A Chamada Ignorada do Meu Marido

A Chamada Ignorada do Meu Marido

Gavin

5.0
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Capítulo

Eu estava grávida de oito meses, a caminho de casa, quando o cheiro a metal queimado e a fumo me envolveu na autoestrada A1. Uma dor aguda prendeu-me ao assento, enquanto sirenes e gritos se misturavam à minha volta. A minha mão tremia quando discava o número do meu marido. Miguel, um médico: ele ia salvar-me, certo? Mas a sua voz, quando finalmente atendeu, foi fria e distante. "Estou ocupado, Clara. A Sofia está a ter um ataque de pânico. O gato dela fugiu." Ele desligou, deixando-me sozinha nos destroços, enquanto o nosso filho lutava pela vida dentro de mim. O nosso bebé, de oito meses, não sobreviveu. O descolamento da placenta foi severo demais. Mas a dor mais forte veio depois. No hospital, presenciei Miguel a consolar Sofia, alheio à minha presença. Pior, o seu pai, Artur, diretor do hospital, culpou-me pela "minha imprudência". "Exageros", disse ele. "Uma mulher grávida fica emocional." "Tu mataste o nosso filho, Clara", gritou o Miguel, quando me confrontou finalmente. Eles queriam que eu engolisse a culpa, que aceitasse o meu lugar de "mulher histérica" na família Bastos. Mas eu tinha perdido tudo. E, quando uma mulher não tem mais nada a perder, ela encontra uma força que nunca soube que possuía. Eu disse as palavras que selaram o seu destino: "Eu quero o divórcio." E não me importava o poder da família Bastos. A verdade viria à tona.

Introdução

Eu estava grávida de oito meses, a caminho de casa, quando o cheiro a metal queimado e a fumo me envolveu na autoestrada A1.

Uma dor aguda prendeu-me ao assento, enquanto sirenes e gritos se misturavam à minha volta.

A minha mão tremia quando discava o número do meu marido.

Miguel, um médico: ele ia salvar-me, certo?

Mas a sua voz, quando finalmente atendeu, foi fria e distante.

"Estou ocupado, Clara. A Sofia está a ter um ataque de pânico. O gato dela fugiu."

Ele desligou, deixando-me sozinha nos destroços, enquanto o nosso filho lutava pela vida dentro de mim.

O nosso bebé, de oito meses, não sobreviveu.

O descolamento da placenta foi severo demais.

Mas a dor mais forte veio depois.

No hospital, presenciei Miguel a consolar Sofia, alheio à minha presença.

Pior, o seu pai, Artur, diretor do hospital, culpou-me pela "minha imprudência".

"Exageros", disse ele. "Uma mulher grávida fica emocional."

"Tu mataste o nosso filho, Clara", gritou o Miguel, quando me confrontou finalmente.

Eles queriam que eu engolisse a culpa, que aceitasse o meu lugar de "mulher histérica" na família Bastos.

Mas eu tinha perdido tudo.

E, quando uma mulher não tem mais nada a perder, ela encontra uma força que nunca soube que possuía.

Eu disse as palavras que selaram o seu destino: "Eu quero o divórcio."

E não me importava o poder da família Bastos.

A verdade viria à tona.

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Estava grávida de sete meses, o mundo parecia perfeito. A minha cunhada, Clara, e eu íamos para casa, um dia normal como tantos outros. De repente, o som de metal a rasgar. O carro capotou e o impacto atirou-me contra o vidro. Lá dentro, o pânico começou. O meu Miguel, o meu marido, o pai do meu filho, chegou ao local. Mas ele correu para a sua irmã, que gemia com um braço partido. Enquanto eu, com a barriga a sangrar, lhe suplicava ajuda, ele gritou: "Espera, Sofia! Não vês que a tua cunhada está ferida?". A última coisa que vi antes da escuridão foi ele a confortar Clara, enquanto eu sangrava sozinha. Perdi o nosso filho. No hospital, ele e a sua mãe culparam-me pelo acidente. "Talvez tenha sido para melhor", a minha sogra disse, referindo-se à morte do meu bebé. E Miguel, o meu Miguel, permaneceu em silêncio. Não me defendeu, como nunca me defendera. Percebi que toda a minha vida com ele tinha sido uma mentira. Aniversários esquecidos, dinheiro desviado para a Clara, a minha gravidez minimizada. Tudo sempre girou em torno dela, da sua irmã, do seu "laço inquebrável". Eu e o nosso filho éramos sempre a segunda opção. Como pude ser tão cega? Como pôde um homem que jurou amar-me e proteger-me abandonar-me assim? O meu filho não morreu por um acidente, mas pela frieza e egoísmo do homem que amei. Eu não estava louca, a minha dor não era apenas luto. Era raiva. Uma raiva fria e calculista. Não queria vingança, mas justiça. "Quero o divórcio." As palavras saíram com uma força gelada. Eu não pediria nada dele, apenas a minha liberdade. Mas então, descobri o extrato bancário. 5.000 euros para as facetas dentárias da Clara, pagos com o nosso dinheiro, enquanto ele me dizia que tínhamos de "apertar o cinto". Esta não era apenas uma traição emocional; era fraude. Eles queriam guerra? Iam tê-la. E eu ia ganhar a minha vida de volta.

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