Eu estava morta. Profissionalmente morta, pelo menos, era o que eu dizia, depois de assinar aquele contrato humilhante para salvar meu filho. Um mês se passou, e o mundo da arquitetura me esqueceu. Mas o pesadelo estava apenas começando. Quando o magnata Ricardo Silva irrompeu em minha casa, não foi em busca de arquitetura, mas de uma vingança pessoal. Meu filho, Lucas, de apenas cinco anos, soluçou que "a mamãe está morta", repetindo minhas próprias palavras de desespero. Mas Ricardo não acreditou. Ele me queria de volta, e estava disposto a destruir tudo para me encontrar. "Onde está sua mãe?", ele exigiu. Antes que Lucas pudesse responder, um forte tapa estalou no rosto do meu pequeno, virando sua cabeça e deixando uma marca vermelha. "Que farsa! É apenas um mês de afastamento, como alguém pode 'morrer' profissionalmente?", ele zombou. Ricardo ameaçou desgraçar toda a família Mendes, destruir o legado do meu pai, se eu não aparecesse. Ele não estava blefando. No dia seguinte, sua horda de seguranças invadiu minha casa, quebrando tudo em busca de mim, enquanto Lucas se encolhia de pavor. Ricardo agarrou meu filho, arrastando-o pelo saguão, alegando que seu próprio filho estava "doente" por minha causa. Empurrou Lucas com força, fazendo-o bater a cabeça. A mansão se tornou um campo de batalha, meus objetos mais queridos sendo espatifados. O mordomo, Afonso, que ousou defendê-lo, foi brutalmente assassinado por Ricardo com um castiçal de bronze. Eu assisti a tudo, um fantasma em meu próprio lar, incapaz de intervir. Incapaz, porque eu não estava profissionalmente morta. Eu estava fisicamente morta. Fui enterrada viva, vítima de uma traição diabólica que eu mesma não compreendia. Minha alma estava acorrentada, condenada a testemunhar a barbárie. Dois dias depois, Ricardo voltou, sua fúria substituída por uma calma ainda mais aterrorizante. Ele tentou subornar Lucas, prometendo-lhe poder e riqueza se ele me entregasse, tudo para se apoderar do império do meu marido. Mas Lucas recusou, firme: "Minha mãe está morta. Você não pode comprá-la. E você não pode me comprar." A máscara de Ricardo caiu novamente. Minha ex-assistente, Ana Paula, surgiu, se intrometendo na situação. Sua cobra. Ela me traiu, me envenenou, me enterrou, e agora manipulava Ricardo, atiçando sua loucura. Ana Paula mentiu que eu estava conspirando de Belo Horizonte, e Ricardo, cego, declarou que Lucas Mendes não existia mais. Ele o entregou a Ana Paula para ser "reeducado", para que esquecesse meu nome. Ricardo jurou caçar e destruir tudo que o nome Mendes já tocou. A lembrança de minhas gestações perdidas, dos abortos inexplicáveis, ressurgiu. Não foi azar. Foi Ana Paula, me envenenando sutilmente, tirando meus filhos para se aproximar de Ricardo. A lembrança final: o filho mimado de Ricardo falsamente acusou Lucas. Para salvá-lo de um reformato, me ofereci para trabalhar para Ricardo por um ano, em "morte profissional". Mas Ana Paula me deu um vinho de "celebração". Acordei na escuridão. Em um caixão de metal. Enterrada viva. Ela me envenenou com algo das pesquisas do meu marido, algo que me consumiu lentamente. Ela queria a destruição. De volta ao presente, Lucas lutou quando Ana Paula o agarrou. "O papai não ia querer isso! A mamãe... solte a mamãe!" Ricardo esmagou seu queixo, quebrando-o. NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO! Eu gritei, um lamento inaudível. Ana Paula plantou a semente da dúvida em Ricardo: e se minha morte fosse uma farsa, um boneco no caixão para enganá-lo? Ele ordenou que desenterrassem o caixão no meio do saguão. O que restava de mim era uma visão de pesadelo, a decomposição em estágio avançado. Mas Ricardo, em sua negação, gritou: "Um manequim! Ela achou que isso iria me enganar?" Ele agarrou meus restos, profanou-os, bradou para o ar, jogando meu crânio na parede até estilhaçá-lo. Jonas e Ana Paula alimentavam sua loucura, elogiando sua "descoberta". Mas Lucas, ferido, apontou para um osso pélvico, uma fratura antiga do seu nascimento. Uma marca que só eu, Pedro e os médicos sabíamos. A realidade, um raio, atingiu Ricardo. O esqueleto. A decomposição. A fratura. Era eu. Era real. Sofia estava morta. Ele desabou, rastejando para os pedaços de meu corpo, um lamento desumano vindo de sua alma despedaçada. Um médico legista revelou a verdade: um agente biológico que consumiu meu corpo de dentro para fora, administrado por alguém de confiança. Ricardo fitou Ana Paula, a raiva convertida em um vazio gelado. O telefone de Jonas tocou: a empresa de Ricardo estava perdendo tudo para uma aquisição hostil. Foi você, ele disse. O tempo todo. Foi você. Ricardo a arrastou para a torre de seu império em ruínas. As sirenes soaram. Lucas e meus restos mortais haviam sumido. Ana Paula riu, uma risada insana, confessando tudo. Ela me matou, me envenenou, me enterrou viva com a tecnologia de Pedro. E Ricardo foi seu peão perfeito. No chão do escritório, enquanto Ricardo se esvaía, perfurado por Ana Paula com um abridor de cartas, minha alma e a de Lucas observavam. A justiça fora feita. Ricardo e Ana Paula se destruíram mutuamente. Finalmente livres da dor, do tormento, de um mundo que nos quebrou. Peguei a mão fantasmagórica do meu filho. Juntos, caminhamos em direção à luz.
Eu estava morta.
Profissionalmente morta, pelo menos, era o que eu dizia, depois de assinar aquele contrato humilhante para salvar meu filho.
Um mês se passou, e o mundo da arquitetura me esqueceu.
Mas o pesadelo estava apenas começando.
Quando o magnata Ricardo Silva irrompeu em minha casa, não foi em busca de arquitetura, mas de uma vingança pessoal.
Meu filho, Lucas, de apenas cinco anos, soluçou que "a mamãe está morta", repetindo minhas próprias palavras de desespero.
Mas Ricardo não acreditou.
Ele me queria de volta, e estava disposto a destruir tudo para me encontrar.
"Onde está sua mãe?", ele exigiu.
Antes que Lucas pudesse responder, um forte tapa estalou no rosto do meu pequeno, virando sua cabeça e deixando uma marca vermelha.
"Que farsa! É apenas um mês de afastamento, como alguém pode 'morrer' profissionalmente?", ele zombou.
Ricardo ameaçou desgraçar toda a família Mendes, destruir o legado do meu pai, se eu não aparecesse.
Ele não estava blefando.
No dia seguinte, sua horda de seguranças invadiu minha casa, quebrando tudo em busca de mim, enquanto Lucas se encolhia de pavor.
Ricardo agarrou meu filho, arrastando-o pelo saguão, alegando que seu próprio filho estava "doente" por minha causa.
Empurrou Lucas com força, fazendo-o bater a cabeça.
A mansão se tornou um campo de batalha, meus objetos mais queridos sendo espatifados.
O mordomo, Afonso, que ousou defendê-lo, foi brutalmente assassinado por Ricardo com um castiçal de bronze.
Eu assisti a tudo, um fantasma em meu próprio lar, incapaz de intervir.
Incapaz, porque eu não estava profissionalmente morta.
Eu estava fisicamente morta.
Fui enterrada viva, vítima de uma traição diabólica que eu mesma não compreendia.
Minha alma estava acorrentada, condenada a testemunhar a barbárie.
Dois dias depois, Ricardo voltou, sua fúria substituída por uma calma ainda mais aterrorizante.
Ele tentou subornar Lucas, prometendo-lhe poder e riqueza se ele me entregasse, tudo para se apoderar do império do meu marido.
Mas Lucas recusou, firme: "Minha mãe está morta. Você não pode comprá-la. E você não pode me comprar."
A máscara de Ricardo caiu novamente.
Minha ex-assistente, Ana Paula, surgiu, se intrometendo na situação.
Sua cobra.
Ela me traiu, me envenenou, me enterrou, e agora manipulava Ricardo, atiçando sua loucura.
Ana Paula mentiu que eu estava conspirando de Belo Horizonte, e Ricardo, cego, declarou que Lucas Mendes não existia mais.
Ele o entregou a Ana Paula para ser "reeducado", para que esquecesse meu nome.
Ricardo jurou caçar e destruir tudo que o nome Mendes já tocou.
A lembrança de minhas gestações perdidas, dos abortos inexplicáveis, ressurgiu.
Não foi azar. Foi Ana Paula, me envenenando sutilmente, tirando meus filhos para se aproximar de Ricardo.
A lembrança final: o filho mimado de Ricardo falsamente acusou Lucas.
Para salvá-lo de um reformato, me ofereci para trabalhar para Ricardo por um ano, em "morte profissional".
Mas Ana Paula me deu um vinho de "celebração".
Acordei na escuridão.
Em um caixão de metal.
Enterrada viva.
Ela me envenenou com algo das pesquisas do meu marido, algo que me consumiu lentamente.
Ela queria a destruição.
De volta ao presente, Lucas lutou quando Ana Paula o agarrou.
"O papai não ia querer isso! A mamãe... solte a mamãe!"
Ricardo esmagou seu queixo, quebrando-o.
NÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!
Eu gritei, um lamento inaudível.
Ana Paula plantou a semente da dúvida em Ricardo: e se minha morte fosse uma farsa, um boneco no caixão para enganá-lo?
Ele ordenou que desenterrassem o caixão no meio do saguão.
O que restava de mim era uma visão de pesadelo, a decomposição em estágio avançado.
Mas Ricardo, em sua negação, gritou: "Um manequim! Ela achou que isso iria me enganar?"
Ele agarrou meus restos, profanou-os, bradou para o ar, jogando meu crânio na parede até estilhaçá-lo.
Jonas e Ana Paula alimentavam sua loucura, elogiando sua "descoberta".
Mas Lucas, ferido, apontou para um osso pélvico, uma fratura antiga do seu nascimento.
Uma marca que só eu, Pedro e os médicos sabíamos.
A realidade, um raio, atingiu Ricardo.
O esqueleto. A decomposição. A fratura.
Era eu.
Era real.
Sofia estava morta.
Ele desabou, rastejando para os pedaços de meu corpo, um lamento desumano vindo de sua alma despedaçada.
Um médico legista revelou a verdade: um agente biológico que consumiu meu corpo de dentro para fora, administrado por alguém de confiança.
Ricardo fitou Ana Paula, a raiva convertida em um vazio gelado.
O telefone de Jonas tocou: a empresa de Ricardo estava perdendo tudo para uma aquisição hostil.
Foi você, ele disse. O tempo todo. Foi você.
Ricardo a arrastou para a torre de seu império em ruínas.
As sirenes soaram.
Lucas e meus restos mortais haviam sumido.
Ana Paula riu, uma risada insana, confessando tudo.
Ela me matou, me envenenou, me enterrou viva com a tecnologia de Pedro.
E Ricardo foi seu peão perfeito.
No chão do escritório, enquanto Ricardo se esvaía, perfurado por Ana Paula com um abridor de cartas, minha alma e a de Lucas observavam.
A justiça fora feita.
Ricardo e Ana Paula se destruíram mutuamente.
Finalmente livres da dor, do tormento, de um mundo que nos quebrou.
Peguei a mão fantasmagórica do meu filho.
Juntos, caminhamos em direção à luz.
Outros livros de Gavin
Ver Mais