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Amor, traiçoeiro amor

Amor, traiçoeiro amor

Grazi Domingos

5.0
Comentário(s)
419
Leituras
14
Capítulo

Se havia alguém no mundo, que Domenico Angeli mais odiava, era Dante Caruso. Mas esse ódio se estendia para qualquer pessoa relacionada à ele, principalmente sua única filha, Carolina Caruso. Domenico desejava se vingar de Dante e tomar novamente para si, o que era seu por direito. Então, ao conhecer Carolina, ele decide que ela seria a chave principal para sua vingança. Ele faria Dante lhe devolver tudo o que tinha tomado de sua família, e o primeiro passo para alcançar o seu objetivo, era conquistar Carolina Caruso e convencê-la a se casar com ele!

Capítulo 1 O retorno de Domenico

Dez anos... Domenico pensou, enquanto olhava para a cidade do lado de fora, envolta pela noite.

Naqueles dez anos, ele tinha voltado ali apenas uma vez, em segredo, para ver de perto o que aquele traidor estava fazendo.

Foram dez anos alimentando a sua sede de vingança contra Dante Caruso, seu padrasto!

Na última vez em que eles se viram, foi quando Domenico foi aceito em Harvard e ele decidiu comemorar com sua mãe.

Logo após as comemorações, Domenico se mudou para Boston, para se concentrar nos estudos.

Seis meses depois, ele recebeu uma ligação de casa, informando que sua mãe estava muito doente.

Domenico a acompanhou em várias consultas, mas o câncer estava avançado demais e não era operável.

Naquele mesmo ano, Domenico enterrou sua mãe, jurando que tomaria conta de tudo, inclusive dos negócios da família Angeli. Mas, poucos meses após enterrar sua mãe, Domenico recebeu a notícia de que seu padrasto havia se casado novamente.

Ele não tinha esperado nem mesmo um ano após a morte da esposa, para substituí-la, Domenico pensou naquele momento.

Ele sentiu uma raiva gigantesca por seu padrasto, mas sabia que não poderia fazer nada. Pelo menos, não até que ele terminasse os estudos e estivesse pronto para assumir o seu lugar na empresa.

Domenico decidiu investigar seu padrasto e controlar todos os seus passos, mesmo que de longe. Foi então que ele descobriu que Dante Caruso tinha uma filha com a mulher que agora era sua nova esposa.

Durante os três anos que ele foi casado com sua mãe, Dante se encontrava uma ou duas vezes por ano com a outra mulher, mantendo sua outra família em segredo.

Isso só fez aumentar o ódio que Domenico sentia por ele e Domenico fez uma promessa diante do túmulo de sua mãe.

Um dia, ele tomaria tudo o que pertencia a ela de volta, deixando Dante sem nada.

Ele pagaria por ter enganado sua mãe durante três anos, e por não ter percebido a tempo que ela estava doente, antes que fosse tarde demais.

Em sua última visita, sem que Dante soubesse, Domenico o observou à distância. Assim como ele observou a filha de Dante, aquela garota sem graça e magrela que estava sendo tratada como a uma princesa, usufruindo de tudo o que lhe pertencia.

Domenico sentia ódio pela garota, mas esse ódio não se comparava ao que ele sentia por Dante.

Seu telefone tocou, tirando-o de seus devaneios, e Domenico o tirou do bolso da calça, olhando atentamente para o visor do aparelho antes de finalmente atender.

_ Diga. _ ele falou com um tom de voz frio e firme, enquanto dava as costas para a vista da cidade, do lado de fora, e se sentava na cama para tirar os sapatos.

_ Sinto muito por ligar a essa hora, Dom. _ seu velho amigo se desculpou, do outro lado da linha. _ Espero não ter acordado você.

_ Não estava dormindo. _ Domenico respondeu. _ Acabei de chegar em Milão.

_ Você disse que viria amanhã! _ Guido resmungou.

_ Decidi me antecipar um pouco. _ Domenico respondeu. _ O que queria falar comigo? Creio que não tenha me ligado apenas para ouvir o som da minha voz.

_ Que nojo! _ Guido respondeu, rindo logo em seguida. _ Bom saber que está de bom humor, meu chapa. Amanhã à noite teremos um evento aqui no restaurante. Gostaria que viesse, para me ajudar.

_ Que tipo de evento? _ Domenico quis saber, enquanto se despia, ansioso para tomar um banho.

_ Temos uma reserva de cinco mesas, para uma comemoração de aniversário. _ Guido contou. _ E acho que vai gostar de saber quem é a aniversariante...

Domenico ficou em silêncio, esperando que Guido terminasse logo com todo aquele suspense.

_ Diga logo, Guido! _ ele falou, impaciente.

Tinha trabalhado até tarde no dia anterior, para deixar tudo em ordem em seu restaurante, antes de poder viajar para Milão. Estava exausto da viagem e louco para tomar um banho e dormir um pouco.

_ Carolina Caruso. _ Guido contou, fazendo com que Domenico ficasse tenso imediatamente, só de ouvir aquele sobrenome.

Ele tinha acabado de retornar para Milão, e no dia seguinte planejaria um modo de se aproximar de Carolina, quando Dante não estivesse por perto.

Guido acabara de lhe dar a oportunidade perfeita, ele pensou, erguendo o canto dos lábios em um sorriso de satisfação.

_ Ela é a sua irmã, não é mesmo? _ Guido perguntou e Domenico parou de se despir no mesmo instante.

Seu sorriso se desfez, enquanto ele respondia:

_ Carolina Caruso não é minha irmã! _ ele respondeu, com um tom de voz frio.

Guido deve ter percebido a mudança em seu tom de voz, pois logo tratou de se desculpar.

_ Foi mal, cara. _ ele disse.

_ Pode contar com a minha presença. _ Domenico falou, pegando o outro de surpresa. _ Mas, com uma condição...

_ Diga...

_ Você não vai revelar a minha identidade para a Caruso. _ Domenico exigiu. _ Pretendia encontrar uma maneira de me aproximar dela primeiro, antes de ir até o Dante. Você acabou de me dar uma oportunidade perfeita.

_ Você não contou a ele que estava vindo para Milão? _ Guido quis saber, surpreso.

_ Claro que não. _ Domenico respondeu. _ Quero observar de longe por alguns dias e investigar algumas coisas, antes de ir até ele.

_ Você acha que ele vai te entregar a empresa assim, do nada? _ Guido indagou, preocupado.

_ Eu sei que ele não fará isso, Guido. _ Domenico respondeu. _ Pretendo criar a armadilha perfeita, para fazer com que ele abra mão de tudo e devolva o que me pertence, por direito.

Guido suspirou do outro lado da linha.

_ Tudo bem, amigo. _ ele disse. _ Pode contar comigo.

_Grazie! _ Domenico agradeceu. _ Me mande uma mensagem com o horário do evento. Chegarei um pouco antes, para me preparar.

Domenico encerrou a ligação, terminando de se despir.

E, enquanto fazia isso, ele sorriu, pois colocaria seu plano em prática no dia seguinte.

Dante pensava que tudo estava sob o seu controle, mas ele lhe mostraria que não era bem assim.

Ele não era mais o rapaz fraco de dez anos atrás, que nada podia fazer contra ele, que alimentou aquele ódio durante anos, esperando o momento perfeito para se vingar.

E ele se vingaria.

Ele usaria a mesma tática que Dante tinha usado ao conquistar sua mãe. E quando tivesse Carolina Caruso a sua mercê, ele faria questão que Dante acompanhasse tudo.

Não importava a aparência de Carolina.

Para completar sua vingança contra Dante, Domenico era capaz de tudo, afinal, ele teria que suportar a presença de Carolina ao seu lado por pouco tempo.

Ele tivera que esperar dez anos, para alcançar seus objetivos.

O que seriam mais alguns meses? Pensou.

Após terminar o banho, Domenico enviou uma mensagem para seu investigador particular. Até aquele momento, ele não tinha enviado uma foto recente de Carolina.

Ele precisava saber tudo sobre a garota, antes de se aproximar dela.

Como ela era, quem eram as suas amigas...

Tudo isso seria importante, se quisesse que seu plano desse certo.

_ Eu vou pegar o que nos pertence de volta, mãe. _ ele falou, mais tarde, quando se deitou para dormir. _ Eu farei Dante se arrepender por ter te enganado.

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