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Entre teus lábios

Capítulo 4 ― Emily

Palavras: 3607    |    Lançado em: 17/09/2023

, meu coração parecia que iria explo

fizesse, até ouvir aquelas palavras de sua boca, e ainda bem que aquele m

s encantos daquele h

me olhou confusa, as sobrancelhas se franzindo e logo unindo-as no meio da testa em uma expressão preocupada. Eu continuei andando apesar dela chamar me

elos saltos. Eu não conseguia pensar. Não conseguia reagir. Não ali, não tão perto dele. Leve

arrancando uma expressão de verdadeiro pânico dela. Respire. Eu dizia a mim mes

vezes, mas uma versão da história bem menos traumática do que de fato havia sido. Pela maneira que contei, pareceu apenas que Rob não passava de um garoto que conheci na a

as metade de mim mesma. Ela não sabia o quanto eu o havia amado, e o quanto talvez nunca deixasse de lamentar o fato de

fundo antes de perguntar, a preocupaçã

os nós dos meus dedos estavam sem cor. As lágrimas ameaçando desabar. Eu tentando contê-las com

te fez? Eu vou quebrar a cara

entei soar firme, e não como uma mulher pre

ando adolescentes... ― ela começou, meio s

sprezo pela escolha de palavras

que aconteceu

miu. ― r

entava entender, e eu não a julgava por me enca

apenas c

e, eu não tinha a menor vontade de falar nada. E dei graças aos céus quando Mirian fi

foi por p

ornar a ser regular. Joguei minha bolsa em um canto do balcão ao lado de algumas sacolas de compras esquecidas ali, e deixei finalmente

arou, deixando a bolsa quadrada em cima do sofá ― Por que não procu

o. Muito comp

cado. ― de

da que nem sequer cicatrizara direito. E eu tinha certeza de que se um dia eu precisasse mesmo dizer, o buraco no meu

o assim? ― ela er

bre meus olhos e soltei um longo suspiro. E

rto, preciso de um banho quente, só isso. Vou melhorar, está bem? ― pisquei

mo, era sempre bom pa

amontoado no chão, não tinha tempo pra arrumar nen

a infinita que me consumia.

que era eu quem estava disposta a ficar e aguentar as consequê

u rosto, misturando-se às gota

e embora também todas as lembranças, de nada adiantava. Elas ainda estava

**

ant

s olhos de mim. E

ia do que o professor estava falando. Não conseguia prest

riu um riso fácil apontando para o relógio no a

inutos até o

ou ao meu lado, colocando uma mecha dos c

falei baixinho me incl

idamente desviou os olho

s. Sabe que ele é

juntos, Mag. É pra valer. E

samente despenteados, a camisa de couro sobre os ombros, o ar desencanado e as

ivre. ― conc

cios. Faríamos a mesma faculdade de engenharia. Íamos as mesmas aulas complementares toda a tarde. Não faltávamos a nenhuma missa de

na ponta da língua ― Emy você só pode ter ficado louca se não p

a que eu não tinha escolha com relação ao Rob, eu estava irrevogavelmente apaixonada por ele. Mas, tin

s. Excelentes amigos. Excelentes desempenhos. Nunca saía.

mente pensariam a meu respeito. Eu apenas estava com

a se rebela

timo ano do colégio. E não estou falando de coisas imprudentes ou ilícitas. Apenas coisas normais, como ir a

ando do colégio em um dia de chuva em que apenas

sistir ao show de uma banda de rock local que ocorreria naquela noite na cidade vizinha, mas os preparat

iota. Contudo, ninguém se dera ao trabalho de me avisar. Então, l

Ei

o de motor acelerando furiosamente. Claro que eu não olhe

mesmo... ― gritou

nome. Robert, Rob para os amigos. Você era conhecido, popular. As garotas comentavam como era lindo. Os garotos falavam

quer? ― falei

o. A única coisa que passou pela minha cabeça naquele dia, era que você

? ― ele indagou parecend

m minhas costas e o livro que carregava nas m

star de estudar h

minuir consideravelmente com sua insistência em permanecer me seg

tão burra assim, ok? Agora me deixe em paz! ― me apresse

uanto eu revirava os olhos em uma expressão irritadiça,

ado ― Eu achei que sabia, mas... dá próxima

Rob parecia malicio

ruquei, impassível, faze

le falou, mais consigo mesmo do

y. ― c

ato idiota de rendição, enquanto acelerava

lhar para ele, apesar dele ter estendid

entações... vem

ra o lado. Não olhei para ele. Mas Rob era insistente quan

louco.

s pessoas sã

cordava com aq

ria co

a em que está prestes a se lança

a me provar a mim mesma, e naquele instante eu estava absurdamente p

isso seja

ele. Bem no fundo de seus olhos. Ele pareceu verdadeiramente surpreso com minha atit

― ele se inclinou em minha direç

distância. Bastava eu erguer a

i numa dessas então... ― Dei de ombros, relutantemente ab

a de perigo com um cara que eu estava conversando pela pri

que

que

que mesmo

te deixar cai

de muitas ― Me deixa apenas te

ualquer coisa, mas as palavras que eu ouvi saind

não! Minha mãe

... ― el

goso...tentador.

ecobrava um pouco do

utra arrancada barulhenta me fa

aqui. ― ele disse com tanta confiança que eu também

go em mim se derr

sco. ― eu disse,

grossas sobrancelhas que d

alto e perig

er. Só não podíamos saber naquele instant

ponto fraco que

rrecusável, pois algo em seus olhos fez chacoalhar as borboletas em meu es

meu nome com tanta propriedad

ntos o quanto estava sendo imprudente, insensata, errada

nda restava, e tomei um longo fôlego de

mor em meus lábios quando você ficou ainda mais perto. Perto demais. Sua mão era grande, como você. Imponente, decidido. Levou d

foitas, mais selvagens dentro de mim. Ela

cada por um garoto antes. Minhas bochechas eu sabia que estavam vermelh

ação ac

acelerar ainda mais quando se

sse, um pequeno sorriso

ter experimentado aquele tipo de aproximação, uma das minhas mãos d

utro, experimentavam, exploravam, dançavam. Minha mão te puxava para mim, como se já tivesse feito isso antes, como se fosse meu. E você me beija

enas por um instante ― Tão doce... ― perpassou

Roubando meu fôlego. Min

am fechados muito tempo de

minhas mãos como se nun

ular, minhas mãos ainda tremiam. E

modo atrapalhado tentando me segurar nas laterais do veículo. Mas você segurou minhas mãos

u coração.

uinada em

ão assustador quanto eu

enalina pulsando meu espírito e o impu

alhei quando ergui a cabeça para trá

osso redor, mas elas não me incomodavam, p

anto meu rosto se mantinha colado à

rtelã, um toque de canel

me sentia na

vr

an

ndo

pensamentos, eu corri até a saída. Nós tentávamos evita

anto eu subia na garupa da moto e o abraça por trás. Minhas mãos o enla

ue me fazia derre

ém, saltando

**

enquanto observava meu reflex

s que Rob deixava vermel

seu cheiro. Ainda cheirava curiosamente do mesmo jeito. Eu pude se

mbrava b

era t

a fazer. Como ia lidar com aquilo

no estômago, u

ei enquanto um sorriso ainda mais

ente mais uma tentativa frustrada de preparar alguma boa refei

rian voltasse a me fazer perguntas, então me deitei quase imóvel na cama. Estava frio. Dentro e fora de mim era gelado. Peguei ao lado da cama, em

não sen

ombrando. Me desafiando outra vez. Me fazendo pensar qu

a cabeça afastando aquela

ia te perd

nto você continuava sua vida de ba

que imp

retorcida em minhas entranhas doloridas do passado, p

xistido borbo

evitado tanta d

pudesse ter um

, com tudo o que roubara de mim,

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