Aconteceu Naquela Pausa pro Café
a chegou perto do meu rosto, percebi então seus olhos verdes. Era incrível como ela não tinha aparência alguma até esse momento. Era como se não houvesse rosto algum no corpo. Então percebi que
pessoal -
ma água - falo
oltar. ainda sentia meu corpo tremer por inteiro - eu não acre
lmente lamento por você. Quando ele me contou eu não achei legal, depois me apaixonei por ele e
estacionei de qualquer eito. Desci apressada e entrei na casa com a minha chave. A casa estava exatamente do jeito que vi na última vez em que estive ali. Parecia que Wallace nem morava lá. Passei pela cozinha e não havia um prato sequer na pia ou na secadora. No lugar do lixo, haviam vários potes de marmita e isso era engraçado, porque ele sempre dissera que odiava. No quarto, apensa a cama estava bagunçada, as roupas estavam guardadas como sempre. Isso re
falou a mulher
ificar esse document
ficar
trado - menti. Será
uei a ela minha identidade, ela me encarou e
guichê indicado - olá - entreguei o documento novamen
chando aqui esse cartório - ele entregou novamente o papel - vou precisar da sua identid
o meu carro e liguei, vi os dois correndo até a porta e então sai rapidamente de lá. É óbvio que alguma coisa iria dar errado. Será que ele anotou meu nome ou meu CPF? Será que eles vão me prender? Por culpa daquele desgraçad
- Vicente pergu
rar. Queria apenas ficar ali petrificada nos braços dele. No entanto, ele se afastou um pouco e colocou as duas mãos no meu rosto e me encarou com seus incríveis olhos redondos e castanhos. Não precisou falar nada, nem ele ou eu. Por um
u disse com a
r? - ele sentou
cobrir que o Wallace falsificou nossa certidã
m? Isso é c
- ser presa vai ser o me
ue vai fazer? Denunciar ele
de isso vai me prejudicar, ele tem bons adv
sso te
ndo para a rua. Imaginei se a mãe dele sabia. Aquela velha me odiava. Lembrei da nossa cerimônia. Havia um
té
hei para Vicente - ele v
u te levo - e
i, eu estou de carro. Vou bem r
chegou perto e deu um beijo em minha tes
do. Ele sorriu e então com mu
recepção, assim que entrei a mulher não teve tempo de falar nada. Apenas assei por ela e segui para o elevador. Dentro daquela caixa minúscula de metal, senti como se sufocasse. Então a porta abriu. Virei a esquerda e no fim do corredor a sala c
fastou lentamente e sorriu. Instantaneamente e com força bruta dei um soco em seu rosto. Ele cambale
latejando fingi que estava bem - achou que poderia me enganar por quanto t
apel do chão - e
s alta. Caminhei para perto da janela para tentar respirar e então continuei - ela contou uma versão
para mim - eu ia te contar. E
Tão imbecil de simplesmente largar a minha vida, a minha carreira por você - sentia a raiva
- ele falou chegando perto
uei o porta lápis de cima da mesa no chão. Ele tentou me segurar, no entanto esca
urança - ele falou
a raiva se transformou em lágrimas que só notei quando escorreram pelo rosto. Ele
pro futuro e se fizesse não poderia de jeito nenhum concretiza
azia parte d
do atrás da mesa - mas se nós fizéssemos isso eu não poderia mais nos d
no que ele dizia, mas cada vez menos fazia sentido -
- ele implorou - eu juro que
que vai casar com você. Não me parece qu
z. É uma garota apaixon
ntar me deixar louca. Você quer me mani
ra de não me perdoar o
ranquei da mesa e joguei no vidro atrás de mim. Infelizmente não quebrou, mas a janela ficara totalmen
- dois homens entraram na sala correndo e então
delegacia? - um
e me empurrou em direção a e
i para trás, ele ficou parado com a mão na cabeça olhando o estrago no vidro. Eu realmente havia perdido minha
s chamar a polícia - um deles
visa pra aquele merd
uma ame
e onde cairia o vidro, havia uma mulher com duas crianças sentadas na calçada. Naquele momento senti o arrependimento bater e imaginei o que seria d
na frente do prédio, ele correu até mim e me abraçou me surpreendendo tot
r dele na janela. Ela não quebrou, imagina se tivesse
ele me olhou - vamos sair da
egou a chave. Abriu a porta e me colocou sentada. Então entrou no la
i na internet e então eu chamei um carro e vim - ele p
le - o olhei e comecei a
elicadeza. Durante alguns minutos ficamos em c
o saia da minha cabeça. Imaginando o que aconteceri
mer? - ele
afim de ir pro res
outro, um bem
caminho e o pedido, finalmente nossa comida chegou. Dentro de um saco e com um aroma delicioso - os ref
para você - me entregou - e um Dupl
o falou em um lugar chique - falei ri
aqui quase todos os dias quando estávamos n
o diário. Está quase tudo igual, tirando o carro que eu
ha de noite, fumávamos e
ente nossa adole
er certeza. Não levei
naquele ano mesmo
. Senti sau
nas suas
nguém te entende. Bem, no começo. Tem lugares que é melhor nem dizer que é brasileiro. Po
quisar depois. Pra ver se
- falou rindo - out
Co
iros não tem consideraçã
or quem c
gringos estavam certos. Nos olhamos e então pude sentir a ternura de estar
alei - você me
le pegou minha mão e beijou em
dormir até o dia seguinte. Dessa vez não precisei de pílula alguma para dormir, simplesmente caí na cama e f
cordo com o pequeno relógio de parede. Sentei na cama devagar. Tentei achar meu celular, mas não obtive sucesso. Sai da cama e fui para um banho. A água quente estava reconfortando minha alma ferida. Minha cabeça, ainda focada no ocorrera no dia anterior, me torturou um pouco. Sai do banho e coloquei uma roupa quente. Fui em direção a
necrotério - ela disse - não
esliguei - sentei ao seu lado co
cê não ouviu nada de onte
a Deus
ele vem eu sempre us
pe dos d
alar nisso, ligaram de um restaurante chamado
o lembrei - Meu deus é o restaurante do Vicen
alou para você estar
. Não estudei e nem me
aprontar. A gente tem algumas
o. Peguei meu livro antigo e voltei para a sala, me sentando novamente - te
fácil ser garo
diz - fa
m falou como foi
casamento e eu joguei o computador dele na janela da sala de trabalho dele. Mas te cont
disse parando perto - não
ivro tentando achar a receita perfeita para cativar Vicente e quem mais fosse provar. Anotei algumas ideias que poderia fazer, não teria tempo suficien
o e engatei no celular. Coloquei uma playlist com músicas um pouco mais antigas e continuei a me imaginar na cozinha preparando os pratos para Vicente. Como ele estava bonito. Antes de reencontra-lo, eu sequer pesquisei sobre ele. Antes de me estranhar com Wallace, não havia notado sua aparência. Esse traço era engraçado sobre mim. Muitas vezes as pessoas não tinham rostos, eram apenas pessoas. Suas fisionomias se tornavam importantes em dado momento ent
uente e me sentindo mais livre para me movimentar. Entrei e logo vi Vicente sentado conversando com dois garçons. Eles me olharam fazendo eu ficar encabulada e então Vicente veio em minha direção
sorrindo de volta - pos
le apontou
le momento. Sequei com o papel toalha e então respirei fundo - eu consigo - disse me encorajando. Eu sabia que conseguiria, tinha essa autoconfiança, mas faziam tantos anos que eu n
ratos - ele disse - uma en
sa - falei largando minha bolsa no c
istas apenas para isso. Se concentre nes
ert
filé mignon ao molho de mostarda - senti tremer ao ouvir aquilo. Estava crente que prepararia m
o que. Ao lavar as mãos, observei os
- falou um deles c
o cronometro - Vicente sorriu - boa sorte - ele saiu me deixand
o vinagre, peguei o saque e a cebolinha, pondo em um mixer e bati bem até virar um molho verde escuro, adicionando um pouco de azeite. Na hora da montagem, intercalei uma viera com os rabanetes de cada cor. Adicionei os ovas em cima da vieira e na sequencia coloquei a flor de sal e os brotos. Pi
eles já tinham pronta e deixei reduzir até obter a consistência certa. Apesar de parecer uma receita fácil, deixar a carne no ponto perfeito, é muito mais complicado. Cada um pediu em um, então não dá para deixar simplesmente cozinhando. Além de que a carne tem que ser servida quente.
ra a mesa. Parei diante dos três - sente - Vicente falou. Eu obedeci. Observei eles comerem e me perguntava se
? - perguntei
zinha - ele me abraçou sentado. Continuei estática, ao mesmo tempo que não acreditava, sabia que me sairia bem
dos rapazes - a senho
rego é meu? - pergun
cento - respo
s eu já era outra pessoa. Dentro de mim começou a se espalhar a esperança de tudo ficaria bem novamente. Que sol brilharia para mim. Que eu poderia ser uma grande chefe de cozinha, ah, como eu queria que minha m
os pratos - Vicente disse me trazendo para a realidade - aman
stes com aqueles pratos, seria alguma pegadinha? Pra dizer depois "então, na verdade, você reprovou, só qu
nsiva. Eu já não era mais acostumada com tantas pessoas e nem mesmo a tanta alegria. Ele vinha, colocava música, cantava, dançava e me tirava boas risadas. Era como se nunca tivéssemos nos afastado. Eu mal lembrava de Wallace, estava tão contente e realizada, que não parei um minuto para pensar e quando aconteceu foi por instantes apenas. Uma das garçonetes estava gestante, ela chegava p
ha um prato. Era uma loucura completa. A gritaria, o barulho das panelas e pratos, o tilintar dos talheres, os cortes que estavam sendo feitos e o cheiro perfeitamente ávido. As horas foram passando em lentidão. Quando por fim entregamos o ultimo prato. Então a fase de limpeza começou e apesar de sim, ter pessoas contratadas para isso, devemos fazer umas partes. Ajudei a limpar e segui para a pia. Pedi para a moça encarregada deixar comigo e mesmo depois de relutar ela ace
lvi - é melhor deixar assi
ceite logo e vamos tomar um vinho - ele saiu de perto pegando uma garra
ite - vou aceitar o dinheiro porque estou morando de favor - falei guardando na bo
dade disso
so o
ficou com as bochechas ruborizad
is ativos - comecei a rir -
e apoiou na mesa - você alguma vez, p
llace. Lembrava de você como uma memóri
o na cadeira e tomou sua taça inteira em um gole - em como eu devia
orrindo - mas naquele dia você estava com a
iu a testa - mais ou menos. Mas foi
rei, não acreditando confessar o que sentia
es de Wallace aparecer. Vicente era o sonho que eu tinha. Agora mais ainda, mas era um sonho distante e difícil de alcançar. Nós havíamos nos beijado apenas uma vez e nu
noite. Lembrei só do seu beijo. Então - ele me olhou e voltou para o vinho - eu subi para o terraço e você estava com o Wallace. E
que isso havia acontecido. Wallace tinha me fisgad
tudo bem, Amélia. J
que me superou? -
ou sentir as mesmas coisas. Mas nós temos o livre arbítrio para a
ando um susto - desculpa - falei pegando o aparelho. Era Doriana - eu vou t
com uma voz chorosa -
ntece
or, Amélia - ela
sliguei. Olhei para Vicente - desculpa,
ocê quer que
- levantei -
a me declarar para ele. Entrei no meu carro sentindo uma vontade enorme de abraça-lo. A imagem dele sentado com seu vin