Os Segredos da Família Patterson

Os Segredos da Família Patterson

Gavin

5.0
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Capítulo

O médico acabara de me dar a melhor notícia: o resultado da biópsia era benigno. O meu coração, apertado por uma semana de medo de cancro, finalmente relaxou. Quis logo partilhar a alegria com o meu marido, Pedro, mas uma mensagem da minha sogra, Sofia, mudou tudo. Ela pedia 50.000 euros das nossas poupanças para uma cirurgia de emergência do meu sogro, que precisava de ser feita "agora". Estranhei, já que Pedro me dissera que tinha sido adiada. Algo não batia certo. Liguei para o consultório do "Dr. Alves", o médico dado como ausente para a cirurgia, e descobri uma mentira: ele estava de férias, não numa emergência familiar. O meu sangue gelou. Corri para o hospital. O que encontrei lá na ala de ginecologia, com o meu marido de mãos dadas com a prima dele, Lúcia, e um folheto de "Cuidados Pós-Aborto" na mesa de cabeceira, desabou o meu mundo. Os 50.000 euros não eram para salvar ninguém, mas para encobrir um aborto clandestino! E a criança? Era do meu marido, Pedro, com a nossa prima. Há um ano. A traição foi um golpe físico. A minha sogra sabia de tudo e encobria-os. Como pude ser tão cega? Como a família que jurei amar pôde ser tão cruel? Agarrei no telefone, a mágoa e a raiva a arder dentro de mim. O divórcio era apenas o começo. Eles iriam pagar por cada mentira, por cada euro roubado, por cada pedaço da minha vida que destruíram.

Introdução

O médico acabara de me dar a melhor notícia: o resultado da biópsia era benigno. O meu coração, apertado por uma semana de medo de cancro, finalmente relaxou.

Quis logo partilhar a alegria com o meu marido, Pedro, mas uma mensagem da minha sogra, Sofia, mudou tudo.

Ela pedia 50.000 euros das nossas poupanças para uma cirurgia de emergência do meu sogro, que precisava de ser feita "agora". Estranhei, já que Pedro me dissera que tinha sido adiada.

Algo não batia certo. Liguei para o consultório do "Dr. Alves", o médico dado como ausente para a cirurgia, e descobri uma mentira: ele estava de férias, não numa emergência familiar.

O meu sangue gelou. Corri para o hospital. O que encontrei lá na ala de ginecologia, com o meu marido de mãos dadas com a prima dele, Lúcia, e um folheto de "Cuidados Pós-Aborto" na mesa de cabeceira, desabou o meu mundo.

Os 50.000 euros não eram para salvar ninguém, mas para encobrir um aborto clandestino! E a criança? Era do meu marido, Pedro, com a nossa prima. Há um ano.

A traição foi um golpe físico. A minha sogra sabia de tudo e encobria-os.

Como pude ser tão cega? Como a família que jurei amar pôde ser tão cruel?

Agarrei no telefone, a mágoa e a raiva a arder dentro de mim. O divórcio era apenas o começo. Eles iriam pagar por cada mentira, por cada euro roubado, por cada pedaço da minha vida que destruíram.

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No quinto aniversário de casamento. Ou, como Tiago fazia questão de lembrar, o aniversário do acidente que ceifou a sua família. Em vez de celebração, iniciava-se mais um capítulo da minha tortura insaciável. Ele, o homem que um dia amei mais que tudo, transformara-se num carrasco implacável. Fui forçada a beber noventa e nove garrafas de vinho, um símbolo macabro da minha "dívida de sangue". Confinada, isolada, humilhada, vi-o dar afetos a Clara, uma mulher escolhida pela semelhança com a Sofia de outrora. Fui submetida a uma cirurgia perigosa para doar um rim a ela, depois de um "acidente" suspeito. O nosso leal cão, Max, o último elo do nosso amor passado, foi cruelmente morto. E o cúmulo da humilhação: fui forçada a engolir as cinzas do meu querido amigo. Arrastada de joelhos, sob a vigilância fria dele, até ao cemitério para proclamar os pecados dos meus pais. A dor física não era nada comparada à exaustão da minha alma. Eu só ansiava pela paz, a paz que só a morte parecia poder oferecer. Cansada de amar, cansada de sofrer, o meu único desejo era que tudo acabasse. Num ato de desespero, atirei-me da Ponte da Arrábida, buscando o abraço gélido do Douro. Mas abri os olhos novamente. E, para meu horror e espanto, estava de volta. Um dia antes do acidente fatídico, com todas as memórias vívidas da minha tortura. O mais chocante? Tiago também se lembrava. Agora, perante esta segunda chance inesperada: escolheríamos o ódio mais uma vez, ou haveria redenção para um amor que se transformara em veneno?

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