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Um Bilionário Em Minha Vida

Um Bilionário Em Minha Vida

AutoraAngelinna

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29
Capítulo

Bilionários escoceses rabugentos não tiram férias. Mas se tirassem... Durante a maior parte da vida da Laila Diaz, nada aconteceu como o planejado. Mas, agora, as coisas estão finalmente melhorando. Em seu último dia trabalhando no serviço de proteção à criança, ela é designada para entregar um órfão ao seu novo guardião legal... o rabugento bilionário escocês Marcus Campbell. Imediatamente fica claro que, embora Marc seja capacitado – e lindo –, ele também precisa de uma babá, especialmente com um retiro familiar de seis semanas no horizonte. Laila está desempregada, então ele faz uma oferta que ela não pode recusar. O bilionário sedutor parece quase perfeito demais, e sua beleza faz com que ela sonhe com beijos ardentes sob o sol tropical. É uma pena que ele seja seu chefe... Marc nunca conheceu uma mulher tão afetuosa, sincera e linda quanto Laila. Há algo especial nela... seu jeito de olhá-lo, tocá-lo, provocá-lo. A fachada de frieza de Marc está derretendo. Ele está se apaixonando profundamente – por ela e pelo novo integrante da família. Contudo, mesmo enquanto aproveitam o paraíso juntos, o mundo real paira ameaçadoramente sobre eles, pronto para estourar a bolha de felicidade do seu romance. Quando as férias acabarem, eles conseguirão construir algo novo e que pode durar para sempre? Algo além de uma simples fantasia...  

Capítulo 1 1

CAPÍTULO UM

L aila checou o endereço novamente, equilibrando desajeitadamente o celular com uma das mãos, já que a outra estava ocupada com a cadeirinha. O bebê de seis meses que ela estava entregando ao seu novo guardião era adorável e abençoadamente calmo, mas também era pesado.

O bebê se contorceu na cadeirinha.

— Está tudo bem, querido. Estamos quase lá — Laila murmurou com ternura. Ela balançou a criança para frente e para trás, suavemente, apesar da ação piorar os sulcos que a cadeirinha estava cavando em seu antebraço.

Quando teve certeza de que estava no endereço certo, aproximou-se do interfone e apertou o botão da cobertura, preparando-se para o seu discurso habitual. Mas, para sua surpresa, o morador – Sr. Marc Campbell – sequer perguntou quem era e a porta de entrada do prédio destravou com um clique satisfatório.

— Bom, foi mais fácil do que eu esperava — ela comentou com o bebê, que estava agora sorrindo para ela. — E ainda bem que aqui dentro está mais fresco.

Uma rajada de ar refrigerado atingiu seu rosto e ela fechou os olhos, agradecida. Dirigiu-se ao elevador que a aguardava, a cadeirinha batendo em sua coxa a cada passo, e pressionou o botão para a cobertura.

Os olhos do bebê se arregalaram com o movimento ascendente do elevador e ele agitou os pés, empolgado. Era tão bonzinho! E foi por essa razão que ela tinha se oferecido para trazê-lo até o guardião, mesmo já tendo esvaziado sua mesa no serviço de proteção à criança. Ela suspirou. Estaria desempregada a partir de amanhã, mas ficaria bem.

— Nós dois ficaremos bem. Você vai ver — ela disse, para o bebê e para si mesma.

Momentos depois, as portas do elevador se abriram para uma grande antessala de mármore. Um conjunto enorme de janelas oferecia uma vista do horizonte. Ela parou, embasbacada. Uma vista deslumbrante como essa, apenas para uma única pessoa?

— Pois não?

Laila se virou e ficou ainda mais embasbacada. Por mais bonita que fosse a vista, ela não se comparava ao homem à sua frente. Ele tinha um tipo de beleza que a fez desviar rapidamente os olhos para esconder as bochechas ruborizadas. Olhar para ele quase doía.

— Você é Marc Campbell?

Ele aquiesceu com a cabeça, uma pequena ruga surgindo entre as suas sobrancelhas.

— Quando você tocou o interfone, achei que estava trazendo a comida chinesa que eu pedi. — Ela não conseguia localizar o sotaque dele. Irlandês? Escocês? Ele olhou para a cadeirinha no braço dela. — Tem certeza de que está no lugar certo?

— Absoluta. Este aqui é o Grayson Clark. Ele tem seis meses.

— Ah, ok. — Marc olhou para Laila, inexpressivo. — Então seria o caso de felicitá-la, Srta...?

Essa era sempre a pior parte. Laila tentou suavizar as palavras com um sorriso, mas sabia que não havia como falar com delicadeza.

— Diaz. Laila Diaz. Eu trabalho para o serviço de proteção à criança. Este bebê nos foi entregue pela babá depois que os pais morreram em um acidente de carro. Aquele com o caminhão-tanque em Fort Lee. Talvez você tenha visto a notícia?

Marc balançou a cabeça.

— Não tenho acompanhado as notícias locais esta semana. Mas você falou em Clark, certo?

Ela aquiesceu de forma compassiva.

— Os pais do Grayson chamavam-se Remy e Kendra Clark.

Marc apoiou a mão na parede para se equilibrar.

— Remy — ele murmurou.

— Sinto muito por lhe trazer a notícia.

Marc piscou e então balançou a cabeça, como se quisesse clareá-la.

— Não, não. Eu compreendo. É só que... — Ele apontou para a cadeirinha. — Eles tinham um filho?

Laila aquiesceu novamente.

— E eles nomearam você guardião do bebê, caso acontecesse alguma coisa com eles. Você não sabia?

O ombro de Marc bateu na parede, e talvez apenas por isso ele tenha conseguido permanecer em pé. Seu rosto tinha ficado branco como a neve, o que respondeu à pergunta dela.

— Sr. Campbell, peço desculpas por ser tão indelicada. Nós tentamos contatá-lo dezenas de vezes nas últimas semanas, sem sucesso. Não há mesmo uma boa maneira de dar uma notícia como essa. — Ela engoliu em seco, pois era verdade. Era a parte do trabalho que ela sempre odiara mais.

Saber que nunca teria que fazer isso de novo quase tornou um alívio ter sido abruptamente demitida pela manhã. Quase.

— Pensei que isso poderia ser um choque, então tomei a liberdade de trazer algumas coisas que serão necessárias durante a noite — ela informou apressadamente, colocando a cadeirinha no chão de mármore e abrindo a sacola reutilizável que estava em seu braço. — Um pacote de fraldas, leite em pó suficiente para uma noite, uma roupinha limpa e algumas chupetas. Não sei se ele já gosta de chupeta.

Ela posicionou a sacola ao lado da cadeirinha e olhou para a criança, ainda quieta, sentindo seu coração desamparado com a tristeza de reconhecer que não havia mais nada que pudesse dizer sobre o bebê. Ela não sabia de mais nada.

— Pelo que eu sei, o testamento dos Clark ainda não foi validado, mas eles deixaram tudo para o Grayson. Assim, logo que a papelada estiver concluída, você vai ter acesso a todos os bens para cuidar das necessidades dele. Se precisar que o inventário adiante algum dinheiro para as despesas até lá... — Não que Marc parecesse ter problemas com dinheiro, morando nessa cobertura obviamente luxuosa no NoHo1, mas, ainda assim, explicar fazia parte do trabalho. Ela concluiu: — Pode procurar a inventariante. Tenho as informações dela aqui. É uma advogada de Montclair e parece que tem uma reputação muito boa.

Ela tirou da bolsa um post-it amassado, oferecendo-o a Marc.

Ele não se mexeu.

Laila olhou para o rosto cinzento e imediatamente se policiou. Em um piscar de olhos, ele não apenas descobriu que havia sido nomeado guardião de uma criança que nunca conheceu, mas também que um amigo tinha morrido tragicamente. Que direito ela tinha de ser impaciente enquanto ele processava essas informações?

— Peço desculpas por despejar tanta coisa de uma vez só — ela disse, sentindo aquela faixa apertada de tristeza envolver seu coração, a mesma que sempre a agarrava quando enfrentava as tristezas deste mundo. Seus dedos ansiavam por tocar o braço dele em um gesto reconfortante, mas ela não tinha esse direito. Precisava manter o profissionalismo.

— Está tudo bem — Marc disse em uma voz rouca e tensa. — Você não fez nada de errado. Está apenas fazendo o seu trabalho.

Talvez, mas Laila tinha o coração muito mole e não conseguia evitar o sentimento de empatia pelo homem. Ela ajeitou gentilmente a cadeirinha aos seus pés e flexionou os dedos antes de dizer:

— Eu gostaria de poder fazer mais para ajudar, mas hoje foi o meu último dia no serviço de proteção à criança. Se você tiver alguma pergunta, tenho certeza de que a equipe remanescente ficará feliz em ajudá-lo; mas talvez a resposta não venha tão rápido. — Cortes no orçamento significaram a eliminação de muitos empregos, incluindo o dela. As pessoas que sobraram estariam incrivelmente sobrecarregadas, se já não estivessem. — As coisas estão um pouco... caóticas no escritório neste momento. Parte da razão que me fez querer trazê-lo aqui hoje, como minha última atribuição, foi o receio de que, se não o fizesse, Grayson poderia passar despercebido e acabar em um orfanato.

Ela se agachou para olhar com carinho para o bebê, que dormia de boca aberta, com uma pequena poça de baba se formando nas dobras do seu queixo. Laila foi obrigada a sorrir para ele.

— E não podíamos deixar isso acontecer com você, mocinho — Laila completou, falando baixo.

Quando olhou para cima, ela viu Marc parado à sua frente, esfregando lentamente a nuca. Sua expressão tinha uma aparência vazia e assombrada.

Então, subitamente, ele pareceu se recompor e deu um passo para trás, oferecendo a ela seu primeiro vislumbre da cobertura.

— Você se incomoda de entrar? Eu ficaria agradecido se você pudesse cuidar dele só um pouquinho mais, para que eu possa fazer algumas ligações. — Ele hesitou. — Desculpe, você disse que essa era sua última atribuição, em seu último dia. Você precisa ir embora? Estou atrasando você para alguma coisa?

— Não, claro que não — ela respondeu. — Não me importo de ficar com ele mais um pouco.

Ela se moveu para levantar a cadeirinha, mas Marc foi mais rápido, acenando para que prosseguissem para dentro do apartamento.

Foi um gesto curioso de cavalheirismo e Laila ficou encantada. Depois ficou um pouco constrangida por ter ficado encantada com algo tão básico como a gentileza.

Sem a cadeirinha, ela se sentiu estranhamente leve ao entrar na cobertura. Quase tonta, embora isso possa ter tido mais a ver com a vista deslumbrante à sua frente do que com qualquer outra coisa.

Um conjunto de janelas tão limpo que parecia não haver nada entre ela e o céu revelava a paisagem das ruas abaixo, tendo ao fundo a maior parte da linha do horizonte do sul de Manhattan. Ao sol poente, um pequeno fiapo de nuvem se enrolava na antena da torre mais distante do World Trade Center, suas bordas tingidas de um cor-de-rosa igual ao do algodão-doce. Inesperadamente, isso extraiu uma lembrança há muito perdida de uma viagem à costa de Jersey, quando seus pais adotivos compraram para ela uma vareta fina de algodão-doce absolutamente delicioso.

Laila sacudiu a si mesma mentalmente, forçando seus pensamentos de volta para o presente, e olhou ao redor. De algum lugar no interior da cobertura, a voz de Marc ressoava em tons baixos e tensos. Por um momento, ela se esforçou para ouvir. O sotaque dele tinha ficado mais intenso, tornando difícil entender muito do que ele estava dizendo. Antes de Grayson se agitar na cadeirinha, chamando sua atenção, ela conseguiu apenas determinar que ele devia estar falando com o advogado.

O bebê amassava comicamente o nariz enquanto lutava contra o cinto de segurança. Seu punho gordinho se lançou para frente, e Laila correu imediatamente para onde Marc tinha deixado a cadeirinha no chão de mármore da sala.

— Shhh — ela sussurrou, tocando o rosto da criança. E, desanimada, notou: — Ei, você está todo suado. Vamos tirar você daí.

Ela pegou Grayson no colo e ele enrolou o corpinho nela, cheirando seu pescoço por um momento antes de se agitar um pouco e esfregar os olhos com os punhos fechados. Laila olhou em volta, procurando algo que chamasse a atenção do bebê, mas tudo naquele apartamento parecia caro demais para ter um bebê sequer respirando perto, que dirá brincando. Ela ia começar a cantar quando sentiu um puxão no pescoço.

— Você gosta disso? — ela perguntou. Os olhos de Grayson estavam tão completamente focados que ele estava quase vesgo quando fechou seu pequeno punho ganancioso em torno do pingente simples que ela sempre usava em volta do pescoço. — Não puxe com muita força, ok? Devagarzinho — ela disse, segurando a mão dele para indicar a força necessária para investigar o objeto brilhante. — Na verdade, não tem nenhum significado, eu só acho bonito. O que você acha? Não, mas não na boca–

— Desculpe por fazer você esperar.

Assustada, Laila virou-se para Marc. Ela estava tão concentrada em Grayson que não deve ter percebido que ele encerrara a ligação.

— Está tudo bem — disse ela, mudando Grayson para o outro quadril para que pudesse se virar para ele. — Pra mim, de qualquer maneira. E quanto a você?

Marc soltou outro daqueles longos suspiros.

— Esta notícia chegou em um momento difícil. — Ele fez uma pausa e depois riu com tristeza. — Embora, verdade seja dita, não consigo pensar em quando seria um bom momento para receber notícias como esta. Mas eu precisava checar algumas coisas, porque minha família e eu estamos saindo em um cruzeiro de seis semanas amanhã.

— Seis semanas. — Laila ecoou. Férias de seis semanas. Ele poderia muito bem ter dito a ela que estava indo para a lua. Era uma ideia igualmente estranha.

— Sim. Já estava tudo combinado e agora é tarde demais pra cancelar. Mas agora eu tenho um bairn pra cuidar? — ele concluiu, seu tom de voz subindo em incredulidade.

Ela nunca tinha ouvido uma pessoa na vida real dizer essa palavra em voz alta, em uma conversa normal, mas, como fã devota da série Outlander, agora pelo menos ela sabia que Marc era escocês2.

— É muita coisa. — Ela compreendia. Tinha passado as últimas semanas sentindo como se todos os seus planos de vida também tivessem sido jogados em um buraco negro, embora suas circunstâncias fossem nitidamente diferentes. Quando ela veio para Nova York um ano atrás para morar com o namorado de longa distância que havia conhecido online, tudo em sua vida parecia estar no caminho certo. Ela tinha um bom relacionamento com um homem bem-sucedido e rapidamente encontrou um emprego no serviço de proteção à criança. No momento em que Brian a pediu em casamento, tudo parecia perfeito.

Então, ela voltou para casa e encontrou seu noivo na cama com outra mulher, e o relacionamento com o qual ela contava subitamente desmoronou. Laila conseguiu ficar com o apartamento quando ele se mudou, mas isso não foi um grande benefício, já que seu salário não era suficiente para pagar por ele. O salário que ela não teria, depois de hoje, graças a cortes orçamentários e reestruturação. Ela gostava de acreditar que era capaz de lidar com qualquer coisa que a vida atirasse nela, mas ultimamente a vida estava atirando com as duas mãos.

Ela estava fazendo o seu melhor para transformar sua destruição em uma reviravolta controlada. Estava procurando um lugar novo e mais acessível para morar e sublocando seu apartamento atual até o fim do contrato de locação. E tinha uma dica quente de um novo emprego – o cargo de diretora no novo centro comunitário que estava sendo construído no Queens. Infelizmente, eles ainda estavam finalizando a construção do prédio e não haviam entrado na fase de entrevistas, o que deixou Laila nervosa. A mulher com quem ela tinha falado havia assegurado que ela era a candidata ideal para o trabalho. Mas a contratação provavelmente só aconteceria dali a dois meses. Enquanto isso, ela honestamente não sabia como faria para sobreviver.

Ela daria um jeito, contudo. Tinha que dar um jeito.

Marc não sabia disso, é claro. Mas ele parecia estar tendo dificuldade para respirar, a mesma sensação que ela tivera durante o último mês. Eles tinham isso em comum. A diferença era que, para ela, um cruzeiro de seis semanas soava como o paraíso, e a maneira como ele falou fez parecer como se fosse o sétimo círculo do inferno.

— Eu compreendo que você precise de um tempo — Laila disse, desembaraçando os dedos de Grayson da corrente do seu colar. — Posso arranjar um lar adotivo para Grayson...

— Absolutamente não — Marc interrompeu imediatamente. — Eu não sou um completo idiota quando se trata de crianças. Eu tenho primos mais novos. Eu posso lidar com isso.

Ele estendeu a mão para segurar Grayson.

Por mais que essa demonstração de responsabilidade paterna fosse de cair o queixo, Laila estava relutante em largar o bebê.

Marc deve ter notado isso, porque ele baixou as mãos e riu.

— Você se sentiria melhor se eu dissesse que meus pais estão hospedados aqui esta noite e podem me ajudar?

Laila sorriu.

— Talvez.

— Então meus pais vão ficar aqui. Eles saíram pra jantar agora, estão aproveitando a noite na cidade. — Ele fez uma pausa e franziu a testa. — Isso vai atrapalhar um pouco a noite deles.

— Seus pais vão te ajudar com ele durante o cruzeiro? — Laila refletiu.

— Eles ajudariam, mas isso não seria justo, pois deveria ser um feriado pra eles. Não, vou precisar encontrar uma babá pro cruzeiro. Olhos exclusivamente dedicados ao rapaz parece uma ideia melhor do que apenas eu, improvisando. — Um sorriso pesaroso surgiu em seu rosto. Ele olhou para Laila. — E eu tenho incríveis dezoito horas para providenciar isso antes de partirmos. Nada pra se preocupar, não é mesmo?

Laila não pôde deixar de rir junto com ele.

— Super fácil. Quer dizer, você tem alguém experiente com crianças bem aqui na sua antessala, e que por acaso está desempregada. Nem vai precisar das dezoito horas.

Os olhos de Marc se arregalaram. Por alguns instantes, Laila só conseguiu sorrir de volta para ele, estupidamente. Por que ele estava olhando para ela assim? Por que ele não estava rindo da piada engraçada que ela tinha acabado de fazer...?

— Está contratada — ele disse em um impulso.

— Estou... o quê? — Laila olhou para ele, então balançou a cabeça. — Não, não, quer dizer, obrigada e tudo mais, mas eu só estava brincando. Você nem sabe quem eu sou.

— Você trabalhou para o serviço de proteção à criança. Imagino que tenham verificado seus antecedentes uma ou duas vezes — Marc disse. — Você foi demitida por negligência?

— Claro que não — Laila bufou. — Eu não fui demitida, fui dispensada por conta de cortes no orçamento.

— Maravilha. Você se submeteria a outra verificação de antecedentes, só por garantia?

— Eu–

— E um teste rápido de drogas também, é claro. Posso conseguir um dentro de uma hora.

— Sim, mas–

— E você tem passaporte? Merda, eu devia ter perguntado isso primeiro.

Ela e Brian tinham planejado uma viagem às Ilhas Virgens Britânicas para a lua de mel.

— Sim. — Ela suspirou. — Tenho passaporte.

— Então está contratada.

— Eu... você tem certeza?

Laila ainda não conseguia acreditar, mas, no intervalo de uma hora, assinou o contrato que o advogado de Marc redigiu e enviou por e-mail, estipulando que ela estava sendo contratada – por uma quantia magnífica – para trabalhar como babá em um cruzeiro de seis semanas através do Atlântico. Bastante incrível para uma órfã que nunca tinha saído da região metropolitana de Nova Iorque.

— Você parece estar em choque — Marc disse gentilmente quando ela largou a caneta. — Não há nada com o que se preocupar. Vai ser divertido.

Nesse momento, Grayson soltou um choro de gelar o sangue e Laila correu para o lado de sua nova responsabilidade, perguntando-se no que ela havia metido os dois.

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