FUGITIVOS DO INFERNO 01 - O CICLO DA ERA
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por sua janela e se certificou mais uma vez de que sua bombinha de asma e o refil estavam no bolso lateral da mochila vi
m mudar, mas não tanto. Ir para um lugar onde a população era pequena e a internet mal existia foi demais para Eloísa. Ninguém quer realmente viver aqui, quer? Pelos dezenove anos que seus pais foram casados, quase sua idade, ela esperava mais para a mãe em uma separação. E, por mais que
u para conter o frio na barriga de se mu
de idade. Cresceram na mesma rua, estudaram nos mesmos colégios, participaram dos mesmos grupos de amigos, frequentaram os mes
ugar pode te oferecer, como sempre falava sua mãe, mas não tinha dado certo. Aquela cidade não era para ela. Mas, pelo menos esse pensamento
do seu celular e os fones de ouvido, até então em
nção dela era uma obra realista do seu tamanho bem atrás da cama onde dormia. Três seres com asas belas lutavam com tristeza nos olhos, eles choravam. Ela não sabia o que significava, mas sorria em admiração pelo detalhismo. Perguntava-se quem havia dormid
a a alguns - muitos - quilômetros dali. Ainda eram seis da manhã e o sol lutava p
vestibular e sobre seu bolo de seu décimo nono aniversário. El desejou amargamente estar lá, mas sabia que isso significava ficar muito distante da mãe e era tudo o que menos queria. Mesmo assim, temia ser a decisão errada. Sentia-se frustrada ao pensar que estudou tanto para acabar indo cursar direito em uma universidade particular que cobraria uma fortuna de seu pai pa
, quando passou a carregar uma forte impressão de que estava sendo vigiada. El era uma garota muito controladora e assumia isso, gostava de saber sempre tudo o que estava a
vida. Seus olhos castanhos até se destacavam pela falta de contraste no resto do rosto, mesmo que estivessem sempre cobertos pelos óculos grandes e quadrados de grau elevado. Melissa abriu um sorriso com seus dentes tortos e retirou parte da franja da face. Eloísa tinha a leve impressão de ser constantemente paquerada pela outra, mas evitava pensar muito sobre. Suzane, sua mãeamou ela, ol
undos antes de guardar o celular no bolso e
da casa ou passear com o cachorro como todos os dias, pareciam sempre tão dispostos. Aquela não era uma cidade pobre, pelo contrário, o padrão de vida daquelas pessoas era muito alto, assim como a gentileza. Eloísa pensou que pode ter sido por isso que a mãe voltou para a cidade que cresceu, eles eram muito diferentes dos paulistanos. M
bem, é só coisa da minha cabeça. Tentava manter-se no âmbito racional, mas era complicado para ela ignorar seus instintos. Sabia que a mãe a impediria de ir embora e por isso não ousou contar aquele sentimento para ela, por mais que estivesse assustada e perdida. Apertou aflita o pingente delicado em forma de coração no colar de prata que usava e pensou o quanto ligar para falar algo como: acho que estou sendo perseguida pod
feve
o for estritamente nece
nha para casa, alguma coisa tinha mudado. Eloísa sentiu seus passos pesados a acompanhando até sua casa, mas a sombra nunca chegou perto demais e ela nunca soube o que de fato era aquilo. Entrou em casa, mas aquela sensação nunca foi embora. Iria contar para a mãe de imediato, não tinha pensad
que a amedrontava. Parecia piada que tudo aquilo estivesse acontecendo de uma só vez. Estresse pelas mudanças, argumentava para si mesma. Sua mãe tin
do sendo coberto pelo que deixava seus lábios, eles então passaram a se mexer e soltar palavras que ela não entendia. A garota estava confusa, o som que ocupava o breu não era nítido, mesmo que de alguma forma sentisse que estava chamando por ela. Seu coração estava acelerado e o pânico percorria suas veias. Segundos se passaram e algo se acendeu naquela escuridão. Eloísa notou a coisa de prata brilhante pendurada na mão direita dele, a única parte visível do seu corpo além do rosto. Com o objeto estendido em direção