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Como Não Amar Um Policial

Como Não Amar Um Policial

Aysha Mendes

5.0
Comentário(s)
242
Leituras
5
Capítulo

Ingênua. Apaixonada. Invejada. Destruída. Apesar dos momentos frustrados em sua vida, Ayla Bianchi sempre foi uma menina sorridente e travessa. Depois de passar boa parte da sua infância e sua adolescência, esquecida em um orfanato por sua única parente viva, na Itália, ela finalmente retorna ao Brasil. Pena que nem tudo é como o planejado. Mesmo com seus medos, ela se entrega aos pequenos prazeres da vida que lhe trazem uma nova perspectiva do que realmente é ser feliz. Tudo muda quando um certo policial aparece em sua vida. Ele deveria lhe trazer uma sensação de segurança, mas não é isso que acontece quando o mulherengo Adam Gonzáles está por perto. Seu mundo parece começar a desmoronar quando a primeira pessoa que lhe desperta o amor quer tudo, menos o interesse de construir um futuro sólido. "Pessoas vem e vão, entram em nossas vidas, mas também podem sair. Porém, a cada conexão que temos com alguém, podemos guardar experiências e aprendizados que nos acompanham pela vida toda! Valorizar os relacionamentos pelos quais passamos é uma ótima maneira de crescer pessoalmente e ver o mundo de uma nova forma." - Autor desconhecido.

Capítulo 1 Prólogo

Ayla Bianchi

Desperto-me sendo abraçada pela brisa gélida que invadi o quarto pela pequena brecha da janela, o convento onde moro desde que me entendo por gente, sempre teve essa pegada de lugar magico com fim do mundo, apesar das recentes reformas, nosas janelas continuavam de madeira com penas arestas entre elas.

- Se não quiser se atrasar, sugiro que levante dessa cama agora mesmo e corra para o banheiro, ou aguente a diretora furiosa que vem caminhando duramente pelo corredor principal. - Melinda, uma menina de cabelos loiros, pele branca como se nunca houvesse pegando um raio de sol, sorriso doce, baixa, com um corpo não muito definido e olhos tão azuis quanto o mar, me informa o óbvio, quase colocando os bofes para fora, o que denuncia que veio correndo. - Anda Ayla, se levanta. - Me puxa da cama com tudo, me fazendo cair de cara no chão.

- Você é louca ou o que? - Questiono me levantando e a garota a minha frente, se acaba em uma risada esquisita. Estava prestes a iniciar uma bela discursam com ela, quando um limpar de garganta ecoou atrás de mim, fazendo todos os meus cachos se estremeceram com a voz autoritária.

- Vá para o banho agora mesmo senhorita Bianchi, espero-te na minha sala em meia hora. - Melina, uma mulher de pulso forte, exigente, de cabelos curtos vermelhos chamativos, olhos negros, tão negros que nem ao menos da para distinguir o que ela esta sentindo, avisa que me aguarda sem nem ao menos esperar por minha resposta.

Fiquei alguns segundos, parada olhando para a porta e só me despertei quando Melinda joga em mim um pouco de água.

- Anda logo. - Diz saindo do quarto e me deixando estressada.

Corro ate o pequeno banheiro que a em nosso quarto, digo nosso porque desde que cheguei nesse colégio interno, divido ele com Melinda, apesar de já ter recebido varias propostas para mudar de quarto. Todo banho rápido e escovo os dentes, saio do banheiro me secando e procurando pelo meu uniforme em meu guarda-roupa, me visto tão rápido que quase me esqueço de colocar meus sapatos, saio do quarto juntando meus cachos e o prendendo em um rabo de cavalo mal feito.

Caminho pelos corredores, observando bem cada quadro, que cobre as paredes da cor creme da escola, mostrando ali com orgulho cada geração que passou antes de mim, fico me perguntando se a minha mãe estaria feliz em me ter em uma das melhores escolas da Itália, mesmo ela estando no Brasil.

Brasil.

Só de pensar no nome desse país, um arrepio percorre todo o meu corpo, só de pensar que foi naquele país horrendo que meus pais morreram, se eles ao menos tivessem me escutado, se tivéssemos ficando em Orlando por mais alguns dias, nada daquilo teria acontecido.

- Senhorita Bianchi, quantas vezes terei que pedir para que seja mais atenta? - A diretora me indaga de braços cruzados em frente a sua sala. - Vamos entre, temos muito o que conversar. - Diz entrando em sua sala e deixando a porta aberta para que eu entre.

- Diretora, eu juro que dessa vez quem deu banho na galinha não fui eu, já entendi que galinhas realmente não gostam de tomar banho. - Digo entrando em sua sala e fechando a porta.

Sim, eu realmente dei banho em uma galinha só para saber se a Maria do filme, Festa no Céu, realmente estava falando a verdade, afinal não era sempre que eu podia fazer meus experimentos, só não esperava ser pega com a mão na massa, o que me resultou em uma semana de aulas extras.

- Não acredito que ela realmente fez isso. - Uma mulher de cabelos negros, muito bem vestida, olhos, cor de mel, dona de uma postura impecável, com um sotaque carregado denunciando que ela não é italiana e que já esta com uma idade avançada pelas rugas em sua pele, chama minha atenção assim que entro a sala.

- Senhorita Bianchi, esta é a Sr. Lia Silva - A Diretora me apresenta.

- E o que eu tenho a ver com essa mulher? - Pergunto usando toda a minha arrogância, para disfarça o meu medo.

- Senhorita Ayla, você tem muito mais haver comigo do que eu gostaria, afinal de contas, agora que esta se formando, ou melhor dizendo, formada no ensino médio, você passa a ser minha responsabilidade, espero que os anos trancada nesse lugar, com todos os estudos caros tenham te servido para esta a altura do que preciso, bom, pelo que fui informada, ao menos é boa com números - Tal Lia se pronuncia novamente. - Não tenho tempo a perder, então serei direta, seus pais antes de morrerem me deixou responsável por você, caso ocorresse algo com eles e ate hoje tenho feito exatamente o que me pediram, mas pelo jeito errei ao discordar de que você tem exatamente a personalidade daquele homem imprestável que se dizia ser o seu pai. - Despeja seu veneno sobre mim, deixando claro o quanto odeia o meu falecido pai.

- Não fale assim do meu pai. - Grito com a mulher a minha frente e Melina interfere.

- Vamos acalmar os ânimos. - Pedi educadamente. - Senhora, peço que tenha postura e evite palavras ofensivas - pacifica como sempre, ela mantei sua postura

- Quem você pensa que é para vir ate aqui e falar mal do meu pai? Se você não quer ter responsabilidade comigo, então, porque veio ate aqui? - Pergunto me segurando para não voar no pescoço da mulher a minha frente.

- Porque, infelizmente, sou sua avó e você virar comigo para o Brasil. - Ela não se dar ao trabalho de se apresentar direito, muito menos de perguntar se quero ir com ela. - Senhorita Melina, creio que já terminamos aqui e que esse desagradável reencontro, já durou tempo suficiente para meus funcionários recolherem as coisas dela. Passar bem, quanto a você, vamos. - A velha caminha ate a porta e toda a elegância dela se vai junto com a má educação que ela tem.

Olho com súplica para que Melina não permita que ela me leve, nem ao menos me despedir de Melinda e aquela velha deixou claro e quanto é desgostoso para ela me ter em sua casa, em sua vida e eu me sinto desesperada por ter que voltar para o país corrompido e responsável pela morte dos meus pais.

- Sinto muito minha querida. - Foi tudo que Melina disse-me, antes de eu ser arrancada de seus braços bruscamente, por um homem que eu nem se quer conheço.

Ele me joga de qualquer jeito em seus ombros e caminha em direção à saída, conheço bem esse colégio para saber cada parte dele. Bato nas costas do homem que me carrega como um saco de penas, grito para que me solte, mas ele nem ao menos parece se incomodar com as minhas lagrimas de súplica.

Sinto o desespero me preencher, afinal de contas, não conhecia essa mulher, e como uma intrusa ela entrou em minha vida após anos se mantendo no anonimato, agora me tira da minha zona de conforto, mudando meus planos, meus desejos e toda e qualquer esperança de não manter conto com o país que destruí-o a minha infância, me marcou com péssimas memorias.

Não sei se realmente existe um amanhã feliz em minha historia, mas nesse fim de ano, eu entendi que tudo dependia, estava em mãos de Lia Silva, a mulher que me privou de diferentes maneiras e que cuidou para que cada dia da minha volta fosse um completo pesadelo controlado por ela. Com apenas dezenove anos, eu estava prestes a entender que a vida é como um sopro, você mal pisca e já tem decisões difíceis para se tomar e pior ainda é quando a pessoa que deveria te orienta faz de sua vida uma monotonia sem fim, te enterrando em trabalho e no momento mais difícil ela parte, não para um outro país, mas para um lugar sem volta, deixando ao seu lado, abutres prontos para comer a sua carne.

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