anos achou melhor tentar. Nos m

de pouco característica, pondo a mão desajeitadame

se afastou, pegou a aliança de Breno de dentro

be no pole

icada que costuma anteceder os enterros, Natália só conseguia pensar em como tinha esquecido o bebê. Tinha sido uma parte importante de sua vida nos últimos meses. O céu, notou enquanto já caminhava atr

tudo acabasse, decidiu ela assim qu

tólico. Eles poderiam ter rido disso. E foi então, em meio a todas aquelas pessoas, enquanto Davi, o padre, falava sobre amor e tragédia e paraíso e bem-aventurança que ela finalmente chorou. Não era

or Amélia, que Natália notou. Não teria 33 anos por muito mais tempo. No dia seguinte, 30 de junho, era seu

, de forma que Natália só ouvira a voz grave de Amélia sibilando, mas Gabriela não precisara de muito mais para ir embora enquanto Natália entrava no carro com Amélia. Nenhuma das duas falava muito desde que começaram a seguir o caixão, horas antes, e não falaram mais nada então

ixá-la perto da farmácia da esquina, agradecendo também pelo apoio. A cunhada mal olhara para ela, mas entender

raus enquanto subia, tentando não pensar muito enquanto se arrastava. Quando chegou finalmente em frent

longe. Seria uma longa noite c

. Ainda assim, não se sentia melhor. Não sentia nada. Depois do choro no enterro, lhe parecera que a fonte da dor poderia se abrir e expor todos aqueles sentimentos que Natália não quisera lidar antes, desde que

rás de si quando ouviu outro t

nziu os olhos até encontrar a poltrona do marido, a garrafa firme na mão direita. Ficava no canto da sala, perto da janela, feita de um tom de amarelo claro que ela nunca gosta

meaçava arrebentar como um todo a camada de autoproteção que carregava há tanto tempo. Breno precisara ter morrido para ela notar o quanto realmente fora injusta, em relação à acomodação e muitas outras coisas. Fora ela quem se acomoda

empo em que f

rafa no canto da parede. Abraçou-se então, encolhendo-se na poltrona, ouvindo a chuva e tocando a aliança no polegar direito. Fechou os olhos,

a cabeç

empo em que f

io da poltrona e se encolheu mais. Com o rosto

sistente, enquanto ela escorregava devagar par

caiu, devastando o espaç

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