Uma Segunda Chance Na Escolha

Uma Segunda Chance Na Escolha

Gavin

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Capítulo

Na minha primeira vida, eu me casei com Caio Valença, o herdeiro de ouro do Grupo Barreto, acreditando que o sacrifício do meu pai tinha me garantido um conto de fadas. Em vez disso, ele me comprou uma gaiola de ouro e uma morte brutal. Ele me deixou sangrar até a morte no chão de mármore frio da nossa mansão enquanto recebia uma convidada um andar abaixo. Ele era um predador disfarçado de príncipe, um homem cujo sorriso público encantava o mundo, enquanto seu toque deixava hematomas que ninguém podia ver. Por anos, ele me atormentou, me pintando como a vilã enquanto minha própria prima, Joana, se agarrava ao seu lado, reforçando cada mentira. O mundo o adorava. Eles viam um casal perfeito, uma aliança poderosa. Ninguém via o monstro com quem eu vivia. Ninguém sabia a verdade por trás dos meus "acidentes". Até eu morrer, eu estava presa. Mas então, eu renasci e abri meus olhos novamente. Eu estava de volta à Cerimônia da Escolha, o dia em que eu deveria me ligar a ele para sempre. Desta vez, eu me lembrava de cada detalhe agonizante. E desta vez, seu irmão implacável e marginalizado, Bruno, também era uma opção.

Capítulo 1

Na minha primeira vida, eu me casei com Caio Valença, o herdeiro de ouro do Grupo Barreto, acreditando que o sacrifício do meu pai tinha me garantido um conto de fadas.

Em vez disso, ele me comprou uma gaiola de ouro e uma morte brutal. Ele me deixou sangrar até a morte no chão de mármore frio da nossa mansão enquanto recebia uma convidada um andar abaixo.

Ele era um predador disfarçado de príncipe, um homem cujo sorriso público encantava o mundo, enquanto seu toque deixava hematomas que ninguém podia ver.

Por anos, ele me atormentou, me pintando como a vilã enquanto minha própria prima, Joana, se agarrava ao seu lado, reforçando cada mentira.

O mundo o adorava. Eles viam um casal perfeito, uma aliança poderosa. Ninguém via o monstro com quem eu vivia. Ninguém sabia a verdade por trás dos meus "acidentes".

Até eu morrer, eu estava presa.

Mas então, eu renasci e abri meus olhos novamente.

Eu estava de volta à Cerimônia da Escolha, o dia em que eu deveria me ligar a ele para sempre.

Desta vez, eu me lembrava de cada detalhe agonizante.

E desta vez, seu irmão implacável e marginalizado, Bruno, também era uma opção.

Capítulo 1

Ponto de Vista: Alice Telles

A última vez que estive diante de Horácio Barreto, ele me ofereceu uma escolha que me levou à morte. Desta vez, eu sabia o que fazer.

Na minha vida anterior, eu escolhi Caio Valença. O carismático e publicamente adorado filho mais novo do CEO do Grupo Barreto. O homem com um sorriso que podia encantar a imprensa e um toque que deixava hematomas em lugares que ninguém podia ver. Eu o amei com a devoção tola e avassaladora de uma garota que acreditava que o sacrifício de seu pai lhe garantira um conto de fadas. Em vez disso, me comprou uma gaiola de ouro, anos de tormento e um fim sem cerimônia no chão de mármore frio da nossa mansão, sangrando até a morte enquanto ele recebia uma convidada no andar de baixo.

Agora, renascida com cada memória agonizante gravada em minha alma, eu estava de volta. De volta ao centro de treinamento impecável e estéril da sede do Grupo Barreto, o ar denso com o cheiro de tatames de borracha e ambição. E ele estava aqui.

Caio Valença, parecendo em tudo o herdeiro de ouro, estava treinando com um dos principais instrutores de segurança da empresa. Ele se movia com uma graça displicente, o suor colando seu cabelo escuro na testa. Ele era lindo, um predador disfarçado de príncipe, e a visão dele fazia as dores fantasmas da minha vida passada latejarem em meus ossos.

Ele fingiu um golpe para a esquerda, depois para a direita, mas sua arrogância o tornou descuidado. O instrutor o desarmou facilmente, fazendo a arma de treino cair com um estrondo no chão. Ela deslizou até parar a centímetros dos meus pés.

A sala ficou em silêncio, todos os olhos na cena.

"Alice", Caio chamou, sem nem se dar ao trabalho de olhar para mim, sua voz carregada com o comando casual que eu conhecia tão bem. "Pegue isso pra mim."

A Alice do passado teria corrido para obedecer, ansiosa por uma migalha de sua aprovação. Minhas mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo. Aquela Alice estava morta.

Eu não me movi. Apenas encontrei seu olhar no reflexo das janelas que iam do chão ao teto.

"Pegue você mesmo, Caio."

Um suspiro coletivo percorreu os espectadores. Sussurros explodiram como estática. A cabeça de Caio virou bruscamente em minha direção, seu sorriso encantador vacilando pela primeira vez. A máscara estava escorregando. Eu podia ver o brilho de fúria fria em seus olhos, o mesmo olhar que ele tinha pouco antes de...

"O que você disse?", ele perguntou, sua voz baixa e perigosa.

Antes que eu pudesse responder, uma figura pequena avançou. "Eu pego, Caio!"

Joana Braga, minha prima, ajoelhou-se, seu rosto uma máscara de doce preocupação. Meus pais a acolheram depois que os dela faleceram, e ela retribuiu a gentileza deles se agarrando a Caio como uma lapa, tanto nesta vida quanto na última. Ela fez uma careta dramática ao se curvar, apontando para um pequeno arranhão recente em seu joelho.

Ela pegou a arma e correu para o lado dele, entregando-a com um olhar de adoração. "Você foi incrível, Caio. Quase conseguiu."

A atenção de Caio se voltou para ela instantaneamente. Sua raiva evaporou, substituída por uma atuação de terna preocupação. "Joana, você está machucada. Fez isso durante os treinos?"

"Não é nada", ela disse, recatada, piscando os cílios. "Eu só queria ajudar."

Ele lançou um olhar venenoso em minha direção. "Viu, Alice? É isso que uma pessoa decente faz. Elas ajudam. Não ficam paradas com essa cara amarrada."

Ele estava me pintando como a vilã, como sempre fazia. A multidão murmurou em concordância.

"Não se esqueça de onde você veio, Alice", ele zombou, sua voz baixando para que apenas eu pudesse ouvir. "O legado do seu pai te comprou um lugar à mesa, mas isso não significa que você pertence a este lugar. Um pouco de gratidão não faria mal."

A menção ao meu pai, o homem que morreu salvando esta mesma empresa da ruína, foi um golpe baixo. Na minha vida passada, essas palavras teriam me despedaçado. Agora, eram apenas ruído.

Eu lhe dei um sorriso calmo e plácido. "Falando no legado do meu pai, não posso me atrasar. O Horácio está me esperando."

O nome do pai dele, o CEO, pairou no ar como uma bomba.

"O Sr. Barreto?", um dos espectadores sussurrou, chocado. "Por que o CEO se encontraria com ela?"

Deixei o silêncio se estender, apreciando a confusão no rosto de Caio. "Ele está supervisionando pessoalmente minha Cerimônia da Escolha", eu disse, minha voz clara e firme. "Ele sentiu que era o mínimo que podia fazer, dadas as circunstâncias."

A sala explodiu em um alvoroço de excitação contida. Uma cerimônia pessoalmente organizada por Horácio Barreto era algo inédito. Significava uma honra do mais alto grau. Os bajuladores que estavam me fuzilando com os olhos momentos antes agora olhavam para Caio com inveja.

"Parabéns, Caio!", alguém gritou. "Garantindo a aliança com os Telles, e com a bênção pessoal do CEO! Você já está garantido na sucessão agora."

O peito de Caio se estufou, sua arrogância retornando com força total. Ele acreditava, como todos, que eu era dele por direito. A dívida com meu pai seria paga com a minha mão em casamento, unindo as ações significativas da minha família ao herdeiro dos Valença. A ele.

Ele sorriu para mim, um brilho possessivo em seus olhos. "Não pense que isso muda alguma coisa, Alice. Você ainda é minha. Seja uma boa menina, e eu vou garantir que sua vida seja confortável."

Ele se inclinou para mais perto, seu hálito quente contra minha orelha. "Você não vai querer cometer o mesmo erro duas vezes. Acaba mal pra você."

Meu sangue gelou. As palavras eram uma ameaça, mas a formulação... era específica demais. Um pavor frio, agudo e familiar, se enrolou em meu estômago.

Ele se endireitou, pegando o braço de Joana. "Vamos, vamos cuidar desse joelho."

Ele se afastou sem olhar para trás, me deixando em um mar de sussurros e olhares hostis.

Uma risada amarga escapou dos meus lábios, tão baixa que ninguém mais ouviu.

Todos eles pensavam que ele era o prêmio. Eles pensavam que eu era uma garota tola se fazendo de difícil, destinada a se tornar a Sra. Caio Valença.

Eles não tinham ideia.

Eu nunca mais pertenceria a Caio Valença. Não nesta vida.

Suas últimas palavras ecoaram em minha mente, uma premonição arrepiante.

Como ele poderia saber o que aconteceu em nossa última vida?

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