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A Rebelde Noiva De Don Carlo

A Rebelde Noiva De Don Carlo

Corine Guenièvre

5.0
Comentário(s)
131.6K
Leituras
68
Capítulo

Angela é uma jovem forçada a se casar com Don Carlo, um mafioso cruel e orgulhoso. Ela não aceita o seu destino e desafia Don Carlo a cada oportunidade, buscando uma forma de se libertar. Ele, por outro lado, se diverte e se enfurece com a ousadia de Angela, e tenta submetê-la com seu poder e charme. AVISO: Este é um darkromance com conteúdo explícito e erótico que tem como pano de fundo a Máfia Italiana. Contém cenas de violência e tortura, mas não contém cenas de burocracia ou negociações dentro da máfia. Aqui abordo alguns temas pesados como violência doméstica, sequestro e morte. Não leia se tiver gatilhos com isso. Preserve sua saúde!

Capítulo 1 O noivado

Angela sentia a responsabilidade pesar sobre seus ombros, uma força que a impelia contra sua vontade. Quando sua família aceitou a proposta de Carlo Cortez, prendeu a garota em um jogo perigoso de interesses e traições. A sede de poder do Don se misturava com o desespero do pai de Angela, criando um coquetel amargo de compromissos indesejados. Angela, agora, seguia por um caminho obscuro, onde as escolhas eram mais armadilhas do que oportunidades. O casamento em si era um labirinto de dilemas morais, enquanto ela tentava preservar sua integridade em um destino cruel.

Ela espiou os convidados pela janela enquanto as pessoas chegavam. Seu noivado era um aviso para as famílias poderosas que ela pertencia ao Don e essa ideia fazia Angela arrepiar-se toda. Ela sabia que entre aqueles rostos sorridentes e elegantes, havia muitos inimigos e rivais de Don Carlo, que esperavam uma oportunidade para derrubá-lo. Ela também sabia que muitas daquelas mulheres a invejavam por sua beleza e juventude, e que muitos daqueles homens a desejavam por sua sensualidade e rebeldia. Angela se sentia como um peixe fora d'água, uma estranha em um mundo de luxo e violência.

Ela ouviu uma batida na porta e se virou. Sua madrinha de casamento, Ema, a esposa de um dos capangas de Don Carlo vinha ajudá-la. A mulher ruiva entrou no quarto com um sorriso forçado em seu vestido extremamente caro.

— Angela, querida, está na hora. Estão esperando por você na sala. — Ela disse, pegando o braço de Angela e puxando-a para fora.

— Ema, tenho medo do que vai acontecer. Falam pelos ventos que meu noivo é um monstro e isso me assusta. - Angela sussurrou, tentando se soltar.

— Não diga bobagens, menina. Você tem sorte de ter sido escolhida por Carlo. Ele é um homem rico e poderoso, e vai te dar tudo o que você quiser. Só tem que obedecer a ele como uma boa esposa. — Ema disse, arrastando Angela pelo corredor.

— Mas eu não o amo, Ema. Amor deveria ser a coisa mais importante em um casamento e eu não sinto nada. — Angela disse, deixando algumas lágrimas caírem.

— Não chore, criança. Embora eu sinta sua dor, não podemos fazer nada. Foi o seu pai quem aceitou a proposta do Don e você tem que cumprir o seu dever como filha de um homem dos negócios. — Ema disse, empurrando Angela pelos corredores. — Além disso, você vai ter o mundo aos seus pés e quem sabe até o universo. Ser casada com alguém como Carlo vai te proporcionar muitas possibilidades. Use ao seu favor. O amor irá vir com o tempo.

Angela entrou na sala e viu Don Carlo sentado em um sofá, rodeado de homens carrancudos e mulheres exuberantes. Ele usava um terno preto e uma gravata vermelha, e tinha um charuto na boca, além de olhos enormes que devoraram Angela. Carlo deu um sorriso malicioso e se levantou.

— Ah, finalmente, a minha noiva chegou. Venha cá, Angela Gusmão. Deixe-me apresentá-la aos meus convidados. — Ele disse, oferecendo a mão para sua noiva.

Angela sentiu um calafrio percorrer o seu corpo. Ela não queria tocar no homem de 1,90, nem ouvir a sua voz. Ela queria fugir dali, correr para longe daquele lugar. Mas sabia que se fizesse isso, seus pais iriam pagar caro. Ela estava presa em um pesadelo, e não tinha como fugir sem machucar alguém.

Ela hesitou por um momento, mas logo sentiu a mão de Ema empurrando-a para frente. Ela não teve escolha senão aceitar a mão de Carlo, que a puxou para perto de si. Ele a abraçou pela cintura e a beijou na bochecha, fazendo-a sentir o cheiro de fumaça e álcool. Ele a olhou nos olhos e disse:

— Você é linda, Angela. A mulher mais linda que eu já vi. E agora você é minha. Só minha. Ninguém mais pode tocá-la ou olhá-la. Você me entende?

Angela sentiu um nó na garganta. Ela não conseguia falar, nem respirar. Ela só queria gritar e chorar. Ela olhou ao redor e viu os olhares curiosos e invejosos dos convidados. Ela se sentiu exposta e humilhada. Ela se perguntou como seria a sua vida a partir daquele momento. Ela se perguntou se algum dia ela seria feliz. Ela se perguntou se algum dia ela seria livre.

Tantos questionamentos a fizeram tomar uma atitude. Ela seria a pior esposa do mundo para Don Carlo Cortez e ele iria ter que aturá-la. Ela decidiu que não iria se submeter aos caprichos, nem se deixar intimidar pelo poder dele. Ela iria desafiá-lo, provocá-lo e irritá-lo sempre que pudesse. Ela iria mostrar a ele que ela não era uma boneca, mas uma mulher de personalidade e coragem.

Angela então soltou a mão dele e se afastou. Ela olhou para Carlo com desprezo e disse:

— Não me toque, Don Carlo. Você pode ter comprado o meu corpo, mas não a minha alma e nem muito menos minha dignidade, embora você não deva saber o que é isso. O Don não é o meu dono, nem o meu marido ainda. Por enquanto é apenas um estranho que me roubou a minha vida, mas logo eu vou ser um inferno na sua vida.

Ela viu a surpresa e a raiva nos olhos dele. Os murmúrios e os risos dos convidados vieram em seguida. A princípio Angela sentiu uma ponta de satisfação com as suas palavras. Ela sabia que acabara de cometer uma loucura, mas não se arrependeu por uns instantes, pois estava disposta a enfrentar as consequências, fossem quais fossem. Ela estava disposta a lutar pela sua liberdade, custasse o que custasse.

Carlo apenas sorriu para as pessoas a sua volta, parecendo tomar o controle da situação em sua cabeça com apenas uma respirada leva. Ele colocou a mão na cintura e deixou a gargalhada escapar fazendo com que seu corpo se inclinasse para trás.

— Parece que me casarei com uma tigresa — ele disse por fim, então pegou seu copo de whisky e ergueu para seus convidados. — Vamos ver quanto tempo durará a fúria da minha esposa, não é?

Feito isso, os demais convidados riram junto com seu anfitrião que olhou satisfeito para sua belo noiva de longos cabelos cacheados. O ar faltou no corpo de Angela, o arrependimento subiu por suas entranhas, mas ela engoliu cada gota da sua raiva jurando que aquele homem iria implorar pelo divórcio, nem que ela morresse por isso.

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