Escolhida pelo Alfa CEO Bilionário.

— Eu quero que você se case com ele no meu lugar, —Laura declarou, a voz vacilante, denunciando a tempestade de emoções que a consumia.

Clara, ainda em estado de choque, aproximou-se da cama e sentou-se ao lado de sua irmã.

— Eu não posso me casar com ele, você é a mais velha. Você quem foi prometida,—ela respondeu, a voz revelando um tremor que traía a complexidade do que sentia.

— Eu não sou mais pura, — Laura confessou com uma voz que mal se elevava acima de um sussurro, a verdade de seu ser exposta em suas palavras. — Se eu for e descobrirem isso, você sabe que será meu fim, serei deserdada.

Clara, ao ouvir as palavras de sua irmã, sentiu um nó em sua garganta. A revelação era um peso que ela não estava preparada para carregar.

— E agora, você quer que eu case em seu lugar? — Clara perguntou, sua voz vacilante, denunciando a tempestade de emoções que a consumia.

— Minha irmã, nós somos idênticas. Por favor, se case. O que sabemos de Alexandre, ele não é tão ruim — sua irmã implorou, os olhos marejados de lágrimas, a sinceridade saltando em cada palavra.

— Eu... eu não sei. É muito para pensar — Clara respondeu, a dúvida clara em sua voz.

Alguém bateu na porta com suavidade, mas com uma insistência que indicava urgência. Clara abriu a porta e deparou-se com Sandra, a madrasta das irmãs, cujos olhos transmitiam uma expectativa clara.

— Laura querida, o Juiz de paz chegará em poucas horas. Prepare-se colocando o vestido.

Laura, ainda em estado de choque após a sincera confissão que fizera a Clara, hesitou por um momento, mas logo a realidade se impôs e ela começou a se vestir, movida por um senso de dever.

— E você, Clara, precisa estar pronta para acompanhar sua irmã. Este será um momento significativo para ambas — Sandra disse, lançando um rápido olhar para Clara, que apenas assentiu, sua mente ainda processando o que ouvira.

Laura vestiu o vestido com uma mecânica eficiência, enquanto Clara observava, sua expressão revelando uma mistura de pensamentos confusos e uma resignação silenciosa. Elas sabiam que o laço que compartilhavam seria posto à prova pelo que estava por vir.

— Sim, Madrasta. — Clara afirmou, a determinação em sua voz contrastando com a incerteza em seu olhar.

Sandra então fechou a porta, e o silêncio voltou a reinar no quarto, carregado agora com o peso da decisão que Clara tinha diante de si. Clara arrumou os cabelos atrás das orelhas e se levantou, sabia que Alexandre não tinha uma fama de homem ruim, mas também não sabia nada sobre ele. E se casar assim com um homem apenas por trato familiar não era algo que estava em seus planos.

— Já pensou?

— Eu...

— Clara, nós temos pouco tempo. Então, você vai ou eu vou sofrer?

A jovem de cabelos castanhos se levantou, indo até a irmã, ela tinha um bom coração e, com um suspiro que carregava toda a sua carga emocional, afirmou:

— Sim, eu irei me casar com Alexandre. quero que fique bem.

— Eu quero o mesmo, Clara. Seu futuro marido pode ser um carrasco nos negócios, mas eu tenho certeza que você será feliz com ele. Afinal, ele é rico. Não tão rico quanto seu irmão, mas você terá uma vida boa.

Clara sorriu para a irmã de volta e a abraçou.

— Você está linda, Clara. — Laura elogiou, suas palavras tentando transmitir confiança e certeza.

Clara, com um sorriso tímido e um olhar que revelava suas inseguranças, agradeceu à irmã com uma gentileza que disfarçava suas dúvidas internas.

— Obrigada, Laura. — Clara respondeu, tentando disfarçar o desgosto que sentia.

Após a troca de palavras, Clara fez uma pausa, refletindo sobre o que estava acontecendo. A situação era complicada, mas o amor que sentia pela irmã superava qualquer hesitação. Ela sabia que Laura precisava dela, assim como ela precisava de Laura.

— Eu vou fazer isso por você, Laura.

— Vai ser bom pra nós duas. para a família. por mim e você também.

Clara assentiu, a determinação brilhando em seus olhos. Ela sabia que o que estava fazendo era por amor à irmã, e que, independentemente do que o futuro reservava, elas enfrentariam juntas.

Com essas palavras, Clara sentiu um pouco mais de confiança em seu coração.

Unidas, Clara e Laura desceram as escadas da antiga casa. Quando chegaram à sala onde o Juiz as aguardava, Clara parou abruptamente. Suas pernas tremiam e a respiração estava rápida e irregular. Ali, em pé diante dela, estava Alexandre, o homem que Laura estava destinada a enfrentar. As fotos que ela tinha visto não capturavam nem de perto a aura magnética que emanava dele, uma presença tão poderosa que a fez congelar no lugar.

Laura, percebendo a hesitação da irmã, deu um passo à frente. Sua mão encontrou a de Clara, apertando-a com firmeza, transmitindo um silencioso, mas potente gesto de encorajamento.

— Irmã? Vamos, não pare se não vão desconfiar.