Amarras do Passado Quebrado

Amarras do Passado Quebrado

Gavin

5.0
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Capítulo

Minha missão ultrassecreta durou três meses, e tudo que me manteve foram as memórias da minha esposa, Sofia, e a promessa de um futuro que construímos juntos. Mal cheguei e fui direto ao escritório do meu superior, Sr. Ferreira, para me voluntariar para o \"Projeto Vanguarda\", algo que recusei por anos por causa dela. Com uma calma assustadora, anunciei: "Vou me divorciar. Sofia não precisa mais de mim." A traição dela queimava em minha garganta: enquanto eu estava longe pelo país, ela trouxe outro homem para nossa casa, Pedro, e sua filha. Cheguei em casa e ela agia como se nada tivesse acontecido, indiferente, fria, e ainda teve a audácia de mudar a senha da nossa porta eletrônica para abrigar o amante. Não senti raiva, apenas um cansaço profundo e nojo. Ela tentou minimizar meu sofrimento, dizendo: "Você está sendo mesquinho." Mas no parque, eu a vi de mãos dadas com ele, rindo enquanto a garotinha o chamava de pai, e Sofia dizia que "tudo estava no lugar certo agora". Eu era a peça no lugar errado, um idiota que sacrificou anos de carreira por um amor que se revelou uma farsa. O cristal de noivado, símbolo do nosso amor, estilhaçou-se em mil pedaços, assim como meu coração. Então, a terrível verdade revelada por meu pai me golpeou: eu não era sequer um substituto para seu amor morto, mas uma ferramenta, um peão em seu jogo de carreira pelo acesso aos dados da agência. Cada pedaço de sentimento que eu tinha por Sofia morreu, foi apagado, aniquilado. Eu me senti livre de uma forma que o divórcio por si só não conseguiu proporcionar. Agora, livre das amarras do passado, com um coração transformado em pedra, eu decidi seguir em frente, em direção a um futuro onde o passado não passava de uma terra estrangeira. E assim, eu entrei na base militar, sem olhar para trás, em direção ao Projeto Vanguarda, rumo à minha nova vida.

Introdução

Minha missão ultrassecreta durou três meses, e tudo que me manteve foram as memórias da minha esposa, Sofia, e a promessa de um futuro que construímos juntos.

Mal cheguei e fui direto ao escritório do meu superior, Sr. Ferreira, para me voluntariar para o \"Projeto Vanguarda\", algo que recusei por anos por causa dela.

Com uma calma assustadora, anunciei: "Vou me divorciar. Sofia não precisa mais de mim."

A traição dela queimava em minha garganta: enquanto eu estava longe pelo país, ela trouxe outro homem para nossa casa, Pedro, e sua filha.

Cheguei em casa e ela agia como se nada tivesse acontecido, indiferente, fria, e ainda teve a audácia de mudar a senha da nossa porta eletrônica para abrigar o amante.

Não senti raiva, apenas um cansaço profundo e nojo.

Ela tentou minimizar meu sofrimento, dizendo: "Você está sendo mesquinho."

Mas no parque, eu a vi de mãos dadas com ele, rindo enquanto a garotinha o chamava de pai, e Sofia dizia que "tudo estava no lugar certo agora".

Eu era a peça no lugar errado, um idiota que sacrificou anos de carreira por um amor que se revelou uma farsa.

O cristal de noivado, símbolo do nosso amor, estilhaçou-se em mil pedaços, assim como meu coração.

Então, a terrível verdade revelada por meu pai me golpeou: eu não era sequer um substituto para seu amor morto, mas uma ferramenta, um peão em seu jogo de carreira pelo acesso aos dados da agência.

Cada pedaço de sentimento que eu tinha por Sofia morreu, foi apagado, aniquilado.

Eu me senti livre de uma forma que o divórcio por si só não conseguiu proporcionar.

Agora, livre das amarras do passado, com um coração transformado em pedra, eu decidi seguir em frente, em direção a um futuro onde o passado não passava de uma terra estrangeira.

E assim, eu entrei na base militar, sem olhar para trás, em direção ao Projeto Vanguarda, rumo à minha nova vida.

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5.0

Oito anos de casamento. No dia do nosso aniversário, Pedro Silva me presenteou com novecentas e noventa e nove rosas vermelhas, quase sufocando a sala com seu perfume. Qualquer outra mulher choraria de emoção, mas meu coração estava frio como uma pedra de gelo, afinal, eu acabara de receber alta do hospital após uma cirurgia. Disquei o número dele e uma jovem atendeu, a voz de Ana, sua secretária, chorosa e acusatória: "Dona Silva... me desculpe... foi tudo culpa minha." Ao fundo, a voz de Pedro, terna e consoladora: "Não chore, não foi culpa sua. Fique tranquila, eu resolvo." Minutos depois, ele finalmente atendeu, mas sua voz era fria, desprovida de qualquer afeto: "O que você quer?" Foi então que a bomba explodiu: "Pedro, vamos nos divorciar." Ele não hesitou, apenas respondeu com uma indiferença cortante: "Como você deseja." E desligou. Naquela noite, o cheiro de álcool caro e o perfume feminino de Ana impregnavam seu terno. Ele se sentou ao meu lado, oferecendo uma bolsa de grife como um suborno por sua ausência. Eu o confrontei diretamente: "Você está tendo um caso com a Ana?" Ele negou, desdenhando da minha desconfiança, me acusando de ser amarga, de afastar até nosso filho. A humilhação de ter sido impedida de buscar João na escola por sua ordem, porque "eu faria uma cena", ainda ardia. Ele se inflamou em raiva, gritando que eu não sabia "ser a esposa de Pedro Silva", que eu o envergonhava. Em meio à fúria dele, uma clareza fria me atingiu: não havia mais dor, apenas um vazio profundo. Então, com a voz mais calma e firme que consegui reunir, revelei a verdade que o mergulhou no mais absoluto silêncio: "Eu tive um aborto espontâneo hoje."

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