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Entre teus lábios

Capítulo 3 ― Rob

Palavras: 3593    |    Lançado em: 17/09/2023

anos

eu redor. Era impossível não notá-las já que Emily as tin

da, ainda mais quente. Seu cabelo ruivo não era tão alaranjado, apesar dos fios claros, tinham um tom de marrom que me lembrava o Outono. Mais uma vez

a de comum neles. Se seu cabelo e pele eram quentes, seus olhos eram fogo. Brasas vivas me incendiando a cada olhar. Como tudo nela, eram olhos de Outono.

eu tempo de dizer antes de

i a ponta de seu queixo, provocando-a antes de beijá-la, vendo suas bochechas corarem antes de prov

em meus lábios, tentan

os à sua cintura, franzindo o tecido leve do seu vestido, erguendo apenas mais um pouco até encontrar a pele suave e tentadora. Soltei um suspiro quando ela ergueu-se na ponta dos pés em min

olhos fechados, os lábios

nua rumo a um caminho ainda mais tentador. Senti quando ela cedeu outra vez, desestabilizada com meu toque, desesperada por mais. Perpassei um dedo em seus láb

ri um botão, e me abaixei pa

eu a trazia para mim sentindo suas mãos em minha nuca, enrolando os dedos em meus cabelos tão perdidamente apaixonada quanto eu estava.

u adorava tirar dela. Olhou para mim com um sorri

rtante... ― mais um longo suspir

os em sinal

palhando... ― pisquei sedutorame

alho na clareira deserta, o lugar em que costumava ser mais que apenas nosso pont

guei, mas logo me arrependi ao

se, tentando esconder a apree

ersa iria terminar. Por isso

ai embora, é assim que tem que ser.

No entanto, era isso. Não havia escolha, nenhuma saída ou solução. Nenhuma luz no fim do túnel para nós. E naquele

o alcance das minhas mãos ― Rob, eu vim decidida a ficar! Eu não sei...

ao mesmo tempo em que meu coração se partia. Eu a abracei. Abracei co

orava escondido. Se Emily ficasse, como havia suposto, de que maneira iria sustentá-la se não tinha sequer um emprego? Era apenas um estudante vin

promessas que eu fazia fossem mesmo se cumprir. Sabia que não podia e nem tinha o direito de lhe prometer mais nada, mas quando Emily m

r pra sempre, E

**

ra mais o filho do meio que tinha que contar as moedas no final do mês para comprar o material escolar mais inferior. Não era mais o garoto desajustado da cidade pequena, o vagabundo. 'Este garoto

em sucedidos por cada estado e mais dinheiro do que eu ou minha família poderia gastar. Nunc

não passasse de um idiota qualquer. Talvez fosse exatamente isso o que eu era afinal, um idiota qualquer. Um idiota que ficou feliz em rever a garota que um dia amou, mas foi pisoteado uma vez mais pelo orgulhoso status

escência quase desestruturar o homem inabalável que me

que em minhas lembranças. Seu cabelo havia escurecido sutilmente, um cobre mais intenso, ainda um marrom claro e out

hor?

calor que tomava conta de mim, quando a voz aguda

agora... ― ela sorriu um tanto constrangida com mi

eculações, certamente sobre minha postura digamos um pouco desatenta. No geral eu não me importava com tal atenção, estava habituado a ser o centro dela. Mas

de cabeça e um rápido desvio de olhar para que meus pensame

, aquelas duas esferas castanhas ainda tinham o mesmo efeito sobre mim. Eram quentes. Me qu

. E revê-la agora, ainda tão parecida com a menina que fora antes,

um sinal de vida. Por quê não retornava meus telefonemas. Por quê todas as cartas que eu havia mandado tinham apenas o silêncio como retorno. Mas não

Idiota

vontade deliberada que eu tinha de acolher seu rosto perfeito em minhas mãos. Ela desviou o olhar assim que nossa conexão se tornou constrangedora o bastante para que Marlene e tod

nção em suas palavras, mas não podia deixar de questionar como Emily estava estranha. Havia algo de muito errado na maneira que ela olhava para mim, o

ora, que ainda tagarelava sobre sua equipe, confusa com minha reação. Engoli em seco antes de finalizar a reunião, elogiar o bom desempenho q

penas um sussurro mas pude ouvir claramente quando disse exasperada: "Uau, é ele? O cara é lindo!" Eu quis rir daquilo no mesm

funcionários quando finalmente a reunião havia acabado. Observei quando Emily, ainda extremamente ruboriz

que por razões diferentes das que ela tinha. Meu suplício era estar em uma sala cheia de pessoas e ter de manter uma postura séria e impassível, quan

algo idiota o bastante dentro de mim me fez impedi-la, e quando meu dei conta, estava bem

iquei surpreso ao ver que tive que reunir muit

era com ela. Se a situação não fosse tão estranha eu te

.. ― a amiga interferiu, o tom

ltura nem precisava lê-lo para saber que só não iria me ignorar pelo único fato de não poder fazer isso na frente de sua superiora. Eu senti um esboço de

rá que ela podia notar o quanto ainda me afetava? Será que podia ouvir meu coração implacável no peito? Ou apenas sabia que ainda podia me pôr numa c

lene nos deixou a sós, claramente notan

ter soado ríspida, ouvir meu nome

― foi impossível não provocá-la com

e pareceu ainda mais

precisa falar mais comigo. Já estamos resolvidos! ― pôs a bolsa n

a já que me empurrei o

a que não tinha a necessidade de ter sido tão grossei

uer?! ― agora el

ervosa.

ei de ombros, aquilo era óbvio dema

or um instante parecia não ter fo

m... ― sua voz soou frac

er dito, pois eu a acolheria em meus braços, apanharia suas lágrimas com as pontas dos dedos e a beijaria até que se esquecesse de tudo que a deixava triste. E ela aceitaria meu

ovando sua determinação ― Pelo contrário, não sou eu quem está te seguin

peito... aliás... ― um riso sarcástico e sem um pingo de humor pintou em meus lábios ― Já se esqueceu q

empre me fazendo perder

afirmou apenas, dando a volta e

. Me aproximei, praticamente a encurralando entre a parede sobre suas costas, a d

e eu não entendia mas estava ali, muito presente, palpável demais para ignorar. Co

a mão até seu rosto, e

de mim há muito esquecida. Me assustei com o ímpeto das batidas do meu coração quando perpassei as pontas dos dedo

sanar. Segurei seu queixo com uma das mãos sem nunca deixar seus olhos. Senti meu corpo todo pulsar e ascender quando inconscientemente ela

ram atropeladas, abarrotadas e

rri. E me surpre

fazer sorrir tantas vezes? Com tant

ia. Exijo demissão, es

de sorrir quando percebi que ela de

udo o que tem

o nisso e... ― mais um sorriso, mas agora estava fazendo questão de

teimosa, pensei enquanto assistia ao espet

posso te acusar de assédio se continuar sendo tão int

stumava me chamar de Robert em exclusivas ocasiões. Ocasiões das quais acho que ela també

-se na ponta dos pés à medida que eu a enlaçava pela cintura e a trazia para mim. Eu subi ambas as mãos p

não será por algo que

orma que ela reagia às minhas provocações. Os olhos arregalados

nos meus, cheguei mais perto. Devagar agora, lentamente coloquei meus lábios sob os dela e a sensação de estar em casa me dominou antes mesmo que eu pud

ue ela desferiu no meu rosto.

e afastando com rapidez, praticamente se ati

r quando eu fiz outra das minhas promessas ridículas co

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