Quando o Amor Morre Afogado

Quando o Amor Morre Afogado

Gavin

5.0
Comentário(s)
591
Leituras
11
Capítulo

Aos nove meses de gravidez, estava presa no carro sob um dilúvio, a água subia rapidamente. O motor calou-se, o pânico instalou-se, e liguei a Léo, o meu marido, a implorar por ajuda. Ele atendeu, impaciente, e ao fundo ouvi a voz da sua meia-irmã, Sofia, a queixar-se do gato dela. "A Sofia está em pânico," ele disse, com a voz dura. "Não te podes desenrascar sozinha? Liga para os bombeiros." E desligou. Fui engolida pela água gelada enquanto o meu carro se desintegrava à minha volta. Acordei num hospital, a minha barriga vazia, o meu bebé tinha morrido. Mas o Léo não estava lá. Ninguém da sua família estava. Quando ele finalmente apareceu com o pai, Ricardo, não havia dor, apenas irritação. Ricardo disse: "Isto é uma tragédia terrível." E Léo acrescentou: "Estas coisas acontecem." Eles culparam-me por ter saído à rua, queriam que eu superasse por "bem da reputação familiar". "Estas coisas acontecem"? Como podia ser tão frio? Eu tinha implorado pela minha vida, pela vida do nosso filho, e ele escolheu a sua meia-irmã e o gato dela? Onde estava o homem que eu amava? Que tipo de família era esta que me deixava morrer? A verdade, fria e cruel, encontrei-a no Facebook. Uma amiga de Sofia publicou uma foto: Sofia e amigas num café chique. A legenda: "Sorte que o Léo nos veio salvar com o seu jipe. O nosso herói!" A hora da publicação. Quinze minutos depois de eu lhe ter implorado ajuda. Léo não estava a acalmar Sofia ou o gato; ele estava a servir de motorista a um grupo de mulheres aborrecidas num café. Naquele momento, enquanto ele me olhava sem culpa, apenas com raiva, as minhas palavras saíram claras. "Quero o divórcio."

Introdução

Aos nove meses de gravidez, estava presa no carro sob um dilúvio, a água subia rapidamente.

O motor calou-se, o pânico instalou-se, e liguei a Léo, o meu marido, a implorar por ajuda.

Ele atendeu, impaciente, e ao fundo ouvi a voz da sua meia-irmã, Sofia, a queixar-se do gato dela.

"A Sofia está em pânico," ele disse, com a voz dura. "Não te podes desenrascar sozinha? Liga para os bombeiros."

E desligou.

Fui engolida pela água gelada enquanto o meu carro se desintegrava à minha volta.

Acordei num hospital, a minha barriga vazia, o meu bebé tinha morrido.

Mas o Léo não estava lá. Ninguém da sua família estava.

Quando ele finalmente apareceu com o pai, Ricardo, não havia dor, apenas irritação.

Ricardo disse: "Isto é uma tragédia terrível."

E Léo acrescentou: "Estas coisas acontecem."

Eles culparam-me por ter saído à rua, queriam que eu superasse por "bem da reputação familiar".

"Estas coisas acontecem"? Como podia ser tão frio?

Eu tinha implorado pela minha vida, pela vida do nosso filho, e ele escolheu a sua meia-irmã e o gato dela?

Onde estava o homem que eu amava? Que tipo de família era esta que me deixava morrer?

A verdade, fria e cruel, encontrei-a no Facebook.

Uma amiga de Sofia publicou uma foto: Sofia e amigas num café chique.

A legenda: "Sorte que o Léo nos veio salvar com o seu jipe. O nosso herói!"

A hora da publicação. Quinze minutos depois de eu lhe ter implorado ajuda.

Léo não estava a acalmar Sofia ou o gato; ele estava a servir de motorista a um grupo de mulheres aborrecidas num café.

Naquele momento, enquanto ele me olhava sem culpa, apenas com raiva, as minhas palavras saíram claras.

"Quero o divórcio."

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Minha Joia: Prisioneira Do Amor

Minha Joia: Prisioneira Do Amor

Moderno

5.0

Eu era a herdeira rebelde de um império, mas secretamente, era o brinquedo de Fabrício Rolim, o homem contratado pelo meu pai para me "disciplinar". Por dois anos, fui sua amante, sua "Minha Joia", acreditando em seu amor tortuoso. Tudo desmoronou quando descobri a verdade: ele me usava como vingança contra meu pai, enquanto seu verdadeiro amor era minha recém-descoberta meia-irmã, Jessica. Ele e meu pai se uniram para me humilhar. Leiloaram o colar da minha mãe, a única lembrança que eu tinha dela, e Fabrício deixou Jessica destruí-lo na minha frente. Ele gravou nossos momentos íntimos para me chantagear e até me entregou à polícia para ser espancada. "Você é minha, Taisa! Minha!", ele gritou, desesperado, quando tentei fugir. Mas a dor me deu clareza. Eu não era mais a vítima. Grávida e presa em sua ilha particular, fingi submissão. Usei seu amor pelo nosso filho e sua arrogância para planejar minha fuga. Agora, com o motor da lancha roncando sob a escuridão, eu finalmente estava livre, deixando para trás o homem que me quebrou e carregando a única coisa que importava: meu filho e minha liberdade. Para o mundo, eu era Taisa Leitão, a herdeira rebelde e radiante de um império do agronegócio. Por trás das portas fechadas, eu era "Minha Joia", um segredo guardado por Fabrício Rolim, o homem que me possuía todas as noites. O contraste entre essas duas vidas era tão gritante quanto a luz do sol e a escuridão.

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro