Philip enfrenta um novo desafio após recuperar sua alcateia e encontrar sua companheira: sua irmã, Sara, é capturada por rebeldes que ameaçam a paz entre as alcateias. Determinado a trazê-la de volta, ele se une a Uriel, enfrentando a possibilidade de uma guerra iminente. Enquanto isso, Uriel lida com a resistência de alguns Lycans à sua companheira, enfrentando traições dentro de sua própria espécie. Enquanto o conflito se intensifica, Rachel descobre segredos que decide ocultar de Philip, ao mesmo tempo, em que confronta os fantasmas de seu passado que retornam para assombrá-la.
Sara começou a recobrar os sentidos, sentindo seu corpo doer, e começou gradualmente a ouvir uma voz chamando por seu nome. Stella repetiu seu nome várias vezes até que ela abriu finalmente os olhos.
A princípio, Sara olhou ao redor, tentando identificar o lugar em que estavam, até perceber estarem em uma caverna. Ao tentar se mover, ela sentiu uma dor aguda em seu pescoço.
- Tente não se mexer muito, Sara, essa corrente é de prata.
- O que aconteceu, Stella? Eu me lembro de termos sido atacadas. Me transformei e não tive tempo de fazer muita coisa. Senti uma dor nas costas e apaguei. - Sara falou, enquanto tentava entender o que estava acontecendo.
- Eles nos atingiram com tranquilizantes, por isso você apagou.
Sara olhou para baixo, percebendo que estava vestida com uma camisa, assim como Stella.
- Um homem nos deu essas camisas para que não ficássemos totalmente nuas. Fui eu quem a vestiu em você. - Stella explicou.
- Obrigada, Stella. Quem são eles? Você conseguiu descobrir alguma coisa? - Sara perguntou, buscando mais informações.
- Sim, são rebeldes. Algumas dessas pessoas estão presas aqui para obrigar alguns lobisomens a lutarem por eles. Foi o que me disseram.
Sara olhou ao redor mais uma vez, percebendo que além delas, havia mais pessoas presas por correntes de prata. Ela sabia que as correntes não as matariam, ao contrário de uma bala de prata, mas causariam dor e fraqueza. Sara procurou Gaia em sua mente, encontrando sua loba deitada.
- Gaia, você está bem? - Sara perguntou mentalmente.
- A prata me enfraquece, mas vou ficar bem - respondeu Gaia.
- Tenho certeza de que o Uriel já está nos procurando. Logo ele estará aqui. - Sara tentou animar sua loba.
Sara percebeu um movimento ao seu redor, as pessoas estavam claramente com medo. As chamas das tochas revelaram a aproximação de um homem. Ao chegar a um certo ponto, ele parou e dirigiu seu olhar na direção de Sara e Stella. Sara sentiu sua amiga segurando seu braço.
- Não pode ser! - exclamou Stella.
Sara não compreendeu a reação dela, queria perguntar, mas o homem se aproximou com um sorriso sinistro.
- Ora, ora, o que temos aqui nesta cela? Que circunstância inusitada para encontrar sua companheira. - Ele falou, olhando na direção de Stella.
Sara virou a cabeça lentamente para sua amiga, que parecia assustada.
- Sara, ele é meu companheiro, o que eu faço?
Antes que Sara pudesse processar aquilo ou responder, o homem interferiu.
- Por que está perguntando para ela? Você deveria estar perguntando para mim. Não sou eu o seu companheiro? - ele dirigiu-se a Stella e depois olhou para Sara. - Quanto a você, só há uma razão para estar aqui. Você é irmã do Alfa Philip da alcateia Lua de Sangue, que é o companheiro da loba branca. Eu quero aquela loba lutando por mim, por nós, os rebeldes. E você vai me trazer ela.
Ele se levantou e se afastou um pouco, olhando novamente para Stella e ordenando a um dos homens que a levassem até sua tenda. O homem se afastou completamente delas, e o outro, que recebeu a ordem, aproximou-se. Ele usava uma luva que protegia sua mão e removeu a corrente do pescoço dela.
Sara não pôde fazer nada para evitar que levassem Stella. Restava apenas torcer para que não a machucassem. Ela sentia-se culpada; se não tivesse chamado Stella para fazer-lhe companhia, aquilo não aconteceria.
- Sinto muito por sua amiga. Ninguém merece ter um companheiro como ele. Talvez ele a rejeite. Seria melhor. - comentou uma jovem que estava próxima de Sara.
Outra mulher se envolveu na conversa.
- Ele tem uma amante, uma bruxa. Ela não vai deixar que ele fique com sua amiga.
- Esse é o meu medo. O que ele vai fazer com ela depois de rejeitá-la? Stella já sofreu muito. - Sara falou, olhando na direção em que eles foram.
- Assim como a maioria de nós, ela vai se tornar uma escrava sexual. - Respirou fundo e continuou - Aqui, eles têm escravos, tanto mulheres quanto homens. Se são ômegas, fracos, e não têm parentesco com aqueles que são obrigados a lutar, tornam-se escravos para todos os tipos de trabalhos, incluindo satisfazer esses animais.
O coração de Sara acelerou ao ouvir o que ela disse, e aquilo a fez temer ainda mais. A mulher fez uma pausa e continuou em seguida.
- Essa bruxa nos dá uma poção de cura sempre que ficamos machucadas, seja pelo trabalho ou pelo sexo violento às vezes. O líder deles, aquele que veio aqui, é o pior de todos. Ele é sádico.
Aquela conversa não estava ajudando em nada; estava apenas fazendo com que Sara perdesse qualquer esperança de que Stella não se machucasse.
- Meu irmão está sendo obrigado a lutar. Eles o colocaram no comando por ser um Gamma - falou a jovem perto de Sara - Eles me queimaram com ferro quente na frente do meu irmão, além de ferir e matar vários membros de nossa alcateia. Sem falar nas crianças que eles trazem para se tornarem seus soldados no futuro.
Sara se deu conta de que aquele homem era ainda pior do que Quinton. Eles se escondiam nas florestas, atacando alcateias e seguindo seus próprios códigos de honra, cometendo todas aquelas barbaridades. Enquanto Sara se preocupava com Stella, longe dali e em sua alcateia, tanto Philip quanto Uriel estavam à beira de um ataque de nervos.
- Precisamos mobilizar todos os Lycans e lobisomens que conseguirmos. Não posso ficar sem encontrar a Sara. Sinto que ela está nervosa, apreensiva e com medo. Tem noção do que eles podem fazer com ela? Eu arranco todas as árvores dessas florestas se for preciso, mas vou encontrar a Sara, Philip. - Uriel falou, andando de um lado para o outro, seus olhos brilhando em um amarelo intenso.
- Precisamos nos acalmar primeiro. Temos que pensar antes de agir. Você mesmo me disse isso antes. Ela é minha irmã, sei que não é fácil, mas não deixe as emoções do laço do companheirismo te dominarem.
Philip estava tentando acalmar Uriel, assim como seu amigo já tinha feito quando era ele quem estava desesperado por causa de Rachel. Eles estavam no escritório, e Rachel também já estava ciente do que havia acontecido. Ela voltava da cozinha com água para Uriel quando se sentiu tonta e se encostou na parede. Misty falou com ela naquele momento, e Rachel parecia não acreditar no que ouvia.
- Misty, mesmo que isso seja verdade, não podemos dizer isso ao Philip, não agora. Ele está focado no problema da Sara. O melhor que podemos fazer é esconder isso por um tempo.
Ela se recompôs e seguiu em frente, na esperança de que Philip não descobrisse nada. Rachel voltou para o escritório e percebeu a tensão que emanava daqueles dois. O pouco que ela vivenciou de sua vida como lobisomem, sabia que aquela situação resultaria em uma batalha, e ela tinha certeza do que representava para aquela alcateia. Por isso, decidiu que não deveria contar a Philip o que descobriu, pois temia que ele a impedisse de lutar.
- Alguma novidade sobre a Sara? - perguntou Rachel, tentando se inteirar da conversa.
- Ainda não, mas não vou descansar até trazê-la de volta - afirmou Uriel com convicção.
- A Sara não estava sendo escoltada por Lycans? Como ela foi levada tão facilmente? - Rachel levantou aquele questionamento.
- Também estou tentando entender isso. Dois Lycans estavam mortos e um desaparecido. Antes de morrer, um dos meus homens disse que foram os rebeldes e que tramaram com alguém, mas não conseguiu dizer com quem era - explicou Uriel.
Philip, que também prestava atenção na conversa, ponderou algo e levantou aquela hipótese.
- Uriel, me desculpe por dizer isso, mas pelo que a Sara disse, alguns Lycans ainda não haviam aceitado que ela era sua companheira. Pergunto-me se os rebeldes não tiveram ajuda dos próprios Lycans para isso.
A pergunta e dúvida de Philip não ofenderam Uriel, já que ele também estava com a mesma dúvida.
- Se o Lycan que está desaparecido me traiu, ele conseguiria pegar de surpresa os outros dois. Se essa hipótese for a verdadeira, não acredito que tenha partido dele essa ideia, tem mais alguém por trás disso. Um rebelde foi capturado recentemente, vou interrogá-lo e descobrir qual a última localização do seu bando, então podemos partir daí.
Philip concordou com ele, pois não tinham nenhuma outra pista sobre o paradeiro dos rebeldes e poderiam começar pela informação extraída do prisioneiro.
No meio da floresta, Stella foi conduzida até a tenda do líder dos rebeldes, que estava confortavelmente sentado em uma cadeira, tomando uma bebida. O homem que a levou a deixou ali e saiu em seguida, deixando os dois a sós.
- Sabia que você parece um servo assustado na frente do seu predador? Não deveria estar me olhando com ternura e carinho, já que sou seu companheiro? - perguntou com um sorriso sádico no rosto.
- Por mais que eu sinta os efeitos da ligação de companheiros, ainda não consigo evitar sentir medo. Não acha que tenho motivos para isso?
- Você tem motivos, sim. - Sorriu, vendo a expressão assustada de sua companheira.
Ele se levantou e se aproximou de Stella, sentindo o cheiro inebriante que emanava dela.
- Quando me falavam que o cheiro do companheiro podia causar tantas sensações, eu achava um exagero, mas agora, sentindo o seu cheiro, entendo o que eles queriam dizer. Qual o seu nome, pequena gazela?
Stella sentiu todo o seu corpo arrepiar quando ele fez a pergunta tão perto de seu ouvido. Além da sensação que fazia seu corpo esquentar, ainda tinha a sensação de medo e inquietação que mantinham ela e sua loba em alerta.
- Me chamo Stella - respondeu, olhando para baixo, sua voz saindo trêmula.
- Muito bem, Stella, sou o Dylan, seu dono a partir de hoje. Você, pelo visto, é uma ômega, deve ser alguma criada da irmã do Philip, então não tem muita serventia na minha negociação, mas vai ter serventia na minha distração.
Dylan estava atrás dela quando falou aquelas palavras próximo ao ouvido de Stella, que sentiu um frio na espinha. Aquela sensação que ela sentiu não foi causada pelo vínculo, mas sim por um pressentimento de que algo ruim poderia acontecer com ela.
- Que tipo de distração? Então, não me quer como sua companheira?
Stella tinha medo da resposta, mas precisava saber o que se passava na mente daquele homem. Ela nunca imaginou que fosse desejar ser rejeitada por seu companheiro, mas sabendo quem ele era, aquela hipótese passou por sua mente.
- Quero saber qual é a sensação de estar dentro da minha companheira, se é melhor do que foder aquelas prisioneiras que chegam aqui assustadas. - Ele ficou de frente para ela, continuando a responder - Um homem como eu não se apega a coisas, muito menos a uma mulher. Recuso-me a ser comandado por esse vínculo.
Dylan passou a mão pelo rosto de Stella, descendo o toque pelo pescoço dela e seguindo abaixo daquela camisa. A sensação de prazer com aquele toque era inevitável para ambos, o formigamento percorria o corpo dela, enquanto pequenos pulsos elétricos passavam pelos dedos dele.
- Está sentindo isso, não está? O cheiro da sua excitação já é evidente. - perguntou Dylan, vendo a respiração dela se acelerar.
Os dedos dele continuaram descendo, até adentrar a camisa que ela usava. Dylan levou sua mão diretamente para a vagina de Stella, que mesmo tentando lutar contra aquele sentimento e sensações, já estava molhada pelo toque dele em sua pele.
Dylan gostou da sensação, mas ainda queria apenas brincar com ela e com todo o prazer que o vínculo lhe daria.
- Está toda molhada apenas com meu toque, o que aconteceria se eu fizesse mais?
Ele a provocou e a penetrou com seus dedos, arrancando um gemido abafado dela. A sensação que Stella sentia era boa, prazerosa, diferente do que sentiu quando Quinton a possuía à força, ou quando ele permitia que outros fizessem o mesmo. A mente de Stella tentava não se deixar levar pelo que estava sentindo, mas seu corpo reagia de outra forma.
Stella sentia que seu corpo pedia por mais, e quando se deu conta, já estava com as duas mãos no peitoral dele. Ela abriu seus olhos e encontrou Dylan observando suas reações, com um sorriso de lado. Então, seus lábios foram tomados por um beijo ardente, e aquilo apenas piorou sua situação.
Dylan começou a abrir a camisa que ela usava com a outra mão, enquanto seus movimentos continuavam dentro dela. Com a camisa aberta, ele tocou seus seios, intensificando seus movimentos e fazendo ela se soltar um pouco mais, gemendo mais alto. No entanto, aquele contato parou abruptamente quando ele percebeu a presença de outra pessoa na tenda, ouvindo sua voz em seguida.
- Não posso sair por algumas horas que você já encontra uma cadela para brincar? - disse a voz, interrompendo o momento íntimo.
Stella sentiu ele retirar seus dedos dela, abriu seus olhos e viu Dylan chupando os dedos com o mesmo sorriso provocativo.
- Foi melhor do que pensei. Consegui ver o que eu queria.
Dylan se afastou e ela puxou a camisa para se cobrir. Stella olhou para ver quem havia falado com eles e viu uma mulher alta, cabelos longos e negros, com um vestido bastante revelador.
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