Na véspera do meu casamento, um TikTok viral revelou que meu noivo tinha se casado com outra mulher uma semana antes. Quando o confrontei, Caio chamou de "casamento por pena". Ele descartou nossos sete anos juntos, me ofereceu dinheiro para calar a boca e, quando recusei, me deu um tapa no rosto. "Agora, a outra é você", ele rosnou, ameaçando acabar com a minha vida se eu abrisse a boca. A pior parte? Eu estava grávida de um filho dele. Para me libertar desse monstro, fiz uma escolha de partir o coração e, em segredo, interrompi a gravidez. Quando você não tem mais nada a perder, você se torna imparável. Hoje à noite, na transmissão ao vivo do Prêmio InovaTech, onde ele planeja receber nosso prêmio com sua nova esposa, eu vou subir ao palco. Não vou apenas tomar minha empresa de volta - vou queimar o mundo inteiro dele até as cinzas.
Na véspera do meu casamento, um TikTok viral revelou que meu noivo tinha se casado com outra mulher uma semana antes.
Quando o confrontei, Caio chamou de "casamento por pena". Ele descartou nossos sete anos juntos, me ofereceu dinheiro para calar a boca e, quando recusei, me deu um tapa no rosto.
"Agora, a outra é você", ele rosnou, ameaçando acabar com a minha vida se eu abrisse a boca.
A pior parte? Eu estava grávida de um filho dele.
Para me libertar desse monstro, fiz uma escolha de partir o coração e, em segredo, interrompi a gravidez. Quando você não tem mais nada a perder, você se torna imparável.
Hoje à noite, na transmissão ao vivo do Prêmio InovaTech, onde ele planeja receber nosso prêmio com sua nova esposa, eu vou subir ao palco. Não vou apenas tomar minha empresa de volta - vou queimar o mundo inteiro dele até as cinzas.
Capítulo 1
Ponto de Vista: Aurora Espinoza
Na véspera da minha festa de casamento, um TikTok viral estilhaçou meu mundo, afirmando que meu noivo, Caio Ferraz, tinha acabado de se casar com outra mulher.
Meu celular vibrou de novo, zumbindo contra a renda branca e imaculada do meu vestido de noiva. Caio estava lá embaixo, encantando nossos convidados, completamente alheio à tempestade digital que se formava na minha tela. Eu tinha escapado por um momento, precisando de um espaço silencioso para respirar antes que a loucura da nossa recepção luxuosa realmente começasse. Meu amor da faculdade, meu sócio, meu futuro marido. Meu coração transbordava uma felicidade tão profunda que quase doía.
Rolei o feed, uma distração para a minha própria alegria avassaladora. Um TikTok apareceu - uma garota, Kiara Matos, sorrindo para a câmera. Ela parecia familiar, mas eu não conseguia me lembrar de onde. "Sete anos", as legendas piscavam. "Sete anos amando ele em segredo."
Uma montagem de fotos borradas, olhares roubados e suspiros de desejo se desenrolou. Franzi a testa. Aquilo parecia íntimo demais, real demais. Então, uma foto dela, mais jovem, em um evento no campus da universidade. Uma feira de tecnologia. A nossa feira de tecnologia. Ela tinha sido estagiária. As peças começaram a se encaixar, mas minha mente rejeitava o quebra-cabeça.
O vídeo continuou, um borrão de confissões sinceras e esperanças sussurradas. "Eu nunca pensei que ele me notaria", declarou a narração dela, a voz embargada de emoção. "Sempre focado nela... a inteligente, a linda Aurora." Meu estômago se revirou. Ela sabia meu nome. Ela nos conhecia.
Então, uma mudança súbita. A música cresceu, mais triunfante. Kiara não estava mais triste. Ela estava radiante, segurando um documento pequeno e discreto. Uma certidão de casamento. A data era de apenas uma semana atrás. Minha respiração falhou. O nome de Caio Ferraz estava impresso claramente ao lado do dela.
Minha visão embaçou. Não. Tinha que ser uma piada. Uma brincadeira doentia. Dei play de novo, meus dedos trêmulos. O mesmo nome. Caio Ferraz. O meu Caio. O homem que tinha acabado de me beijar, prometendo uma vida inteira de "para sempre".
Meu celular parecia um bloco de gelo na minha mão. Eu queria gritar, jogá-lo contra a parede, mas minha garganta estava apertada, meu corpo congelado. Meus olhos correram para a janela, vendo as luzes cintilantes da nossa recepção. As risadas. A música. Tudo soava como uma zombaria cruel.
Fechei os olhos, tentando entender. Kiara Matos. Uma estagiária, anos atrás. Eu me lembrava dela agora, quieta e observadora, sempre à margem. Eu mal a tinha notado, tão consumida que estava por Caio e nossa empresa em ascensão. Um calafrio percorreu minha espinha. Ela esteve nos observando todo esse tempo?
A seção de comentários explodiu. "Mds, Kiara, você conseguiu!" "Depois de todos esses anos, finalmente pegou seu homem!" "A Aurora Espinoza não vai saber o que a atingiu!" O veneno puro em alguns dos comentários era assustador. Eles sabiam. Todos eles sabiam.
Um comentário principal, fixado para todos verem, pulsava num brilho azul doentio. Era da própria Kiara. "Ele me escolheu. Casou comigo. Ela é só a outra."
As palavras me atingiram com a força de um soco no estômago. A outra. Eu. Aurora Espinoza, de pé em seu vestido de noiva, a momentos de caminhar até o altar para um homem que já havia se casado com outra pessoa. Meu mundo girou. Meu estômago se contorceu. O lindo vestido branco parecia uma mortalha.
Uma batida na porta me fez pular. "Aurora, querida? Está pronta? O Caio está perguntando por você." Era a voz da minha mãe, doce e alheia a tudo.
Minha mão voou para a boca, abafando um soluço. Enfiei o celular debaixo de uma almofada de seda, sua tela ainda brilhando fracamente. Caio. Ele estaria aqui a qualquer minuto. Como ele pôde? Como ele ousou? A suíte elegante de repente pareceu sufocante. O ar estava pesado com traição.
A porta se abriu lentamente. Caio estava lá, lindo e devastadoramente charmoso em seu smoking, uma única rosa branca na mão. Ele sorriu, aquele sorriso perfeito e deslumbrante que costumava me derreter. "Minha noiva linda", ele disse, sua voz uma carícia suave. Ele estendeu a rosa. "Meu coração, minha vida, meu tudo."
Eu recuei, quase imperceptivelmente, quando seus dedos roçaram os meus. A rosa parecia pesada e fria. Meu estômago se contraiu ainda mais.
"Pronta?", ele perguntou, seus olhos brilhando com o que eu agora via como uma mentira grotesca. Ele se inclinou, com a intenção de me beijar.
Eu me afastei, sem nem perceber o que estava fazendo até que seus lábios encontraram o ar. Minhas mãos tremiam, segurando a rosa. "Caio", minha voz era um sussurro frágil, um fio esticado ao ponto de se romper. "Precisamos conversar."
Ele riu, um som leve e desdenhoso. "Conversar? Agora? No dia do nosso casamento? Querida, seja o que for, pode esperar. Nossos convidados estão lá embaixo. Estão esperando." Ele tentou ajeitar uma mecha de cabelo do meu rosto.
Eu me afastei bruscamente. "Não. Não pode esperar." Minha voz ganhou um tremor de aço. "É sobre... Kiara Matos."
O sorriso de Caio vacilou, apenas por uma fração de segundo. Um lampejo de algo - surpresa? Irritação? - cruzou seu rosto antes que ele se recompusesse, sua farsa aperfeiçoada. "Kiara? Quem é Kiara? Aurora, do que você está falando? Está nervosa? É perfeitamente normal noivas terem um pé atrás." Ele tentou pegar minha mão de novo, seu toque de repente me dando nojo.
Eu o encarei, meu coração martelando contra minhas costelas. Ele estava me fazendo de louca. Já. Minha mente correu, lembrando de inúmeros pequenos momentos, pequenas dúvidas que eu havia deixado de lado. Ele sempre foi tão bom em me fazer sentir irracional, excessivamente emotiva. Mas não desta vez. Não. Não desta vez.
"Não se atreva", eu disse, minha voz mal passando de um sussurro, mas carregada com um novo tipo de gelo. "Não se atreva a fingir que não sabe quem ela é." Meus olhos queimaram nos dele, procurando por qualquer sinal de verdade, qualquer rachadura em sua fachada perfeita. Tudo que vi foi uma indiferença ensaiada, um cálculo frio.
Caio suspirou, um som longo e sofrido. Ele largou a rosa em uma mesa próxima, suas pétalas se espalhando como esperanças caídas. "Tudo bem, Aurora. Se você insiste em fazer drama bem antes da nossa festa, então ótimo. O que tem essa Kiara? Alguma ex-estagiária ressentida criando problemas?" Seus olhos se estreitaram, uma pitada de aço em sua profundidade. "Você sabe como algumas pessoas podem ficar obcecadas."
Um calafrio percorreu minha espinha. Ele sabia exatamente do que eu estava falando. Ele só queria controlar a narrativa, me fazer parecer louca. Minha mão instintivamente alcançou a almofada, meus dedos se fechando ao redor do metal frio do meu celular. Eu não o deixaria escapar disso.
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