Contrato com o Diabo: Amor em Grilhões

Contrato com o Diabo: Amor em Grilhões

Gavin

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Capítulo

Observei meu marido assinar os papéis que poriam fim ao nosso casamento enquanto ele trocava mensagens com a mulher que realmente amava. Ele nem sequer olhou o cabeçalho. Apenas rabiscou a assinatura afiada e irregular que já havia selado sentenças de morte para metade de São Paulo, jogou a pasta no banco do passageiro e tocou na tela do celular novamente. "Pronto", disse ele, a voz vazia de qualquer emoção. Esse era Dante Moretti. O Subchefe. Um homem que sentia o cheiro de uma mentira a quilômetros de distância, mas não conseguiu ver que sua esposa acabara de lhe entregar um decreto de anulação de casamento, disfarçado sob uma pilha de relatórios de logística banais. Por três anos, eu esfreguei o sangue de suas camisas. Eu salvei a aliança de sua família quando sua ex, Sofia, fugiu com um civil qualquer. Em troca, ele me tratava como um móvel. Ele me deixou na chuva para salvar Sofia de uma unha quebrada. Ele me deixou sozinha no meu aniversário para beber champanhe com ela em um iate. Ele até me entregou um copo de uísque - a bebida favorita dela - esquecendo que eu desprezava o gosto. Eu era apenas um tapa-buraco. Um fantasma na minha própria casa. Então, eu parei de esperar. Queimei nosso retrato de casamento na lareira, deixei minha aliança de platina nas cinzas e embarquei em um voo só de ida para Florianópolis. Pensei que finalmente estava livre. Pensei que tinha escapado da gaiola. Mas eu subestimei Dante. Quando ele finalmente abriu aquela pasta semanas depois e percebeu que havia assinado a própria anulação sem olhar, o Ceifador não aceitou a derrota. Ele virou o mundo de cabeça para baixo para me encontrar, obcecado em reivindicar a mulher que ele mesmo já havia jogado fora.

Capítulo 1

Observei meu marido assinar os papéis que poriam fim ao nosso casamento enquanto ele trocava mensagens com a mulher que realmente amava.

Ele nem sequer olhou o cabeçalho. Apenas rabiscou a assinatura afiada e irregular que já havia selado sentenças de morte para metade de São Paulo, jogou a pasta no banco do passageiro e tocou na tela do celular novamente.

"Pronto", disse ele, a voz vazia de qualquer emoção.

Esse era Dante Moretti. O Subchefe. Um homem que sentia o cheiro de uma mentira a quilômetros de distância, mas não conseguiu ver que sua esposa acabara de lhe entregar um decreto de anulação de casamento, disfarçado sob uma pilha de relatórios de logística banais.

Por três anos, eu esfreguei o sangue de suas camisas. Eu salvei a aliança de sua família quando sua ex, Sofia, fugiu com um civil qualquer.

Em troca, ele me tratava como um móvel.

Ele me deixou na chuva para salvar Sofia de uma unha quebrada. Ele me deixou sozinha no meu aniversário para beber champanhe com ela em um iate. Ele até me entregou um copo de uísque - a bebida favorita dela - esquecendo que eu desprezava o gosto.

Eu era apenas um tapa-buraco. Um fantasma na minha própria casa.

Então, eu parei de esperar. Queimei nosso retrato de casamento na lareira, deixei minha aliança de platina nas cinzas e embarquei em um voo só de ida para Florianópolis.

Pensei que finalmente estava livre. Pensei que tinha escapado da gaiola.

Mas eu subestimei Dante.

Quando ele finalmente abriu aquela pasta semanas depois e percebeu que havia assinado a própria anulação sem olhar, o Ceifador não aceitou a derrota.

Ele virou o mundo de cabeça para baixo para me encontrar, obcecado em reivindicar a mulher que ele mesmo já havia jogado fora.

Capítulo 1

Ponto de Vista de Elena Vitiello

Observei meu marido assinar os papéis que poriam fim ao nosso casamento enquanto ele trocava mensagens com a mulher que realmente amava.

Ele nem sequer olhou o cabeçalho. Apenas rabiscou a assinatura afiada e irregular que já havia selado sentenças de morte para metade do submundo do crime em São Paulo, jogou a pasta no banco do passageiro e tocou na tela do celular novamente.

"Pronto", disse ele, a voz vazia de qualquer emoção.

Esse era Dante Moretti. O Subchefe. O Ceifador. Um homem que sentia o cheiro de uma mentira a quilômetros de distância, mas não conseguiu ver que sua esposa acabara de lhe entregar um decreto de anulação de casamento, disfarçado sob uma pilha de relatórios de logística banais.

Eu estava sentada em frente a Bia em um café de alta segurança, observando a chuva escorrer pelo vidro à prova de balas. Minhas mãos estavam cruzadas no colo, perfeitamente imóveis. Fui treinada para ser imóvel. Eu era o Canarinho na Gaiola, a esposa silenciosa dos Moretti.

"Ele assinou?", Bia sussurrou, seus olhos arregalados de horror e uma espécie de descrença impressionada. "Assim, sem mais nem menos?"

"Ele estava distraído", eu disse suavemente. "Sofia estava tendo uma crise por causa de um salto quebrado ou uma unha lascada. Não me lembro qual."

Bia bateu a xícara de café na mesa. "Ele é um monstro, Elena. Um monstro cego e arrogante. Você passou três anos limpando o sangue das camisas dele. Você salvou a aliança da família dele quando aquela pirralha fugiu com um civil. E ele te trata como um móvel."

"Móveis são úteis", corrigi, tomando um gole do meu chá. Tinha gosto de cinzas. "Eu sou menos que isso. Sou meramente ornamental. Um tapa-buraco."

Olhei pela janela. Um comboio de SUVs pretos blindados parou com precisão na calçada. Os pedestres se espalharam como pombos. Eles conheciam aquela formação. Sabiam quem estava lá dentro.

Dante Moretti não apenas entrava em um lugar; ele o conquistava. Ele era o predador mais letal da cidade, um homem que assumiu a divisão de execução da Família Moretti aos vinte e dois anos e a transformou em uma máquina de terror absoluto. Ele já havia matado homens por me olharem de um jeito errado, mas ele mesmo não conseguia olhar para mim.

"Ele está aqui", eu disse.

Bia pegou minha mão. "Você tem o plano de fuga?"

"Florianópolis", sussurrei. "Isabella conseguiu o apartamento. O voo é em duas semanas. Até lá, eu interpreto meu papel."

A porta do café se abriu. A pressão do ar na sala pareceu cair. Dois soldados entraram primeiro, examinando o perímetro com olhos frios e mortos. Então Dante entrou.

Ele usava um terno de carvão que custava mais do que este prédio. Seu cabelo escuro estava penteado para trás, revelando um rosto que era belo da mesma forma que uma tempestade é bela - destrutiva e cativante. Ele caminhou direto para a minha mesa, ignorando todos os outros.

"Elena", disse ele. Não era um cumprimento. Era uma ordem.

"Dante", respondi, levantando-me suavemente.

"Estamos de saída. Minha mãe nos espera para o jantar."

Ele não olhou para Bia. Virou-se e saiu, esperando que eu o seguisse. Eu sempre seguia.

Dei a Bia um sorriso pequeno e triste e caminhei para a chuva. Um soldado segurou um guarda-chuva sobre mim, mas Dante já estava dentro do SUV. Deslizei para o assento de couro ao lado dele. O carro cheirava a colônia cara, óleo de arma e o perfume fraco e enjoativo de baunilha.

O perfume de Sofia.

O comboio começou a se mover. O silêncio no carro era pesado, sufocante. Dante estava digitando no celular, a testa franzida.

"Aquela pasta que assinei semanas atrás", disse ele de repente, sem levantar o olhar. "O contrato do fornecedor para as linhas de transporte. Você arquivou?"

Meu coração bateu forte contra minhas costelas. "Sim", menti. "Está sendo processado."

Ele murmurou, uma vibração baixa em seu peito. "Bom. Não quero pontas soltas antes da transição."

Ele se tornaria o Dom em breve. Queria um começo limpo. Eu estava lhe dando o começo mais limpo possível - uma vida sem mim.

Seu telefone tocou. O toque era específico. Perfurou o silêncio como uma sirene.

Dante atendeu imediatamente. "Sofia."

Olhei pela janela, contando as gotas de chuva.

"Calma", disse Dante, sua voz mudando de um comando frio para algo mais suave, algo urgente. "Onde você está? Quem está aí?"

Ele ouviu por um momento, o maxilar se contraindo. A temperatura no carro caiu dez graus.

"Não me importa quem é o pai dele", Dante rosnou no telefone. "Se ele tocou em você, ele perde a mão. Fique aí. Estou chegando."

Ele desligou. Bateu no vidro da divisória. "Mudança de planos. Vá para o Itaim Bibi."

"Dante", eu disse baixinho. "Sua mãe."

Ele finalmente olhou para mim. Seus olhos eram como gelo, azuis e impenetráveis. "Sofia está em apuros. Um lixo qualquer a encurralou."

"Ela é filha de um Capo", eu disse, minha voz firme. "Ela tem seus próprios guardas."

"Ela me ligou", disse ele, como se isso explicasse tudo. Como se isso justificasse abandonar sua esposa no meio da cidade.

O carro parou na calçada. Não era a nossa casa. Era uma esquina a cinco quarteirões de distância.

"Pegue o segundo carro de volta", Dante ordenou. "Preciso da equipe comigo."

Ele estava me expulsando. Para ir salvar a mulher que o abandonou no altar, a mulher cuja bagunça eu limpei por três anos.

Abri a porta. A chuva estava caindo mais forte agora.

"Dante", eu disse, parando com um pé na calçada. "Você assinou os papéis."

Ele olhou para mim, impaciente, sua mente já nela. "Eu sei, Elena. Você me disse."

"Só queria ter certeza de que você se lembrava", eu disse.

Eu saí. A porta bateu atrás de mim, e o comboio acelerou, os pneus espirrando água suja nos meus sapatos. Fiquei ali por um momento, observando as luzes traseiras desaparecerem, percebendo que, pela primeira vez em três anos, eu não sentia a ardência das lágrimas. Eu apenas sentia frio.

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