ARTURO - UM MAFIOSO IMPIEDOSO LIVRO 11

ARTURO - UM MAFIOSO IMPIEDOSO LIVRO 11

A.Fagundes

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Capítulo

Forçados a se casar por deveres da máfia, Tara e Arturo são opostos em guerra constante. Ela é fogo, teimosa e indomável. Ele é controle, poder e tradição. Ela jura transformar o casamento em um inferno. Ele nunca imaginou que sua ruína viria em forma de mulher. Entre confrontos, desejo e perigos do submundo da Cosa Nostra, um jogo de poder e paixão começa e ninguém sairá ileso.

Capítulo 1 1

Forçados a se casar por deveres da máfia, Tara e Arturo são opostos em guerra constante. Ela é fogo, teimosa e indomável. Ele é controle, poder e tradição. Ela jura transformar o casamento em um inferno. Ele nunca imaginou que sua ruína viria em forma de mulher. Entre confrontos, desejo e perigos do submundo da Cosa Nostra, um jogo de poder e paixão começa e ninguém sairá ileso.

Nota da autora

Querido leitor,

Se você seguiu a ordem de leitura recomendada para a série Mafiosos Impiedosos, provavelmente percebeu que os dois últimos livros foram um pouco mais sombrios que as histórias anteriores. Eles focaram muito nas políticas internas da máfia e transbordaram intriga que mostrava o mundo. Era o que aquelas histórias pediam, mas, para ser sincera, senti falta do lado mais leve.

Quando comecei a escrever Arturo- Um Mafioso Impiedoso, quis me divertir um pouco. Optei por explorar a dinâmica dos personagens e gostei de ver como eles evoluíram diante dos meus olhos. Portanto, este livro é um pouco mais etéreo e com menos trama pesada.

Minha esperança é que você ache a história de Tara e Arturo tão divertida quanto eu achei ao escrevê-la.

Com carinho, Angelinna Fagundes.

Aviso de conteúdo

Este livro contém conteúdo que pode ser perturbador ou provocativo para alguns leitores, como menções à morte de um membro imediato da família, sequestros, bem como descrições gráficas de violência, tortura e sangue.

Observe que esta é uma obra de ficção, e o autor tomou certas licenças criativas para retratar certas cenas que seriam consideradas arriscadas e não são recomendadas na vida real. Não tente replicá-los em nenhuma circunstância.

Prólogo

Há quinze anos (Arturo, 20 anos)

Começa como uma chama ardente, no fundo do meu peito. Então, uma faísca ganha vida, explodindo em uma pequena labareda que lentamente preenche a cavidade. Como um deserto árido e aberto, logo me consome uma furiosa tempestade de fogo. É difícil imaginar que tamanha ira possa nascer de um simples acender de fósforo. Uma chama delicada que muitas vezes não resiste nem a uma brisa suave. No entanto, aqui estou. Com combustível de sobra para alimentar minha fúria, o fogo em minhas veias está pronto para destruir tudo em seu caminho.

Porque o bastardo sentado à minha frente quer minhas irmãs.

Quer me arrancá-las.

O don dá uma tragada no charuto e deixa cair o fósforo apagado no cinzeiro próximo. Está sentado em uma enorme poltrona com encosto alto no centro da sala, momentaneamente fascinado pelo cubano que segura na mão enrugada e manchada pela idade. Com sua pele seca e flácida e cabelo ralo, sempre me lembrou um cadáver em decomposição. E esta noite, se ele insistir em arrancar minhas irmãs de mim, vou transformá-lo em um.

-As meninas vão precisar da orientação de uma mulher, Arturo. Tenho certeza que entende isso. - Dá outra tragada, preenchendo os pulmões, e não consigo evitar desejar que ele engasgue. - Quem melhor do que a irmã da sua mãe para cuidar delas?

Essa maldita puta! Sabia que aquela vagabunda estava por trás disso. E não tem nada a ver com ela ser uma tia preocupada. Depois que a Cosa Nostra praticamente a rejeitou por ela se casar com um homem fora da Família, ela tem tentado por todos os meios se reconciliar com o capo. Especialmente desde que o marido dela morreu há dois anos. E agora, ela encontrou a maneira perfeita.

-Sobre o meu cadáver!

-Vou cuidar das minhas irmãs -rosno, enquanto uma ira abrasadora corre pelas minhas veias, transformando o fogo furioso em um inferno-. Ninguém mais.

-Vamos lá, garoto... Você tem apenas vinte anos. Como pretende criar duas crianças de cinco anos e ainda cumprir com suas obrigações com a Família? Comigo? - O professor me lança um sorriso condescendente.

Minhas mãos se fecham em punhos ao lado do corpo, as unhas cravando na pele calejada das palmas. A urgência de agarrar o pescoço daquele egoísta filho da puta e matá-lo na hora é insuportável.

-Vou dar um jeito -digo entre dentes.

Vitoria adora meninas. Já começou a decorar os quartos delas. Sua tia está muito animada para que elas morem com ela.

Claro que está. A única coisa que essa bruxa conspiradora quer é refazer a vida dela. Se ela se tornar a tutora legal de Sienna e Asya, vai se beneficiar enormemente dos futuros casamentos delas. Vai vender minhas irmãs para o melhor lance.

-Vou lutar pela custódia. -De algum jeito, consigo pronunciar as palavras apesar do nó enorme na garganta. O desespero aperta meu peito como uma pedra.

-Não, Arturo. Você não vai fazer isso.

Cada célula do meu corpo ferve. Meu sangue se transformou em lava derretida, pronta para incinerar o filho da puta que se recosta na cadeira diante de mim como se estivesse em um maldito trono. Menos de três metros me separam do capo. Se estivéssemos a sós, eu já teria matado ele.

Mas não estamos a sós.

Todos os altos cargos da Família estão presentes. Sua horda de capangas de ternos sob medida, alinhados como soldadinhos de brinquedo amassados contra a parede. Para garantir que eu não passe dos limites diante do capo, suponho. Salvatore Ajello, a quem considero amigo apesar de nunca ter demonstrado o mesmo apreço por mim, está entre eles. Seu olhar penetrante me fita.

Podemos até ser amigos no trabalho, mas não duvido que ele me mataria sem hesitar se eu tentasse matar o filho da puta que governa a Família de Nova York. Esse pobre capo, que pouco ou nada faz para proteger seu povo. Que agora se rebaixou a arrancar de casa meninas de cinco anos desamparadas, poucos dias após a morte dos nossos pais. O que significa que eu não ligo nada... Seja amigo ou não, se Ajello se colocar no meu caminho, encontrarei uma maneira de driblá-lo e matar o filho da puta que tenta roubar minhas irmãs. Sienna e Asya são tudo que me importa. Sem elas, não tenho nada a perder.

-Podem ir. -O don apaga seu charuto no cinzeiro-. Já tomei uma decisão. Certifiquem-se de que as meninas estejam preparadas para partir amanhã de manhã.

Vermelho.

Só vejo vermelho de raiva. A fúria turva minha visão enquanto flexiono as mãos e dou um passo à frente, disposto a cometer a maior traição, custe o que custar.

O don é homem morto.

Dou um passo na direção dele quando, de repente, uma dor atravessa o lado direito do meu maxilar e minha cabeça é forçada a se inclinar bruscamente para o lado. Leva alguns segundos para que eu pisque e a visão turva desapareça, até reconhecer a enorme figura de Ajello bloqueando meu caminho.

-Vire-se e saia. -Ele segura minha camisa pela frente e me empurra para trás-. Agora mesmo, caralho!

Nada acontece. Eu o empurro e dou um soco no queixo dele, igualzinho ao que ele me deu.

-Sai daqui -digo com voz áspera.

Ajello simplesmente limpa o sangue do lábio partido com o dorso da mão. Seu rosto permanece completamente inexpressivo enquanto me agarra pela camisa de novo e se inclina para meu rosto.

-Vou resolver isso. -Suas palavras são quase inaudíveis, baixas demais para que alguém mais escute-. Dou minha palavra.

Ainda atordoado pela expressão séria no rosto dele, que implora para que eu confie, mal processei o que ouvi quando Ajello crava o joelho no meu diafragma. A força do golpe me faz cambalear para trás.

-Vá embora, DeVille -rosna-. E faça o que eu mandei.

Com dificuldade para respirar, olho para Ajello confuso. Tenho quase certeza de que o desgraçado acabou de me quebrar uma ou duas costelas. Sendo membro da segurança pessoal do capo, não me surpreende a proteção dele ao velho. Mas se ele está cumprindo o dever, por que há um olhar estranho nos seus olhos normalmente impassíveis? Por que me olha com fúria, mas não com raiva? Há uma súplica quase reverente nas profundezas frias do seu olhar. Uma súplica que contrasta totalmente com sua postura de combate.

Um leve movimento dos lábios chama minha atenção, mas Ajello não emite som enquanto continuamos nosso descarado confronto. Ele repete o movimento.

Desta vez, bem mais devagar, o que me permite ler seus lábios:

Confie em mim.

Nunca vi Ajello demonstrar qualquer tipo de cuidado por outra pessoa, mas enquanto ele me encara de costas para a sala cheia de cobras, percebo o que é aquele olhar em seus olhos.

Inquietação.

Por mim.

Posso confiar nele? Esse cara estranho e sem emoções? Apesar de ser apenas um ano mais velho que eu, ele faz homens do dobro da nossa idade desconfiar dele por sua estranheza. Por que diabos eu ou minhas irmãs importariam para ele? Não faz sentido nenhum.

Meus olhos percorrem os homens reunidos na sala. A maioria tem as mãos nas armas, prontos para me matar na hora se eu fizer um movimento errado. Mesmo se eu conseguir passar por Ajello, isso não significaria nada. Alguém me derrubaria por minha insubordinação antes que eu pudesse me aproximar do capo. Respiro fundo e volto a olhar Ajello nos olhos.

Não tenho outra escolha senão confiar nele.

Assinto com a cabeça.

-Vai. -Ele responde com um aceno.

Enquanto minhas costelas gritam de dor, me endireito e saio da sala, agarrando desesperadamente uma pequena esperança de que ele cumpra sua promessa.

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