Aconteceu Naquela Pausa pro Café
O dia passou rapidamente e chegou a hora de me arrumar para ir ao restaurante. Normalmente eu gostava de exagerar nas roupas de eventos assim, com vestidos longos e
a preta e um casaco muito quente e branco por cima. Deixei os cabelos solt
stava muito da ideia de passar na frente de todos, mas me aproveitei da situação. A jovem belíssima me indicou o caminho e a mesa em que devia sentar, sozinha, porém com outros cinco nomes. Não imaginaria com quem pode
ara seu rosto o reconheci, afinal tinha barba
os com um beijo na bochecha, aqueles que senhoras ricas e fofoqu
antigos colegas - ele empurrou levemente meu ombro.
bro - você continua o mesm
inhar não era para mim - de fato, pois sempre queimava as comidas e incrivelm
ele perguntasse o que eu faço, mas ele ignorou total
mes vi que são todos conhecidos nossos - e
ncontrando e contando sobre a vida - dei abertura para ele pergunta
stava lotado de serviço. Olhando em volta, o restaurante cheio, os garçons andando de um lado para o outro, percebi que sorria. Aquela visão era de um sonho distante que tive uma vez e que era diferente da realidade em que eu vivia agora. Aqueles colegas comentavam de suas vidas, alguns seguiram na carreira, outros se formaram novamente e isso só mostrava que ni
tudo bem? - perguntou Vicente ao lado -
ar - eu disse
a parte de trás do restaurante. Ao sair e sentir o
a cabeça erguida. Vicente havi
s que o restaurante fechar - ele cruzou os braços
emer com o frio - podemos entrar agora. Você
ele riu - está me
o. Vicente estava totalmente concentrado e pela primeira vez notei que ele era bonito, tão ou mais quanto era na faculdade. O rosto era simétrico e arredondado, o nariz e a boca combinavam principalmente quando sorria, o observei cozinhando e tinha nascido para aquilo. Sai da cozinha e voltei para a minha mesa. Ainda não havia pedido nada e fiz somente para não deixar Vicente na mão, pois não consegui comer e
rrindo. Caminhou até o caixa e o segui. Ass
. O pessoal da cozinha se juntou completamente perto de nós,
i fazer muito sucesso e isso não poderia ser feito sem cada um de vocês, que se dedicaram para que tudo fosse extremamente feito com perfeição. Um brinde a nó
ão havia comido antes, pois não iria poder acompanhar. Me peguei encarando os
eve - perguntei qu
e ajeitando e lembrando de Wallace
ncelhas - lembro que quando o vi, pensei que seria apenas um n
ervei ele cortar a carne - ele m
isse que casar seria a ul
omo não sou conf
- esses dias estava pensando em quando estávamos na fac
da para ser queimado por dois burros. Um bom lembrete,
te perfeito do cordeiro na assadeira - veja, cozido, selado
almas - algo pelo me
tinto para cada um - e você não está
i a cozinha de lado, pelo menos fora de casa -
belo era um pouco maior em cima e caia levemente em seu rosto - se você quis
a trabalhar aqui mesmo n
ca conheci alguém com o talento nato igual ao seu - ele sorriu - d
o - eu sorri - mas não poderia. Minha vida já n
s - ele disse tomando
nte, mas agora não é o
perto, pegou minha taça e largou em cima da bancada. Meu coração estr
r o que ele havia perguntado direito, a
egou minha mão e me levou para
- eu disse me posici
dançar com calma. Engrossou a voz - ela pass
ndo me inclinou para o lado e voltou - mas eu gosto dessa música - continuamos a dançar ao som de Hoje A Noite Não Tem Luar na voz de Vicente Rodrigues, algo que não era feito todos
to que uma vez tivemos um pelo outro. Voltei para mim quando ele se afastou - desculpa - ele disse indo para trás. Caminhei lentamente até a bancada e tomei um gole de vinho, minha boca estava seca como
se ao colocar o casaco pa
- ele disse sorrindo. Sentou ao meu lad
pois estava maravilhoso. Comi rapidamente sem dar tempo de falar, levando apenas alguns minutos para termi
a falhada - rimos juntos - brincadeira, el
então, não vi uma foto seque
me engano - busquei a foto em meu perfil e não achei, logo segui para o perfil dele fui para os marcados. Não precisei rolar a pagina para achar, mas algo me chamou a atenção. Uma foto recente estava lá, que não era
untou assustado - tinha
o para Vicente - isso? Wallace marcado na
marcado sem querer? - obvi
vessei no corpo - é o relógio que eu dei pa
te leve? - pergunt
remer. Peguei um táxi que passava e o mandei para o endereço que precisava. Chegamos em uma casa azul com muro baixo. Ent
untou a mulher loira
lei - posso
eu entrei. Ela fechou a porta
o celular, entregando a ela - acho não, ele está em Gra
a direito, qu
Não vai não - ela disse escondendo o celular - Temos que descobrir quem ela é e depois sim bri
com aquela loja que ele vai sempre. É óbvio - comecei a rir - e a i
loja
re com a mesma vendedora. Mas não pode ser ela, o nome não
- ela me entregou
ria descobrir toda a verdade. Quando amanheceu preparei um café, para poder me manter acordada. O frio á não me incomodava mais, era como se meu corpo e
sim? - perguntei ao entregar
la me olhou ao pegar - você está
acredito que aquele desgraçado além de me trair, f
mas por isso que não
muito recente es
l, na praia, em hotel, motel e até mesmo no Chile, nenhuma mostra o rost
burra, ele sempre ia viajar e nunca sequer me convidou
na loja - ela disse levanta
que ele iria aparecer. Ali ficamos durante quase duas horas, até que o carro de Wallace estacionou na frente e ele desce
deixa ele ir embora da loja que
minha cabeça tentando me acalmar, não sei o porquê, Vicente veio a minha cabeça, me levando para fora do restaurante - eu vou lá e falo com a vendedora - disse Doriana - fique aqui - ela saiu r
r a ela - di
a de você - ela me olhou - seu marido tem um caso com a minha chefe. Ele realmen
isso acontece? -
uando eu comecei. Sinto muito, eu tenho que voltar - ela l
- eu disse sem acreditar - e agora, vou faze
, certamente tem di
cadeira - ele não podia fazer isso comigo - levante
não deixe
ar, obrigad
mãe dizia, era como "se um dia você estiver pedida, busque dentro de você o caminho, lembre onde você se sentiu feliz por último" e automaticamente chamei um carro. Desci na frente do restaurante de Vicente e parei na janela. El
sas. Após juntar minhas roupas, meus livros culinários e alguns dos utensílios que eu gostava, coloquei tudo no meu carro e então sentei no sofá - exausta - para esperar aquele filho da
- senti saudades - chegou um pouco ma
edo, mas ela estava presa, o encarei - eu já sei da sua ama
licar - ele fa
mente - isso é tão ridículo, até mesmo pra você - finalmente consegui tirar a a
a o outro lado - ela não significa nada. Foi uma idioti
não é? - dei a volta no sofá - eu sabia que sua mãe não gostava de mim, mas aceitar uma amante, logo ela qu
etó - me dá uma chance, poxa,
segurei as lágrimas - eu á juntei minha
gar toda nossa his
i você, que não parou pra
perto de você e pensar em toda essa merda que aconteceu - peguei minha bolsa - não vai atrás de mim e nem
em direção para a casa de Doriana. Ela morava na Zona Norte, entrando no bairro parei o carro. Respirei fundo e então não pude mais conter as lagrimas. Era dolorido e inacreditável a dor que estava sentindo. Como queria ter minha mãe por perto nesse momento. Então chorei copiosamente. Após alguns minutos, limpei o r
u espaço para eu passar e o fiz. Se
rtar eu não quero falar disso agora, preciso apenas
ue nunca achei que teria antes. Não posso dizer que sai do banho com frio, porque a água não esquentava o suficiente, mas pelo menos a toalha me deu um conforto. Coloquei o pijama que Doriana me emprestou e sai do banheiro. Me direcionei para o quartinho que ela me deixava dormir quando ia para lá. Doriana entrou e sorriu
Eu nunca dormira o dia inteiro, por isso meu corpo parecia extremamente pesado. Tentei levantar e fiquei tonta, sent
- na verdade, não. Senta ai, pr
e agarrei as pernas -
uta, lembra quando eu disse que
vez até t
a parecia triste - a vida ficou difícil demais para mi
falou nada? Eu po
vida com aquele des
e é um desgraç
- disse parecendo tirar um peso enorme. Eu fiquei totalmente desconcertada
sei o que dizer
ar nada - ela sor
mo vo
para a rua e as ve
- apontei p
tomo esse comprimido que te dei, porque não consigo
aqui? Quero dizer, po
omizar. Pode ficar aqui, mas terá que se tran
com pesar - eu não podia
oje tem um cl
ficar no quarto. Se tiver mais um d
se arrumar. Ela colocou um peruca preta - esse cliente gosta de mim m
o Wallace. Mesmo sabendo de tudo e doendo, queria ligar de volta, acho que era o costume. Após uma hora, ouvi batidas na porta da sala. Por uma fresta, dei uma espiada. O cliente de Doriana, um homem bem mais velho a abraçava, ele passou a mão em sua bunda e bei
s cheias - ela mostrou a nota de ce
sso? - perguntei me t
te dar um exemplo - ela deitou ao meu lado - tive um cliente muito rico uma vez, ele me pagou três mil reais por
você
mas fiz, ou me
so, Dori. Você d
ograma, isso já invál
do que você faz - me sentei - não importa se você é gar
lá. Isso foi a dois anos atrás - ela lev
veja um advogado pr
o ser chata, mas eu não recebo o suficiente pra nós duas.
o - não pense que esqueci do que falamos agora
contrei era o suficiente para garantir uma boa comida. consistia em ovos escalfados, toucinho ou presu
disse entregando
com meu prato. Doriana provou um pedaço e geme
onese que não era das melhores. Me lembrei da faculdade e de como eram b
O
onde vou