Um Pedro Qualquer
a V
as coisas escolhem um dia propício para acontecer ou apenas acontecem, combinando com o hum
um vento que traz o prenúncio de uma chuva próxima. E então vem o barulho. Estalos, batidas e o retinir de algo sendo violentamente atacado. Você percebe que algo grande
não dão sinal, elas vêm silencios
claro como os mais belos dias de sol. Foi assim que amanheceu o dia seguinte a
que mês o ano corre, não sei qual estação assola n
ste exato momento, é porque algo deu errado. Muito errado. Como, quando, onde, por quê? Você vai descob
s foram in
es para amanhã, daqui a um mês ou mesmo anos, é porque acreditamos no amanhã,
do fim, que não poderá finalizá-lo no próximo dia, depois de mais um longo dia de trabalho, por qu
soas tenham, se sabem disso ou não, é outra história. Algo sobre destino ou livre arbítri
endemos com algo inesperado no próximo segundo. E isso, porque a vida é como uma estrada longa, sinuosa e
r das curvas que encon
quando vai acontecer, mas é certo que um belo dia a gente acorda e n
tudo que somos, pensamos, sonhamos em fazer, assim como tudo que já fizemos ou conquistamos, sentimos ou planejamos, deixa de existir. Simples assim. Talvez você nem pe
se momento é resultado de inúmeras
o de uma fo
ria um corpo já sem escolhas, as pernas estavam destapadas, um chinelo num
mbrança de quem o conheceu, levantar-se de manhã, escolher uma roupa, um calçado, tomar uma xícara de café, ou um suco, talvez nem mesmo tivesse bebido algo. Talvez estivesse atrasado para um compromisso, ou apenas iria visitar um amigo. O lugar onde pensava em ir era longe – ou era perto? Era cedo, mas o sol já fazia arder as costas, mesmo as de um velho assoleado pelo tempo.
se demorasse um pouco em alguma tarefa qualquer. Sonhos não realizados, problemas não resolvidos, tudo fica para trás. No final, será que todas as escolhas a que v
ntanto, antes que eu pudesse atravessar aquele pequeno e rápido instante que nos transforma de cores vivas e palpáveis, a uma lembrança
, então, não vou dizer onde moro, pois poderia ser na sua cidade, eu poderia ser s
s, como a de qualquer outra pessoa. Por um lado, fico ali
ntá-la. E é aqui que vem a parte triste de tudo isso, porque, mais difícil do que não poder colocar sua história no papel, ou mesmo contá-la através de palavra
ão pôde contar a su
is contá-la. Tão cedo assim? Sim! Mas não tão cedo a ponto d
pessoalmente a você, mas a deixei muito bem guardada
dr