Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
A obsessão dos Vampiros

A obsessão dos Vampiros

Maria D. Lima

5.0
Comentário(s)
21.4K
Leituras
55
Capítulo

Roseli é filha de um fazendeiro cruel, que a obrigou a trabalhar por não aceitar os casamentos arranjados. Perturbadas por sonhos todos já a chamavam de bruxa, mas sem saber de fato a razão de tal dom ela vive querendo saber a verdade sobre si mesma até que a visita de um homem que sempre viu em sonho a deixa confusa sobre realidade ou não. Dragomir perdeu sua esposa por conta de sua arrogancia, e vive atrás para encontrar sua reencarnação para tentar consertar seus erros perdido. O centenário vive com sua sobrinha até se encontrar com a jovem mulher que lhe desperta curiosidade por notar dela um dom especial, ele pensa em se aproveitar de sua ingenuidade para encontrar a reencarnação de sua esposa mas acaba se envolvendo com ela. Orlok é um dos líderes do clã Thaimorn, Ele viu sua esposa morrer por traição, mas jurou reencontrá-la e ajudar entender seus poderes caso reencarnasse. Ele só não esperava que ela era concubina de Dragomir

Capítulo 1 1

Roseli

Ele sempre estava lá.

No lugar onde eu costumava ter paz e sossego, que eu tinha certeza que poderia viver de maneira tranquila, porém não poderia ficar nessa terra por muito tempo, esse lugar eu entrava apenas quando tinha o gosto de me deitar para dormir. Sim, lá em meus sonhos.

Um dos únicos momentos que eu tinha um pouco de paz e sossego era quando eu estava a adormecer, e esse momento também era quando meu coração sentia um dos mais nobres sentimentos que eu pensava jamais existir entre nós seres humanos, o amor. Sim, o amor. sentimento que nunca acreditei existir pois sempre vi meninas mais novas que eu serem dadas a casamento por terras, gado, casas e terrenos. eu nunca fui assim, por minha sorte meu pai atendeu o pedido de minha mãe, não me entregou em casamento e muito menos me fez a corte. Porém, quando completei meus quinze anos ele disse que eu teria que trabalhar, afinal já que não queria ser sustentada por um marido eu tinha que ter meu dinheiro. Mesmo sendo herdeira, filha dele de um homem rico que tem tanto dinheiro na região, eu tinha que trabalhar. Embora isso não parecesse justo, era melhor do que ser entregue a um verme qualquer.

Mas, em meus momentos de descanso, mesmo com meus pés doendo e cheio de calos secos, mãos com curativos e pomadas para que as feridas de meu trabalho árduo lavando roupas pesadas de couro não piorasse. Ele estava lá, um homem cujo eu nunca havia visto a não ser em devaneios de minha mente. Ele tinha uma postura impecável, um ar de elegância pura, com uma bengala em mãos, e um andar tão perfeito que ele parecia ser feito a mão. a postura sempre de um rei, e ele com a cabeça erguida, seu queixo quadrado e maxilar marcado, olhos tão verdes quanto a grama verde de um belo campo na primavera, um olhar marcante levemente amendoado, traços fortes de um homem, Um rei, não. era como se fosse um guerreiro, e seu cabelo, como descrever? Ele tinha as cores escarlates, que me lembravam uma única coisa: O mais puro e vermelho sangue.

Cabelos com leves ondas, um pouco encaracolados atrás da nuca, mas na frente lisos, e isso combinava com a sua pele pálida como a neve. sua pele era tão perfeita com poucas marcas que ele mais parecia ser uma escultura de cera, era um homem magnífico, e em meu sonho era sempre a mesma coisa, aquele homem com perfume que me recordava sangue com uma combinação de rosas dizia ''Roseli, eu vim te buscar''

Me buscar daquele inferno, acreditava eu. Sim, eu sempre preferi sonhar que seria salva algum dia, que alguém me tiraria daquele tormento, alguém que me amasse, e que eu amasse de volta, porém depois de tanto tempo trabalhando, eu sabia que isso jamais iria acontecer afinal, eu já estava quase adulta, e conformada com destino, após ver tantas amigas casando. Mas, o meu medo de ficar sozinha era grande, por um motivo em particular: Um inquisidor em particular estava procurando bruxas, E, algumas pessoas que aparentemente não tinham o que fazer, diziam que realmente, eu era uma bruxa por não querer me casar.

Ora, uma mulher de cabelos longos, não tão lisos e sim encaracolados. uma pele branca e levemente rosada, não tinha bronze do sol afinal, onde eu morava era sempre nublado e o sol quase nunca dava o prazer de aparecer, era sempre coberto por nuvens. e as nuvens ficavam mais densas quando a neve caia. Mas, entre tantos relatos, tenho que relatar que exatamente naquela noite, entre o solstício de inverno, um de meus sonhos - ou delírios - se foi mais intenso.

Em meu sonho, Eu caminhava diante de uma floresta, onde pássaros pretos saiam dela, a floresta era escura, e eu continuava andando para dentro dela. era como se eu estivesse tentando fugir de alguma coisa, e nesse sonho pessoas. Em especial, as pessoas da vila estavam vindo atrás de mim com tochas, lanchas e pedras, jogando em mim, quando então estava a beira de uma ladeira, e a minha única saída foi me jogar, e quando meu corpo estava pairando ao ar, a voz dele. Estava tão viva e forte em mim que pude ouvir ''Eu estou indo te salvar'' que acordei.

Com a testa molhada de suor, passei as costas de minha mão sobre e senti o quanto estava molhada. logo pude perceber que não estava com febre. Mas esse foi um delírio forte que me deixou com a respiração bastante cansada a ponto de ofegar, parecia mesmo que havia corrido a uma longa distância a pouco tempo.

Levou alguns segundos até que eu me recuperasse. foi quando olhei para minhas mãos, estavam doloridas. mordi meu lábio inferior ao ver que as ataduras estavam encharcadas. eu tinha que mudá-las novamente. era por conta de tanto calo nas mãos, estavam se cortando e as feridas inflamadas de certo modo elas estavam sim se infeccionando. Bem eu esperava que ficasse melhor, me levantei e caminhei até a janela. já estava na hora de acordar, e eu tinha que ir trabalhar. afinal, eu queria poder descansar um pouco durante o solstício, pois acreditem: Lavar roupa na neve não é nada agradável, ainda mais em um lugar tão frio, as mãos poderiam simplesmente cair no gelo.

Dragomir

— Droga! que merda!

Grito jogando um vaso ao chão.

— Por que o estresse? É tão cedo. e o dia parece que será tão lindo.

Murmura minha querida sobrinha. a jovem de cabelos longos encaracolados, estava a me observar com tédio. de certo ela estava, viver sempre esperando meus caprichos, até mesmo eu estava ficando cansado de esperar.

— Eu sinto que ela corre perigo. Mas mesmo assim eu não tenho noção de onde ela esteja.

— Perigo? Você nem sabe se ela reencarnou, pare de sonhar.

A jovem se virou de bruços e ficou tocando o chão com a ponta dos dedos.

Era tedioso para ela, ter que viver minhas loucuras, afinal. Já fazia trinta anos desde que minha amada esposa se foi, e eu não consegui superar a perca dela, pois no final das contas aquelas fadas negras tinham me dito que sim, ela iria reencarnar. Eu só não sabia quando, e onde.

— É como se... ela me pedisse socorro, dentro de meu peito. sinto um vazio.

— Você está sonhando, titio. — Ela resmunga. — No que me entendo o senhor está sentindo falta dela, nada mais.

Para Mel o amor entre um homem e uma mulher era algo novo,além do mais ela não acreditava tanto, mesmo sabendo que ela tinha interesse em um certo humano. Mas, ela não tinha crença que minha esposa tinha reencarnado, e se havia, não tinha certeza que ela me amaria nessa vida.

— Meus sentimentos por ela são uma piada para você?

— É que, não tem como você saber. —A jovem se levantou e bateu ambos os pés no chão com força, suficiente para deixar marcado onde pisou — Já chega,eu vou pra vila aqui perto.

— Ei — Aquela menina estava em minha tutela, ainda não tinha total controle dos instintos — Mel! O que pensa que está fazendo?

— Eu? — A jovem se virou para mim e apenas disse — Vou ver um certo caçador. Mas, o senhor pode ficar aqui chorando por uma reencarnação. ou apenas me seguir.

Tudo isso antes de sair pela porta, me deixando sozinho naquele casarão.

O vilarejo perto dali era muito pobre, muito humilde. até de mais, eu não gostava de ir por aqueles lados. Era onde tinha caçadores. Embora ser um nobre facilitasse um pouco as coisas. Eu a compreendia de certa maneira, Como Gostaria de ficar a vigia-la sempre, preferi a acompanhar.

Continuar lendo

Você deve gostar

Outros livros de Maria D. Lima

Ver Mais
Capítulo
Ler agora
Baixar livro