A Vingança de Sofia

A Vingança de Sofia

Gavin

5.0
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Capítulo

Deitada na cama do hospital, ainda a recuperar de uma cirurgia, soube que o meu noivo, Tiago, tinha chegado. Foi no mesmo acidente de carro que perdi a minha mãe e o meu bebé. Ele, o condutor, saiu ileso. Junto com as minhas perdas, descobri a sua verdade cruel. Ele não se desviou para nos proteger, como disse. Eu vi-o. Virei o volante para proteger-se a si mesmo, sacrificando o lado onde a minha mãe e eu estávamos sentadas. No funeral da minha mãe, a sua mãe, Clara, ousou dizer que a culpa era minha, que Tiago estava a sofrer e que ele tinha perdido "o filho dele". A arrogância deles gelou-me o sangue. Agarrei o anel de noivado e atirei-o à cara dele, revelando a todos a sua covardia assassina. "Eu sei o que fizeste. Tu sacrificaste a minha mãe e o nosso bebé," gritei, antes de virar as costas para aquela cena de horror. Eles tentaram silenciar-me, cortando os meus rendimentos e oferecendo-me dinheiro para desaparecer. A raiva gelada consumiu-me enquanto rasgava as notas. Então, o impensável aconteceu: o colega da minha mãe entregou-me uma caixa com as provas que ela recolheu. Não foi um acidente. Foi assassinato. Agora, eles iriam pagar.

Introdução

Deitada na cama do hospital, ainda a recuperar de uma cirurgia, soube que o meu noivo, Tiago, tinha chegado. Foi no mesmo acidente de carro que perdi a minha mãe e o meu bebé. Ele, o condutor, saiu ileso.

Junto com as minhas perdas, descobri a sua verdade cruel. Ele não se desviou para nos proteger, como disse. Eu vi-o. Virei o volante para proteger-se a si mesmo, sacrificando o lado onde a minha mãe e eu estávamos sentadas.

No funeral da minha mãe, a sua mãe, Clara, ousou dizer que a culpa era minha, que Tiago estava a sofrer e que ele tinha perdido "o filho dele". A arrogância deles gelou-me o sangue.

Agarrei o anel de noivado e atirei-o à cara dele, revelando a todos a sua covardia assassina. "Eu sei o que fizeste. Tu sacrificaste a minha mãe e o nosso bebé," gritei, antes de virar as costas para aquela cena de horror.

Eles tentaram silenciar-me, cortando os meus rendimentos e oferecendo-me dinheiro para desaparecer. A raiva gelada consumiu-me enquanto rasgava as notas. Então, o impensável aconteceu: o colega da minha mãe entregou-me uma caixa com as provas que ela recolheu. Não foi um acidente. Foi assassinato. Agora, eles iriam pagar.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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