A Vida Depois Dele

A Vida Depois Dele

Gavin

5.0
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20
Capítulo

O celular vibrou na cozinha, mas meus olhos estavam fixos nas duas linhas vermelhas do teste. Positivo. Grávida. Depois de dois anos de tentativas, a alegria me inundou. Mal tive tempo de sonhar com o Pedro e nossa família, quando o celular vibrou de novo. Era um vídeo. O som de um samba de roda e ele, Pedro, bêbado. Alguém perguntou: "E a Maria, Pedro? Cadê a patroa?" Ele virou o rosto para a câmera, os olhos brilhando de álcool e de uma euforia cruel. "Maria? A gente está junto por costume, só isso." "A verdade? Eu não a amo mais como antes. Chega uma hora que cansa, sabe?" Meu mundo desabou. A imagem de Sofia, a estagiária "esforçada" dele, desfocada atrás dele, não saía da minha cabeça. Eu liguei, o coração batendo no peito. Ele atendeu, a voz normal. Tão normal. "Eu recebi um vídeo seu." Um silêncio. Um suspiro. "Ah, isso? Maria, pelo amor de Deus, era só uma brincadeira de bêbado." Ele desligou. Fui ao supermercado, as lágrimas escorrendo. E então os vi. Pedro e Sofia, de mãos dadas, rindo. Ele disse que estava em reunião! A raiva me dominou. "Você não me assusta mais, Pedro." Naquele dia, na calçada gelada, enquanto eu protegia um cachorrinho assustado, o mundo me cobrava mais um preço pela traição dele. Senti algo quente entre minhas pernas. Sangue. E a dor me rasgou por dentro. Perdi meu bebê. E ele, o meu marido, nem sabia que eu estava grávida. Ele nem percebeu. Agora, eu não sentia mais raiva. Eu não sentia nada. Eu olhei para o Pedro, para o homem patético e assustado a meus pés, chorando arrependido no hospital. Eu puxei minha mão. "Acabou, Pedro. Eu quero o divórcio." Era hora de recomeçar. Sem ele. Eu precisei de tempo. Curei minhas feridas, ao lado do Fofão, o cachorrinho caramelo que salvou a minha vida naquele dia. E agora, dois anos depois, ao lado de Ricardo, eu finalmente sinto que tudo o que eu passei valeu a pena. Eu finalmente estava novamente pronta para amar.

Introdução

O celular vibrou na cozinha, mas meus olhos estavam fixos nas duas linhas vermelhas do teste.

Positivo. Grávida. Depois de dois anos de tentativas, a alegria me inundou.

Mal tive tempo de sonhar com o Pedro e nossa família, quando o celular vibrou de novo.

Era um vídeo. O som de um samba de roda e ele, Pedro, bêbado.

Alguém perguntou: "E a Maria, Pedro? Cadê a patroa?"

Ele virou o rosto para a câmera, os olhos brilhando de álcool e de uma euforia cruel.

"Maria? A gente está junto por costume, só isso."

"A verdade? Eu não a amo mais como antes. Chega uma hora que cansa, sabe?"

Meu mundo desabou. A imagem de Sofia, a estagiária "esforçada" dele, desfocada atrás dele, não saía da minha cabeça.

Eu liguei, o coração batendo no peito. Ele atendeu, a voz normal. Tão normal.

"Eu recebi um vídeo seu."

Um silêncio. Um suspiro. "Ah, isso? Maria, pelo amor de Deus, era só uma brincadeira de bêbado."

Ele desligou.

Fui ao supermercado, as lágrimas escorrendo. E então os vi. Pedro e Sofia, de mãos dadas, rindo.

Ele disse que estava em reunião! A raiva me dominou.

"Você não me assusta mais, Pedro."

Naquele dia, na calçada gelada, enquanto eu protegia um cachorrinho assustado, o mundo me cobrava mais um preço pela traição dele.

Senti algo quente entre minhas pernas. Sangue. E a dor me rasgou por dentro.

Perdi meu bebê.

E ele, o meu marido, nem sabia que eu estava grávida. Ele nem percebeu.

Agora, eu não sentia mais raiva. Eu não sentia nada.

Eu olhei para o Pedro, para o homem patético e assustado a meus pés, chorando arrependido no hospital.

Eu puxei minha mão. "Acabou, Pedro. Eu quero o divórcio."

Era hora de recomeçar. Sem ele.

Eu precisei de tempo. Curei minhas feridas, ao lado do Fofão, o cachorrinho caramelo que salvou a minha vida naquele dia.

E agora, dois anos depois, ao lado de Ricardo, eu finalmente sinto que tudo o que eu passei valeu a pena.

Eu finalmente estava novamente pronta para amar.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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