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Love And Obsession
5.0
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201
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26
Capítulo

Em um submundo de elegância corrompida, uma estudante de moda audaciosa cruza caminhos com um arquiteto sedutor que, nas sombras, tece sua existência como mafioso. Entre a paleta de cores das passarelas e os labirintos do crime, eles se envolvem em um romance proibido e perigoso, Ela é a musa que desperta suas emoções ocultas, enquanto ele a guia por um labirinto de intrigas. Neste enlace entre a moda e o crime, ambos são levados a questionar até que ponto estão dispostos a ir por amor, enquanto segredos obscuros ameaçam consumir tudo ao seu redor.

Capítulo 1 Atração

No agitado mundo da alta costura em Nova York, Eva Neves, uma estudante de moda apaixonada, sentia a pressão crescente enquanto se aproximava de seu último ano na renomada faculdade de moda. Inspirada por uma inquietação criativa, ela almejava chegar ao topo das convenções as quais já havia frequentado. Sua obsessão por criar algo verdadeiramente único a levou a explorar a interseção entre moda e arquitetura, buscando uma fusão harmoniosa entre as linhas gráficas da construção e a fluidez do design de moda.

A jornada de Eva mergulhou fundo durante meses buscando por tudo sobre arquitetura até finalmente chegar aos árduos trabalhos do enigmático arquiteto Adrian Rossi. Cada projeto dele, eram como obras de arte concretas, parecia contar uma história cativante. Suas estruturas não eram apenas edifícios; eram manifestações de elegância singular, capturando a imaginação de Eva de maneira que ela não conseguia ignorar. Imersa nesse mundo arquitetônico intrigante, ela se viu envolvida em um emaranhado de ideias, onde cada traço de inspiração de Rossi se tornava um fio condutor para seus próprios desenhos.

À medida que Eva explorava os detalhes meticulosos das obras de Adrian,, ela não conseguia evitar a sensação de que estava prestes a desvendar não apenas os segredos de sua arquitetura, mas também os mistérios entrelaçados de suas próprias ambições criativas e desejos pessoais.

Em uma noite chuvosa, Eva decidiu visitar uma exposição de arquitetura, esperando encontrar a inspiração exata que precisava. E enquanto percorria as salas, seus olhos encontraram as linhas fluidas e os detalhes intrigantes de uma obra em particular. Aquela que, sem que ela soubesse, era assinada por Adrian Rossi.

— Você gosta? — Perguntou o homem exageradamente alto que parou ao lado da jovem Eva. Ele tinha cabelos castanhos escuros que caíam sobre seus ombros, emoldurando o rosto barbudo. Seus olhos eram de um mel intenso, que contrastavam com sua pele bronzeada. Ele usava uma camiseta preta que revelava seus braços musculosos, cobertos de tatuagens. Uma delas eram flores vermelhas com espinhos grossos que se enrolavam em torno de seu antebraço direito, outras tão vividas se espalhavam por diversas partes. Ele tinha um ar de confiança e rebeldia, que atraía e intimidava as pessoas ao mesmo tempo.

O coração de Eva se sobressaltou, pois estava distraída observando a obra e ela precisou de um minuto para se recompor.

— Nossa, você me pegou de surpresa — respondeu Eva, piscando rapidamente para dissipar a surpresa. Ela virou-se para encarar o homem exageradamente alto, cuja presença imponente a fez sentir uma mistura de fascínio e nervosismo. — Sim, eu adorei essa. As linhas e detalhes são perfeitamente trabalhados. Há algo magnético na maneira como cada elemento se encaixa, como se cada escolha fosse intencional e cheia de algo que ainda não consegui decifrar. Você... você conhece o arquiteto por trás disso?

O homem sorriu, revelando um leve ar de mistério.

— Ah, sim, conheço muito bem. Sou obrigado a vê-lo através do espelho todos os dias. O senhor, Adrian Rossi.

O coração de Eva deu mais um salto. Ela não esperava encontrar o próprio arquiteto ali. A coincidência do encontro a deixou intrigada, e ela mal conseguia conter a curiosidade que surgia em seu olhar.

— E obrigado pelos elogios. É sempre interessante ouvir as reações das pessoas diante do meu trabalho — disse Adrian, com um sorriso enigmático que combinava perfeitamente com a aura misteriosa que o cercava. Eva percebeu uma centelha de humor nos olhos dele enquanto revelava o fato divertido sobre vê-lo todos os dias no espelho. Curiosa e um tanto surpresa, ela seguiu:

— É fascinante poder conversar com a mente criativa por trás dessas obras. Parece que você sempre quer deixar uma mensagem, mas fica tão bem arquitetado que só quem o conhece profundamente saberia decifrar. Por que faz isso?

Adrian, apreciando a curiosidade genuína de Eva, respondeu:

— Acho que a verdadeira magia está em encontrar a beleza na junção do funcional e do artístico. Cada escolha é uma história a ser contada, uma expressão de mim mesmo, mas ninguém chegou a saber tanto e isso faz com que tudo tenha significado, mesmo que jamais seja revelado. — Eva arqueou as sobrancelhas ao entender parcialmente a explicação e prendeu seu olhar no pequeno prédio em sua frente. Já Adrian não sabia como tirar os olhos da garota e isso atiçou sua mente. — E você, o que a traz a este mundo de arquitetura hoje?

Eva, ainda absorvendo a revelação de quem estava ao seu lado, sorriu e disse:

— Estou em busca de inspiração para um projeto. Quero incorporar em um evento a sofisticação e a obscuridade que encontro nas suas obras. Não sei o motivo de ter essa ideia, mas algo me diz que consigo fazer isso.

O encontro casual no espaço entre a arte da moda e a arquitetura lançou as bases para uma conexão imprevista entre Eva e Adrian, ambos agora envolvidos em um diálogo que parecia ir além dos limites de suas respectivas profissões.

— Vejo determinação em você. Quantos anos tem?

— Tenho 26 anos — respondeu Eva, um brilho de emoção estava presente em seus olhos. Ela se sentiu intrigada pela pergunta de Adrian, curiosa para entender a razão por trás do interesse dele em sua idade.

— Hum... — ele observou a mulher em sua frente e ela tentou não se sentir intimidada por aquele olhar. — Isso não é bom.

— Não é bom? — Eva franziu a testa, perplexa com a resposta inesperada de Adrian. Sua mente girava, tentando decifrar a natureza do comentário enquanto a tensão se instaurava no ar entre eles.

— É. Eu te vi admirando meus trabalhos com perspicácia nesse belo vestido branco. Uma mulher atraente e resolvi conversar com você e agora vejo que também é inteligente e isso me atrai.

— Olha só. Eu agradeceria pela honestidade se não estivesse envergonhada agora, mas descobriu minha inteligência com apenas uma observação? — Eva perguntou com um sorriso, mantendo sua compostura, embora surpresa com a reviravolta na conversa. A combinação de elogios e observações inesperadas de Adrian a deixava intrigada, enquanto a tensão no ambiente aumentava. O jogo sutil de sedução entre eles se tornou interessante para ela, era perceptível que ele criara uma atmosfera carregada de possibilidades. Adrian assentiu a jovem e isso a fez questionar. — Então porque não é algo bom?

— Por quê você é vinte anos mais nova do que eu.

— Ah, entendo. — Eva respondeu, processando a revelação de uma diferença de idade tão significativa.

Uma pausa pairou entre eles, trazendo o entendimento da frustração que ele sentia, enquanto o peso da diferença gerava aquela pequena tensão adicional. O jogo de sedução e mistério, que inicialmente parecia tão promissor, agora se via desafiado por um obstáculo inesperado. Nada tão relevante para Eva.

A jovem estudante de moda contemplou o perigo em sua frente, questionando como essa disparidade afetaria o intrigante vínculo que começava a se formar.

— Não é trágico? — Ele brincou, um toque de humor em seu olhar. — Mas foi um prazer conhecê-la...

— Eva — respondeu, com um sorriso leve. — E não vejo problema com a nossa diferença de idade.

— Mesmo que eu pudesse ser seu pai, Eva?

— Que bom que não é. — Ela retrucou com um olhar perspicaz, mantendo um equilíbrio entre o humor e a assertividade, desafiando sutilmente as expectativas dele, enquanto preservava a sua autoconfiança. O encontro, que começou como uma dança de elogios, agora ganhava nuances de desafio e sedução.

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