A Traição Dele Despertou o Verdadeiro Poder Dela

A Traição Dele Despertou o Verdadeiro Poder Dela

Gavin

5.0
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Capítulo

Durante cinco anos, eu fui o fantasma por trás do sistema, a arquiteta secreta da carreira brilhante do meu namorado, Caio. Eu era "Aura", a criadora anônima do software bilionário da nossa empresa, e usei minha influência oculta para transformá-lo no líder de projeto estrela em uma nova cidade, a mais de 700 quilômetros de distância. Eu fiz tudo por nós, pelo futuro que deveríamos construir juntos. Mas quando finalmente consegui minha transferência para o escritório dele para fazer uma surpresa, eu o encontrei de risinhos com sua nova assistente, Kiara. A mesma garota que eu tinha visto rindo na garupa da moto dele em um vídeo, poucos dias antes. Ele a chamava de "parceira de escalada", uma amiga, nada mais. Então, ela cometeu um erro que custou milhões à nossa empresa. Quando a confrontei, Caio não a responsabilizou. Ele a defendeu. Na frente de todo o andar da diretoria, ele se virou contra mim, culpando-me pelo erro dela. "Se você não aguenta a pressão daqui", ele rosnou, a voz escorrendo desprezo absoluto, "talvez você devesse simplesmente voltar pra matriz." O homem cuja vida inteira eu construí estava me demitindo para proteger outra mulher. No exato momento em que meu mundo desmoronou, as portas do elevador se abriram com um som suave. Nosso Diretor de Tecnologia saiu, seus olhos passando pelo meu rosto banhado em lágrimas e pelo rosto furioso de Caio. Ele olhou diretamente para o meu namorado, sua voz perigosamente baixa. "Você tem a audácia de falar nesse tom com a dona desta empresa?"

Capítulo 1

Durante cinco anos, eu fui o fantasma por trás do sistema, a arquiteta secreta da carreira brilhante do meu namorado, Caio. Eu era "Aura", a criadora anônima do software bilionário da nossa empresa, e usei minha influência oculta para transformá-lo no líder de projeto estrela em uma nova cidade, a mais de 700 quilômetros de distância.

Eu fiz tudo por nós, pelo futuro que deveríamos construir juntos.

Mas quando finalmente consegui minha transferência para o escritório dele para fazer uma surpresa, eu o encontrei de risinhos com sua nova assistente, Kiara. A mesma garota que eu tinha visto rindo na garupa da moto dele em um vídeo, poucos dias antes.

Ele a chamava de "parceira de escalada", uma amiga, nada mais.

Então, ela cometeu um erro que custou milhões à nossa empresa. Quando a confrontei, Caio não a responsabilizou. Ele a defendeu. Na frente de todo o andar da diretoria, ele se virou contra mim, culpando-me pelo erro dela.

"Se você não aguenta a pressão daqui", ele rosnou, a voz escorrendo desprezo absoluto, "talvez você devesse simplesmente voltar pra matriz."

O homem cuja vida inteira eu construí estava me demitindo para proteger outra mulher.

No exato momento em que meu mundo desmoronou, as portas do elevador se abriram com um som suave. Nosso Diretor de Tecnologia saiu, seus olhos passando pelo meu rosto banhado em lágrimas e pelo rosto furioso de Caio.

Ele olhou diretamente para o meu namorado, sua voz perigosamente baixa.

"Você tem a audácia de falar nesse tom com a dona desta empresa?"

Capítulo 1

Ponto de Vista: Erika

A distância de dois anos e mais de setecentos quilômetros entre meu namorado e eu não foi superada por uma passagem de avião, mas por um vídeo de quinze segundos no meu celular.

O escritório estava num silêncio mortal, aquele tipo de silêncio esmagador que só existe às duas da manhã. Os únicos sons eram o zumbido baixo do meu computador e a batida frenética e descontrolada do meu próprio coração contra minhas costelas. Eu estava esperando um pacote de dados gigantesco compilar, um processo que poderia levar de cinco minutos a uma hora. Para matar o tempo, fiz o que sempre fazia: rolei o feed.

Meu polegar passava sem pensar por fotos de bebês de amigos e férias em Fernando de Noronha, até que parou em um vídeo. Uma garota que eu não conhecia, com o rosto iluminado e animado, ria para a câmera. Ela era vibrante, com sardas espalhadas pelo nariz e um rabo de cavalo bagunçado de cabelo escuro. Estava sentada na garupa de uma moto, com os braços firmemente enrolados no piloto.

O piloto estava de costas para a câmera, mas eu conhecia aquela jaqueta de couro. Eu a tinha comprado para ele no nosso terceiro aniversário.

A garota se inclinou para frente, seus lábios perto da orelha do piloto, gritando por cima do ronco do motor. O vento chicoteava seu cabelo no rosto, mas sua voz era surpreendentemente clara. "Corrida até o topo, Ruiz! Quem perder paga o pastel!"

A legenda abaixo do vídeo era uma sequência de emojis - uma parede de escalada, um pastel e um rostinho piscando - seguida pela hashtag #parceiradeescalada.

Ruiz.

Minha respiração falhou. Meu mundo inteiro se reduziu à pequena tela brilhante na minha mão. Ele virou a cabeça levemente, só por um segundo, e a luz do poste capturou a linha afiada de sua mandíbula.

Caio.

Meus dedos pareciam dormentes quando toquei em seu contato. O telefone chamou uma, duas, três vezes antes de ele atender.

"Oi, amor. E aí? Tá tarde." Sua voz estava abafada, distante.

Atrás dele, eu podia ouvir uma cacofonia de ruídos - música alta, pessoas gritando, o tilintar de copos. Parecia uma festa.

"Onde você está?", perguntei, minha própria voz soando oca no silêncio estéril do meu escritório.

"Ah, só saí com uns caras da academia", ele disse, um pouco rápido demais. "Acabamos de fechar um projeto grande, comemorando um pouco."

A risada de uma mulher, aguda e familiar, ecoou perto do telefone dele. Era a mesma risada do vídeo.

"Caio", eu disse, minha voz mal passando de um sussurro. "Com quem você está?"

"Só com a equipe, Erika. Não se preocupa. Já estou indo pra casa." Suas palavras deveriam ser reconfortantes, mas pareciam lixa arranhando meus nervos em carne viva.

Desliguei sem dizer mais nada. O caminho para casa foi um borrão. Estacionei o carro na minha vaga designada, o motor estalando enquanto esfriava, e assisti ao vídeo de novo. E de novo. E de novo.

A jaqueta era definitivamente dele. O capacete pendurado no guidão era o que eu insisti que ele comprasse. Deslizei para a seção de comentários.

Um usuário chamado "VidaDeEscalada" havia escrito: "Vocês dois são tão fofos juntos!"

A garota do vídeo, cujo nome de perfil era Kiara Bastos, respondeu com uma série de emojis rindo. "Ele é meu melhor parceiro de escalada! Me incentiva a ser melhor!"

Cliquei no perfil dela. Era público. Foto após foto dela escalando paredões de rocha, seu corpo magro e forte. E em pelo menos uma dúzia delas, lá estava Caio. Ao lado dela na base de um penhasco, rindo com um grupo de pessoas que eu nunca tinha visto, seu braço casualmente sobre o ombro dela em uma foto de grupo.

Ele costumava amar escalar. Nós íamos juntos, na época da faculdade, antes que minha carreira decolasse e a ambição dele o enviasse para Florianópolis há dois anos. Ele disse que estava ocupado demais para ir desde que se mudou. Ele me disse que passava a maior parte dos fins de semana trabalhando.

Ele estava em uma cidade nova, eu dizia a mim mesma. Ele tinha o direito de fazer novos amigos. Era saudável. Mas meu conhecimento sobre a vida dele, a vida real dele, era um completo vazio. Um vácuo de dois anos preenchido com garantias vagas e promessas de um futuro que parecia cada vez mais distante.

Foi isso. O fio da minha paciência, esticado ao limite por dois anos de ligações tarde da noite e feriados perdidos, finalmente se rompeu. A transferência que eu havia planejado meticulosamente para o próximo mês, aquela pela qual eu trabalhei dezoito horas por dia para conseguir, não aconteceria no próximo mês. Aconteceria agora.

Vinte e quatro horas depois, eu estava no lobby reluzente da torre da OmniTech em Florianópolis. Minha mala de mão estava ao meu lado, um testemunho silencioso do meu voo impulsivo.

"Erika Lopes!", a recepcionista me cumprimentou com um sorriso largo e acolhedor. "O Sr. Medeiros nos disse que você seria transferida em breve, mas não a esperávamos hoje! É uma grande honra. A estrutura 'Aura' é lendária. O Caio deve estar radiante por você finalmente estar aqui."

Ofereci um sorriso contido. Caio não sabia que eu estava vindo. "Ele está no escritório dele?"

"Está sim. Acabou de subir com a nova assistente. Deixe-me liberar seu acesso para o andar da diretoria."

A subida de elevador pareceu uma eternidade. As paredes de aço polido refletiam uma versão distorcida de mim mesma - uma mulher que havia sacrificado sono, fins de semana e tempo com o namorado para construir uma ponte sobre setecentos quilômetros. Eu fiz tudo pelo sonho que compartilhávamos: o escritório de canto para ele, uma vida compartilhada para nós. Eu era a arquiteta silenciosa de seu sucesso, a criadora anônima de 'Aura', a própria estrutura de software sobre a qual toda a nossa empresa foi construída. Ele achava que eu era apenas uma arquiteta de software muito boa. Ele não tinha ideia de que eu era o fantasma por trás do sistema, aquela que o havia recomendado discretamente para a liderança do projeto em Florianópolis, aquela que havia convencido nosso Diretor de Tecnologia, Édison Medeiros, de que ele era o homem certo para o trabalho.

Eu estava aqui para finalmente ficar ao lado dele, não atrás dele.

As portas do elevador se abriram com um som suave.

E lá estava ela.

Do lado de fora do escritório de Caio, segurando um tablet, estava a garota do vídeo. Kiara Bastos.

As palavras da recepcionista ecoaram na minha cabeça. Sua nova assistente.

Ela ergueu os olhos, seu sorriso vacilando por uma fração de segundo ao notar minha mala.

Caminhei em sua direção, meus saltos estalando no piso de mármore. "Oi", eu disse, minha voz mais firme do que eu me sentia. "Sou Erika Lopes. A nova arquiteta de software transferida da matriz." Estendi a mão.

Ela a pegou, seu aperto firme, seus olhos indo do meu rosto para a porta fechada do escritório de Caio. "Kiara Bastos. A nova assistente de projeto do Caio."

A maneira como ela disse o nome dele - tão familiar, tão fácil - fez meu estômago se contrair. Foi naquele momento que eu soube. Eu sabia que isso era mais do que apenas uma amizade. Seu rosto era o mesmo rosto vibrante e sorridente do vídeo, mas de perto, seus olhos continham uma centelha de algo possessivo.

Reconheci sua voz instantaneamente. "Eu vi seu vídeo", eu disse, minha voz baixando. "Aquele na moto."

Sua atitude amigável desapareceu, substituída por um olhar frio e avaliador.

"Erika?"

A voz de Caio veio de trás de mim.

Virei-me lentamente. Ele estava na porta de seu escritório, um arquivo na mão. A esperança à qual eu me agarrei durante todo o voo, a crença desesperada de que tudo isso era um mal-entendido, evaporou.

Seus olhos, os olhos castanhos e quentes que eu amei por cinco anos, estavam arregalados. Mas não de alegria. Não de amor.

Havia apenas choque puro e absoluto.

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