Este livro mostra o cotidiano de quatro adolescentes de família, que acabam se envolvendo em confusões! Carla a mais meiga, se apaixona ardentemente por Totem, um traficante que usava as mulheres como objeto. Esse relacionamento envolverá família, violência, amigos, sexo, ganância, coragem e amor.
Parte 1
Maria de Fátima uma mulher simples de um bairro comum e humilde. As 6:00hs o celular Nokia 6120 desperta, ela desliga o despertador e levanta, acorda um de seus filhos que dormia no colchão no chão ao lado de sua cama :
_Rodrigo meu filho, acorda tá na hora do colégio.
Sua rotina de todo dia é este, acordar as 6:00hs em seguida chama seus 4 filhos faz o café preto e então acorda Francisco seu esposo que levanta depois que as crianças, Rodrigo de 8 anos, Vanessa de 11 , Antônio de 14 e Priscila de 15 anos. Estão todos prontos e postos a mesa para comer o pão da manhã, Francisco toma seu banho e em seguida vai tomar seu café com Maria de Fátima após as crianças terem saído para o colégio.
Mª. Diz: _ Amor será que hoje sai seu pagamento? Amanhã é o corte da luz, tem que pagar hoje e a Cátia da padaria já está perguntando que dia vamos acertar , o João e Marta do mercado e do açougue também, eu entreguei a encomenda mais só deu para pagar o parcelamento da água.
Francisco: _ Ai mué, mais num tem um só dia que não é essa ladainha, tem que pagar isto e aquilo eu pensei que quando as crianças já estivessem crescidas seria mais sossego.
Mª:_ Eu sei amor a Priscila ta tentando conseguir um emprego, mais com a idade dela é difícil de achar quem pega e quando pega, paga menos que um salário mínimo que já é tão pouco, então é só para explorar. Eu fiquei sabendo que a Marta do mercadinho, disse que está precisando de um entregador , vou ver se ela pega o Antônio pelo menos para abater a compra do mês já vai ajudar e ontem eu peguei mais uma mala de roupa da vizinha nova, lá são quatro pessoas eu cobrei 70,00 R$ ( setenta reais) já vai dar para comprar o gás. O pior que ontem deu no jornal que vai ter aumento da luz.
Francisco: _ Ninguém merece os políticos não podem pensar em aumentar o salário que os carniceiros começam aumentar tudo, luz, alimento, condução, tudo, daí quando eles aceitam o aumento tudo sobe de novo, o que adiantou se as coisas triplicaram, assim não sei quando vamos conseguir qualidade de vida! É só trabalhar, trabalhar e para viver mal, comer mal e pagar contas, estou cansado de vender o almoço para comprar a janta.
Mª: _ É amor tá muito difícil mesmo, mas temos que agradecer que tem o almoço para vender.
Não sei, porém se continuar assim, nem sei se vamos realizar o sonho de ver um de nossos filhos formando na faculdade e eles são tão esforçados dá tanta dó de não poder dar tudo o que eles precisam. Maria chora e seu esposo a consola, enquanto a vizinha Matilde entra.
_ Bom dia meus amigos! Ué, que foi meus queridos, aconteceu alguma coisa?
Mª: _ O de sempre Matilde, os gastos que são maiores que o ganho, a gente peleja de um lado, peleja do outro e mesmo assim não consegue. Será que, em nenhum momento os governantes pensam na gente? Francisco dá um beijo na esposa e pega sua marmita e sai.
_ Ai Matilde, meu Francisco era um sonhador! Sonhava em ser um médico, um veterinário, ele gosta tanto de animais, daí nasceu a Priscila com tantos problemas de saúde e tivemos que gastar o que tinha e o que não tinha, tantos remédios caros, nossa foi muito difícil.
Matilde: _ Amiga o governo não te ajudou?
Mª:_ Hum, o governo só funciona na teoria ,na teoria até a saúde está perfeita é claro. É porque eles não precisa usar o sus. Não consegui nada com eles falei até com o tal secretário de saúde só balela, nenhum dos remédios que ela precisou existia na tal lista deles, ela chegou a tomar remédios de mil e trezentos reais, eu bati muita boca com esse povo, neste dia mesmo que cheguei a falar com o secretario. Eu disse, para que ter uma farmácia de alto custo, se um remédio desse que para as minhas condições financeiras é muito alto, vocês não tem para me ajudar!? Nossa eu sai de lá arrasada chorando, daí fomos vendendo o que tínhamos na época tínhamos uma casinha vendemos, fomos morar com minha mãe, nossa foi muito desafiador, se sabe morar junto depois de casada nem com mãe dá certo.
Elas concordaram e riram.
Matilde: _ E o que vocês fizeram amiga?
Mª:_ O Francisco largou a faculdade! Na época ele não ganhava muito, por ser meio período. Então ele foi trabalhar de pedreiro e eu tinha meu tempo integral com a Pry, mas ainda fazia bijuteria, dava aula de reforço, foi quando comecei a lavar roupa e passar para fora e só não passamos fome porque a família, os amigos e vizinhos ajudavam. Fazíamos, promoção de pizza e rifa. Uma vez eu saí com um carrinho de feira de porta em porta, passava humilhação, ainda tinha gente que duvidava que era para uma causa beneficente.
Matilde: _ Nossa amiga que barra.
Mª: _ Não para ai não amiga, nesse meio o Francisco ainda se acidentou ficou 3 meses sem poder trabalhar e eu tive que cuidar dele e da Pry e no meio desta confusão me descuidei e engravidei do Antônio, ai foi barra, mas o Francisco parado me ajudava a fazer bijuteria. Graças a Deus a Pry foi reagindo ao tratamento e foi melhorando a cada dia, até hoje ela ainda toma remédios, porém nunca mais teve crise.
Matilde: _ É amiga você é muito forte.
Mª: _ É nós somos! Só não deu mais para o meu kiko voltar à faculdade, daí as coisas foram ficando mais difíceis, veio também a Vanessa e o Rodrigo e os nossos sonhos ficando mais distante. O sonho que tínhamos de dar uma melhoradinha era com a indenização do trabalho do kiko, só que ele não ganhou, sabe como é no nosso país, quem tem dinheiro é quem vence. Uma empresa famosa e muito rica, sabe como é, não teve chance para o pobre do Francisco e o direito trabalhista dele deu para comprar esta casinha! Amem né, tem que agradecer.
Matilde: _ Lá em casa também estamos na luta. O pobre do Paulo está trabalhando em dois turnos, fazendo hora extra para pode pagar o nosso carrinho e eu fico com as despesas que dá, com o meu salarinho de professora! É muito difícil amiga, mas, olha nós nem podemos reclamar, pois do jeito que está feio o mundo ai fora, veja a Magda da rua de cima, aquela esposa do serralheiro os 3 filhos dela, estão perdido no mundo das drogas, até o menorzinho de 9 anos, isso é triste amiga e para piorar o marido dela bebe que nem uma esponja. Chega em casa quebrando tudo. Se não bastasse o filho do meio o Leandro, além de vender está usando também, faz escândalos, ela quase nem sai de casa mais. Nós pelo menos temos bons maridos e filhos. Mas vamos parar de falar coisas tristes. Sabia que o meu Fabio foi promovido? Agora ele não é mais empacotador agora ele é repositor.
E as duas caem na risada.
Enquanto isso na escola era hora do recreio e Priscila estava com as amigas quando Leandro se aproximou.
Leandro: _E ai gatas, tudo beleza.
Luana que já o conhecia foi ao seu encontro o abraçou e o apresentou para as outras garotas.
Leandro: _ E ai o que vocês vão fazer depois da aula? Estão a fim de dar um rolê, vai ter uma festinha na casa de um camarada meu, os pais dele viajou daí a área tá limpa, vamos gatas?
Luana ficou toda empolgada, Priscila e as outras ficaram com o pé atrás, mas aceitaram o convite por causa da euforia da amiga.
Daniela: _ Aaa, gente é aqui perto mesmo, vamos lá um pouquinho se não estiver legal a gente vai embora, né Leandro?
Leandro: _ Claro gatas, se não estiver legal vocês vão embora, mas eu duvido que vocês não vão gostar, lá é um barato, tem piscina e som rolando o tempo todo .
Priscila: _ Gente e as nossas mães? A minha fica me esperando para almoçar.
Carla: _ Vamos ligar para cada mãe e dizer que estamos na casa de cada uma, eu digo que estou na Priscila a Luana na minha casa e a Priscila na casa da Dany e a Dany na casa da Luana.
Daniela: _Ou dizemos que estamos todas na casa da Luana e a Luana diz que está na minha casa, fica mais fácil.
Luana: _Ok, tá certo, então vamos.
Priscila: _Calma nós ainda temos mais duas aulas.
Luana: Daeeaar, é geografia e educação física, não dá nada perder vou logo eu quero festa.
Priscila: Ai, gente não sei não, eu não gosto disso, tanta mentira e ainda matar aula.
Carla: Ai Pry, relaxa um pouco, eu aceito, vamos levantem a mão.
Todas levantaram a mão a Priscila e a Daniela foram as ultimas a aceitar, mais acabaram aceitando e foram. Leandro chamou mais quatro meninos e quando chegaram na festa estava uma galera, a piscina lotada bebida e o pior drogas a vontade. As meninas ficaram assustadas, mas Leandro com sua lábia .
Leandro: Calma gatinhas, isto aqui é festa de veterano vocês vão querer ser calouro a vida toda daqui a pouco vocês vão para faculdade e tem que se adaptar, lá é deste jeito.
Priscila: Eu não, lá deve ter gente assim, como em todo lugar, mas vai de cada um querer participar ou não.
Leandro: _ Calma Pry, você está muito dura, relaxa se solta. Por que não vamos dançar para quebrar o gelo.
E elas foram dançar ao som do pancadão, e até se divertiram. Pararam um pouco perto da mesa de refrigerante e Luana que é mais para frente pegou uma batida de vodca com maracujá, às meninas lhe advertiram e Luana disse:
Luana: _ Ai gente, relaxa é só uma bebidinha, pior é se eu fosse lá naquele canto ali, estão vendo o q a galera está fazendo?
Mais a frente tinha uma turma de umas oito pessoas passando cigarro de maconha um para o outro, e do outro lado uma galera cheirando cocaína e mais ao canto uma outra turma na lata.
Priscila: _ Aaa não, eu não fico mais nem um minuto aqui, eu nem tinha percebido estas coisas horríveis, vamos, eu vou embora, vamos gente.
Luana: _Aaa não aqui está super legal eu vou ficar quem fica comigo.
Todas se olharam e então Carla disse que ficaria com Luana.
Daniela: _ Tem certeza Carla, parece que a barra é meio pesada aqui, gente nós viemos juntas temos que ir juntas.
Luana: _ Vão vocês, suas caretas eu e a Carla vamos nos divertir
Leandro chega na hora e emenda; Leandro: _É isso ai gatinha, diversão.
Priscila: _Eu gosto de me divertir, mas drogas não fazem parte na minha escala de diversão, só para os idiotas que vivem de ilusão.
Leandro: _Calma gata, aqui a galera é livre, vocês só vão usar se quiser, ninguém vai obrigar, sacou?
Priscila: _Saquei, mas eu prefiro ir embora, esta festa já deu. Tem certeza que vocês vão ficar?
Carla: _Sim Pry, fica tranquila você ouviu o Leandro, ninguém vai nos obrigar, eu vou ficar com a Luana eu cuido dela podem ir tranquilas. E foi arrastada por Luana, que a levou para o meio da balada.
Então vem em direção das meninas um amigo Heitor. Ele estava bem chapado com um copo na mão.
Heitor: _Amigas ai que bom encontrar vocês aqui quiridas, ai estava mesmo casando alguém conhecido para ir embora, ai fofas eu não estou em mim, posso ficar com vocês? Meu boffe me deixou zonzinha,ui.
Daniela: _Eu e a Pry estamos indo embora a Luana e a Carla vão ficar.
Heitor: _Ficar? Ai menininhas esta festa não é as festinha que vocês vão lá no bairro em casa de família ,isto aqui é doideira é agora que o povo tá ficando tudo doidão, olha isso aqui vai virar o fervo, droga, sexo e muito pancadão, tô foraan.
As meninas se olharam com um ar de preocupação, mas não tiveram o que fazer se não irem embora.
Luana e Carla ficaram dançando, e sendo observada por um traficante que chamou Leandro que foi ao seu encontro.
Leandro: E ae brother.
Traficante Totem: E aquelas ali quem são? Referindo-se as meninas.
_ São umas gatinhas q'eu discolei la na escola, novinha virgenzinhas, estudantes, daquele jeito né chefinho.
Totem: Gostei, lembra daquela parada que você me deve, traz as minas e ficamos ok!
Leandro: Pô, o meu lance é pouco, as tchutchuca valem mais né chefinho. E são duas.
Totem: Tu ta com sorte q'eu to de bom humor, vou aceitar quero as duas, daí você fica em haver a mesma quantia.
Leandro todo instigado responde
Leandro: Pô de mais, ta fechado, dá um tempinho que elas vão ser todas suas.
Leandro se aproxima das meninas começa a dançar com elas e falando sobre o Totem, não demorou muito elas já estavam sendo apresentadas a ele.
Totem segurando a mão de Carla e beijando com um gesto de cavalheirismo : É um prazer, ou melhor será um prazer conhece-la. Luana tão assanhada se apresentou a ele.
_ E eu sou Luana prazer em conhece-lo, sua casa é muito linda e a festa está ótima.
_ Você não viu nada a festa vai começar agora gatinha, está muito barulho aqui vamos para um lugarzinho mais tranquilo.
Eles saem e vão para sua suíte, um quarto muito bonito uma cama grande e redonda, tv de plasma de 50", um bar bem servido de bebidas e o banheiro muito bonito com ducha e banheira, as meninas ficaram deslumbradas com tanta beleza nunca tinham visto um quarto tão bonito.
Luana: uau, este quarto parece quarto de propaganda de motel
Carla: Luana, para de ser tão indiscreta
Totem: _Deixa ela, eu gostei do jeito extrovertido dela. Se aproximou de Carla e falou baixinho: _ Mas, esse seu jeitinho tímido, me deixa louco.
Carla ficou sem jeito e foi até Luana e disse que queria ir embora.
Totem: Embora minha florzinha, porque a festa agora que vai começar.
Carla: _Senhor eu agradeço, mas já está tarde, é hora de ir embora.
Totem achando engraçado ela tê-lo chamado de senhor diz:
_Senhor, que gracinha, ta certo depois desse senhor eu tenho que fazer o seu desejo, eu vou leva-las embora. Ele pegou em sua mão
_Fique calma, porque você está tão nervosa? Eu não sou o lobo mau.
Luana: _Tudo bem se fosse!
Carla: _Luana, para! Tudo bem, se você levar agente agora?
Totem: _Claro o que você quiser minha linda.
E foi o que ele fez levaram elas até a esquina da casa delas, Carla e Luana moram na mesma rua, e como já estava tarde elas pediram para ficar na esquina. E cada uma foi para sua casa, chegando em casa a mãe de Carla assustou, pois ela havia dito que ia dormir na casa da Priscila, Carla disse que discutiu com ela e veio embora e que estava cansada e que ia para o seu quarto. Luana já não tinha problema à mãe dela trabalhava a noite e não tinha ninguém na casa dela.
No outro dia na escola as meninas se encontraram na hora do recreio. Carla ainda com expressão de assustada e Luana com aquela ressaca, pois bebeu demais.
Luana: _ Ai gente nunca mais faço uma misturada desta de bebidas, ai minha cabeça.
Priscila: _ Pelo menos não até a próxima festa né Luana, toda vez você diz isso e sempre bebe de mais. Que foi Carla?
Carla: _Sei lá tive uma sensação ruim lá naquela festa.
Luana: _ Você que é besta precisavam ver o gato, um morenão daqueles de encher os olhos, muito afim dela e a bobona. Diz com voz imitando a Carla. _ Ai quero ir embora, me leva embora. Quando começou a ficar bom.
Carla: _ É realmente ele é um moreno muito bonito, mas você não reparou o que ele é? É traficante, está louca que eu vou me envolver com esse tipo.
Daniela: _ Sério amiga, ele é traficante, ai credo fica longe, essa droga maldita, aff amiga fica longe mesmo.
Luana: _ Affs vocês falam do cara como se ele fosse um bicho e daí que ele vende drogas, besta é quem usa, ele não obriga ninguém, usa quem quer.
Priscila: _ Ah Luana, como você pode ser assim, todo mundo sabe, o que um traficante faz, ele te envolve te vicia, dai fica dependente dele para tudo, até matar, para sustentar o seu vicio. Você está certa Carla, fica longe dele. Tem outros gatos morenos, loiros, ruivos sem estar envolvido com drogas.
Ficaram rindo, bateu o sinal para elas entrarem para sala de aula, quando elas estavam indo Leandro aparece. Leandro: _ E ai gatinhas tão afim de outra festinha?
Daniela: _ Não Leandro, muito obrigada nós vamos para a aula, é o que você deveria fazer, xau. Pegou na mão das meninas, mais ele parou Carla e disse:
_ Olha o meu amigo gostou muito de você, vai ter outra festinha na casa dele e ele me pediu para convidá-la especialmente.
Daniela voltou puxou ela pelo braço e foram para a aula.
Ele está saído e escuta Luana o chamando:
_ Leandro espera. Pode deixar eu vou convencê-la a ir, pode esperar nós iremos.
Leandro balançou a cabeça num gesto positivo e ficou olhando ela saindo e disse:
_ Você já era gatinha, tá no papo.
Luana na sala de aula mandou um bilhetinho para Carla, dizendo:
Posso dormir na sua casa hoje?
E Carla respondeu que sim. Terminou a aula todas elas foram para a casa de Carla ficaram lá escutando música, até que todas foram embora fincando apenas Carla e Luana, então Luana começou a perseguição para Carla ir a festa com ela.
_ Por favor Carla eu só tenho você, vamos comigo por favor eu prometo que quando você quiser vir embora eu venho ,vamos, vamos.
Carla:_ Ai Luana eu não sei, eu não estou com bom pressentimento, serio não estou afim de ir.
Luana: _ Para de bobeira, Carla, o que pode acontecer é você se apaixonar por ele. Então Luana foi tirando a roupa do guarda-roupa e entregando para ela vestir. Para, com estes sentimentos ruim, nós somos jovens e precisamos nos divertir, vamos logo Carla veste esta roupa.
E Carla mesmo sem está querendo, se deixou levar pelos argumento de Luana vestiu a roupa e foram para a festa, quando chegaram lá ,estava lotada, tinha muita gente, pessoas bebendo, fumando, usando drogas, namorando tudo ali no meio de todo mundo, Luana gostando de tudo que via, Carla já estava mais tímida e com medo.
Luana:_ Vamos procurar o Lê. Saiu praticamente arrastando Carla e foram para o meio do povo e logo viram o Leandro descendo a escada com uma garota ele lhe deu um beijo um tapa na bunda dela e ela foi para um lado e ele para o outro, quando viu as meninas.
Leandro: _ Oi gatas que bom que vocês vieram, e as outras?
Luana:_ Aquelas bundonas não quiseram vir, só nós duas que somos de boa.
Leandro: _ Meu chefe vai ficar muito feliz em vê-la. Disse à Carla:
_Olha eu só vim por causa dessa louca, eu não quero saber do seu chefe, vamos Luana você já veio já viu agora vamos embora, você disse que iria quando eu quisesse.
Luana: _Relaxa Carla nós estamos em um festão e você quer ir embora, vamos dançar.
Puxou Carla para a pista de dança e ficaram lá dançando, enquanto isso Leandro foi avisar ao chefe que ela veio, ele estava em seu quarto, com uma garota fazendo sexo oral nele.
Leandro: _ Ai ,discupa ai chefe, atrapalhar. É que a carne nova tá na área.
Totem _ Não para gatinha, vai, termina. Dizia enquanto apertava a cabeça dela contra seu pênis. Leandro isso é muito bom, vai lá faz sala para ela que já vou descer, agora sai daki, que eu quero gozar.
Leandro:_ Claro chefe, mas eu posso da um pega nessa carreira aqui? Referindo-se a carreiras de cocaína que estava feita em uma mesinha, o chefe consentiu. Leandro foi ficar com as meninas, e ficou bem instigado devido a droga que cheirou. O chefe terminou o sexo que fazia com a garota ela cheirou uma carreira e agradeceu, então ele mandou ela vazar dali e desceu para ver Carla.
_ Oi gatinhas.
Pegou a mão de Carla e beijou. Carla toda sem jeito respondeu ao cumprimento, já Luana toda oferecida respondeu ao cumprimento do chefão.
Carla: _ Bem, eu vim até aqui por causa da minha amiga, mas nós já estamos de saída, muito agradecida mais temos mesmo que ir embora. Disse Carla, puxando Luana.
Totem: _ Calma gatinha, nem te mostrei a minha bela casa. Nós nem dançamos, a noite é uma criança.
Luana: _É o que eu disse a ela! Nossa a sua casa é linda, eu gostaria de conhecer o resto, vamos ficar mais um pouquinho Carla, vamos? Dizia Luana para que Carla ficasse.
Carla: _Luana eu preciso ir embora, a minha mãe vai chegar do trabalho e eu não disse a ela que ia sair, por favor vamos.
Luana: _ Ai ta bom, vamos você tem que relaxar mais Carla, você parece uma velha. Bem gatão vamos ter que ir, fica para outro dia conhecer melhor a sua casa.
O chefão se despediu das duas e mandou que Leandro as levassem de carro, Carla resistiu mais acabou aceitando a carona e as duas foram embora e chefão deu a ordem para Leandro leva-las na intenção de saber onde Carla morava, pois ficara muito interessada nela.
Após três dias Leandro procura Luana na escola.
_ E aí gatinha, você disse que sua mãe trabalha até tarde né, para sua amiguinha ficar mais tranquila a gente podia se encontrar na sua casa, o que você acha? Meu chefe tá muito afim dela. Aí a gente faz uma festinha particular, que tal?
Luana empolgada, responde.
_ Top fechou e nesse final de semana minha mãe vai viajar. Ela vai me deixar na casa do meu pai, mas eu posso voltar e a gente faz sim.
Luana vai até as amigas e as chama para ficarem o final de semana em casa. As meninas concordam.
No sábado à noite, as meninas estão na sala comendo pipoca e assistindo série, quando toca a companhia todo mundo olha para Luana e perguntam se está esperando alguém? Luana responde que não. E vai ver quem é. Abre a porta e finge surpresa em ver Leandro e o chefe Totem. Os convida para entrar, e diz às meninas que surpresa eles estarem ali.
_ Gente Olha quem apareceu por aqui! Carla fica toda sem jeito e se encolhe no sofá, Priscila olha para Daniela que olha para Luana com cara zangada e ela faz gesto de não sabia. Eles ficam por ali conversando.
Totem senta ao lado de Carla e começa a conversar com ela bem tranquilo, ela vai soltando ficando mais à vontade com ele pois o ambiente é diferente da casa dele, ficam ali até mais tarde conversando de repente, Totem está beijando Carla e Daniela como mais velha fala:
_ Gente para com isso, cara chega, já tá tarde, precisam ir embora e eles obedecem, mas antes de ir Totem dá um celular para Carla, já com o número salvo. Depois que ele sai Luana fica toda eufórica: _ Garota você tá feita, esse poderoso afim de você!
Priscila por sua vez demonstra preocupação:
_ Luana você tem titica de galinha na cabeça, não é para ficar feliz, Isso não é um relacionamento que pode dar certo. Você sabe quem ele é, você conhece a fama dele, ele só usa as pessoas, só usa as mulheres! Carla, por favor não se deixa levar.
Carla diz um pouco assustada e feliz:
_ Estou de boa Priscila, fica calma eu sei de tudo isso, eu, eu, tô tranquila.
Na segunda-feira as meninas chegam na escola e Totem está parado encostado no seu Carrão, um Camaro vermelho (pull me over). Carla vai saindo em sua direção e as meninas a chamam, Então ela responde: _ Eu só vou dar bom dia para ele gente, podem ficar tranquilas, pode ir entrando.
Elas vão, quando chega no portão escuta o carro saindo e Carla junto. Priscila dá uma bronca em Luana, fica muito brava porque ela que causou essa situação. Luana por sua vez se defende:
_ Eu hein, não obriguei ninguém a fazer nada, eu chamei vocês para me acompanharem! Se ela está querendo dar uma chance para ele, não é problema meu. Eu hein, Sai fora.
No outro dia as meninas chegaram na escola, mas Carla não está! Elas ficam preocupadas pois, ela nem respondeu as mensagens. No final da aula todas vão para casa de Carla, sem saber o que aconteceu tocam a campainha, a mãe dela atende a porta e pergunta:
_ Onde está Carla? As menina se olham assustadas, então Luana rapidamente Diz: _Ela teve que ficar após a aula, por causa de um trabalho que a professora passou para ela de última hora, para completar a nota. Ela pediu para avisar. A mãe diz tudo bem e sai para o trabalho, avisando que está atrasada.
Então Priscila diz: _Meu Deus Luana, o que aconteceu com a Carla? _Vamos agora lá na casa dele, ver se ela está bem. Diz Daniela.
As três seguem para a casa de Totem, quando chegam, Carla desce as escadas. Para atender as meninas.
_ Cara o que aconteceu, você não foi na escola hoje? Diz Luana.
_ Eu fui, mas o Totem, me levou para tomar café daí nem percebemos a hora passar.
Totem vem da cozinha com um copo de suco para Carla e diz: _ Gatinha não vai tá cedo, vou te levar para almoçar! Então vê as meninas e convidam elas também. Carla olha para as meninas. Priscila diz: _ Não Carla, vamos embora!
Totem diz: _Almoçar naquele restaurante novo, na beira da lagoa. Luana como sempre encantada, implora para que as meninas irem, pois ela quer muito conhecer esse restaurante famoso. Então todos vão! Luana fica deslumbrada ao andar no camaro e ficou o tempo todo falando como era legal e maravilhoso, toda eufórica. eles chegam no restaurante, Totem é bem tratado e levado a melhor mesa. Carla já está mais à vontade ao lado de Totem e Priscila e Daniela se olham preocupadas. Totem se levanta para ir ao banheiro e pergunta se elas querem mais alguma coisa, todas dizem não, então ele pede a conta. Priscila fala com Carla:
_O que está acontecendo, você disse que tinha um mau pressentimento e agora você está toda à vontade com ele, amiga você tem certeza disso?
_ Sim, realmente eu estava preocupada, mas eu estava mais era com medo de todas as coisas que vocês ficavam falando dele. Mas se conhecer ele melhor, vocês vão ver como ele é gente boa, ele é muito legal, ele já me explicou porque entrou nessa vida, tudo que aconteceu na sua infância. Ele perdeu os pais, ele não teve outro caminho. Mas ele é super gente boa, ele ajuda o pessoal da comunidade, ele ajuda a família dele, ele é muito legal e eu decidi dar uma chance, para conhecer ele melhor. Diz Carla.
Daniela então diz: _ Você está justificando a sua vida errada, sempre tem outra escolha Carla e não existe bandido bom, você sabe bem do essas pessoas são capazes... Pry interrompe Dany: _ Como assim? Você só tem 16 anos, ele é bem mais velho, um homem vivido, com muitas experiências que você nem sabe! Carla então responde: _ Sério, precisa falar de idade, ele só tem 23 anos não é tão mais velho assim, mês que vem eu já faço 17.
Então Priscila diz: _Você esqueceu da história da Cida? Então Carla, fica sem graça e responde:
_ Eu, Ainda não perguntei sobre isso, mas, eu tenho certeza que ele tem uma explicação também.
Totem chega na mesa neste momento:
_ Explicação para que?
Priscila o responde bem direto:
_ Sobre quais, as suas intenções com a minha prima?
Totem, se espanta mas responde com tranquilidade.
_ Não estou acostumado com indagações, mas compreendo a preocupação de vocês, até gosto, assim me encanto mais por essa princesa. Passa a mão no rosto de Carla. Assim sei que ela não é qualquer uma, como as que eu estava acostumado a ficar. Sei que você se preocupa com a sua prima e sei da ligação forte que vocês tem. A Carla foi sua doadora. Priscila olha para Carla, tipo você contou. Totem continua: _ Não, tudo bem ela ter me contado, eu a valorizei mais. Não vou mentir, que é uma situação nova para mim, eu nunca senti algo assim, por ninguém. A Carla totalmente diferente e estou gostando. Ele passa a mão em seus cabelos e coloca atrás da orelha dela.
_ Desculpa, mas você deve saber a sua fama! Então a nossa preocupação e o porque, de eu não acreditar em você! Mas ela tem pais e não acredito que meus tios vão concordar com isso, né Carla? Diz Priscila.
Carla abaixa a cabeça e Luana interrompe.
_ Afffss, que papo brabo. Quer saber eu acredito no amor, no amor e na guerra tudo é possível! Cara vocês nem parece serem adolescentes.
Todas respiram em deboche.
Passam quinze dias, está chegando o aniversário de Carla, Luana espevitada pergunta para as meninas, o que irão fazer para comemorar.
_ A minha mãe vai fazer um bolo para a família e alguns amigos. Diz Carla.
Priscila pergunta:
_ E o Totem? Você já contou sobre ele?
_ Ainda não. E gostaria de ver com vocês, se podem me acompanhar? Ele vai fazer uma festa para mim também. Diz Carla, ainda sem jeito, pois não haviam falado mais sobre o relacionamento deles.
_ Você já dormiu com ele? Pergunta Luana. Antes de Carla responder, Totem chega e abraça ela por trás e diz:
_ Não, e só vai acontecer quando ela quiser.
Todas se olharam espantadas e Carla fica envergonhada.
_ Estou começando a gostar de você! Diz Priscila.
A noite na casa de Carla, toda a família e amigos. Cantam parabéns depois servem a janta.
Carla vai até os seus pais pede para poder ir na festa e diz que foram os amigos da escola que prepararam. Todas pedem para seus respectivos pais e todos autorizam. Elas chegam Na casa de totem elas ficam encantadas com a decoração, toda rosa e amarelo, as cores preferidas de Carla.
E ao contrário das outras vezes ,estavam todos comportados, não tinha nenhum vestígio de drogas e de repente a música começa, para a surpresa de Carla era a sua MC favorita ao vivo e exclusivo para sua festa. Todos felizes dançando, de repente entra na festa, Rômulo, outro traficante de outra favela, Totem leva um susto e vai ao seu encontro.
_ Qual é cara, o que você está fazendo aqui?
_ Não é assim que se trata um amigo! Diz Rômulo.
_ Talvez colega! Essa festa é privada. Responde Totem.
Rômulo, olha por todos os lados, passa a mão pela barba e diz:
_ Festinha cor de rosa, qual é?... chega bem perto e encarando Totem...
_ Só quis te alertar, se você invade o meu território, eu também vou invadir o seu!
Leandro, fica ao lado de Totem.
_ Esse assunto é para outra hora. Diz Totem também encarando Rômulo.
Carla percebe a tensão, para de dançar e vai até ele e as meninas atrás dela.
_ Amor, está tudo bem?
Totem responde:
_ Sim, está. Eles já estão de saída.
Rômulo analisa bem as meninas e sai, dizendo, outra hora.
Leandro nervoso, diz:
__Qual é desse corró, vamos arrebentar com ele.
Totem segura Leandro, sinalizando as meninas.
Leandro tenta disfarçar: _ Relaxa meninas, bora dançar!
Carla e as meninas voltam para a pista de dança, mas ficam preocupadas. Totem abraça Carla, que se sente segura.
Do lado de fora da casa, Rômulo está saindo quando Leandro o chama.
_ Cara mancada você vir aqui, eu disse que ia resolver isso.
_ Sim, você disse, mas eu queria ver o troféu.
_ Cara, esquece isso, cara, eu estava na instiga, eu te falei isso no momento da instiga, esquece isso cara! Esquece isso foi mal, foi mal ter falado isso para você cara.
_ Problema seu Leandro. Instigado ou não, você me deu um pote de ouro. Agora eu vou saber como negociar com Totem. Ele sabe que eu sempre quis aquela região do norte que é dele. E agora eu sei como conseguir.
_ Cara foi mal, você sabe que não vai ficar bom pro meu lado cara.
Rômulo dá uma risada entra no carro e vai embora. Leandro passa a mão na cabeça sem saber o que fazer e volta para dentro continua festejando como se nada aconteceu. No outro dia as meninas estão na Igreja Junto com os seus pais. Carla olha para o lado e vê Rômulo com sua família cutuca as meninas que também olham e também o reconhecem. Quando termina o culto? O pai de Carla cumprimenta Rômulo. E Carla então pergunta:
_ Papai de onde você conhece esse senhor?
_ Esse é o senhor Rômulo Carla, ele é dono do depósito de material de construção do final da rua. Pensei que o filho dele era da mesma escola que vocês.
_ Sim papai, ele é.
Senhor Rômulo, cumprimenta Carla, dizendo:
_ Foi um prazer em revê-la! A festa estava ótima né?
Carla assustada, consente com a cabeça para Romulo que vai embora. Seu pai imediatamente olha para ela:
_ Carla, como assim?
_ É pai, ele esteve lá na festa que meus amigos prepararam, ele foi buscar o filho dele.
_ Tudo bem Carla, mas, toma cuidado, Eu conheço o senhor Rômulo da loja, porém a fama dele não é muito boa! Então eu prefiro que você não tenha contato com esses tipos de pessoas.
_ Sim papai. Eu sei. Pode ficar tranquilo eu tomo cuidado.
_ Eu sei minha menina você é meu Anjinho. Vamos, vamos para casa. Só um minuto papai, vou dar tchau para as meninas tá bom.
_ Tudo bem estou te esperando no carro.
Carla vai até as meninas. E diz o que descobriu. E as meninas ficam preocupadas. Priscila então diz à Carla:
_ Carla, a vida é sua eu sei prima, mas a gente já te avisou que isso daí não é um mundo bom de se escolher é perigoso. Pelo que a gente entendeu este Rômulo é muito perigoso e está aqui na nossa congregação, com a família como se nada aconteceu. E eu nunca tinha visto ele aqui antes! Prima você tem certeza, que quer continuar com essa relação? O meu tio não vai entender isso como bom, você sabe?
Carla responde à elas que não sabe o que fazer, mas que está apaixonada por Totem. Luana por sua vez como sempre acha tudo o máximo e Daniela também fica muito preocupada.
O domingo corre tranquilo, eles fazem um almoço em família todos reunidos na casa de Priscila. No outro dia, seguem para a escola. De repente, Rony diz:
_ Oi meninas, tudo bem?
Elas respondem oi, desconfiadas, pois ele nunca havia falado com elas antes.
_ Nós íamos em outra congregação, daí meu pai decidiu ir até a de vocês que é mais perto de casa e nós gostamos muito. Vocês estão lá há bastante tempo. As meninas respondem que sim. Ele fica puxando assunto, segue andando com as meninas e conversando. De repente Leandro chega, vê Rony com as meninas.
_ O que você está fazendo aqui? Então Rony responde:
_ Eu estudo aqui bobinho.
_ Tudo bem, mas o que você está fazendo com as meninas?
_ Nada, estamos apenas conversando. Descobri que somos da mesma congregação e também da mesma escola, é uma boa maneira de sermos amigos.
_Meninas vamos! Elas não precisam de mais amigos.
Puxa as meninas e sai. Leandro adverte as meninas mandando as tomar cuidado, Rony é parceiro do pai e ele é uma pessoa muito ruim. Ele realmente disfarça bastante para a sociedade, está sempre envolvido nos eventos de caridade e a loja deles está sempre apoiando todos os eventos. Mas é tudo fachada. Ele é o traficante do sul. As meninas ficam mais assustada ainda. Priscila pergunta:
_ Só não estou entendendo, porque eles se aproximaram de nós? Leandro finge não saber de nada e só mandam elas tomarem cuidado. Leandro deixa as meninas nas salas delas e encontra Rubens.
_ Rubens estou com problema.
_ E aí cara qual é?
_ Eu fui pego lá no sul, estava vendendo um por fora. O capanga do Romulo me pegou. Eu estava super instigado, com medo e acabei falando demais. Falei que o Totem estava muito afim da Carla e agora o Rômulo já esteve na igreja delas o filho dele já está rondando elas. Eu estou preocupado que eles estejam armando alguma coisa e se o Totem descobre que eu tenho alguma coisa a ver com isso, cara já era. Ele está fissurada na menina e eu sei que ele é capaz de qualquer coisa para defende-la. Eu nunca vi o Totem assim, nunca! Ele sempre tratou as mulheres de qualquer jeito, só para o interesse dele. Então ele está realmente gostando dela. E agora eu não sei como resolver essa situação. Totem manda uma mensagem para Carla dizendo que está viajando. Que deve voltar em 3 dias.
Totem foi para a Bolívia conversar com o seu mentor Boliva, sobre como agir com Rômulo. Pois Foi uma ameaça a presença dele na festa, invadindo o seu território. Boliva é também avô de Totem. Recebe o seu neto com um abraço e felicidade, pois estava com saudades. Boliva lhe oferece apoio. Fala que faz tempo que está querendo destruir Romulo e assumir o seu ponto. Se passaram 3 dias totem volta para casa. Imediatamente manda uma mensagem para Carla, dizendo estar com saudade e que precisa vê-la. Ela disse que está na escola e que o encontra na saída. Totem chega para pegá-la e percebe Rony junto com as meninas. Ele imediatamente sai do carro e vai ao encontro deles.
_ Cara o que você está fazendo com a minha mina?
_ Ô relaxa aí cara, somos colegas de escola e de igreja somente isso. Nem sabia que ela estava com você.
_ Pois agora você sabe, então eu quero que você fica longe dela! Diz bem junto a Rony, olhando em seus olhos e com raiva.
_ Calma aí Totem, você está muito nervosinho. Deixa esse nervosismo para usar na rua. E, vai prestar atenção na sua equipe, talvez você esteja precisando de ter mais dessa agressividade na rua! Você tem deixado muito a desejar e talvez quem você pensa que está contigo talvez não esteja.
Deixar a interrogação no ar e sai. Totem por sua vez abraça Carla e diz estar com muita saudade e a chama para almoçar. Ela olha para as meninas e pede para Priscila dizer para a sua mãe que ela está com ela. Se caso ela ligar perguntando. Priscila não gosta da situação mas, concorda com a prima.
Enquanto isso na loja de Rômulo, Rony chega e passa as informações para o seu pai.
_ Realmente vi papai, Totem não está só pegando a menina, o idiota está apaixonado. E saíram para almoçar somente os Dois.
Rômulo agradece seu filho. Pega o telefone e liga para Gomes, seu gerente de tráfico.
_ Gomes está confirmado, vamos continuar com o plano. Vamos agir hoje à noite, precisamos logo pegar esse território.
Enquanto isso no mercado de Marta, Antônio escuta duas mulheres conversando sobre sua prima Carla. Ele corre para casa e conta para sua mãe:
_ Mãe, mãe...
_ Calma menino, vai tirar a mãe da forca?
_ Mãe, eu estava arrumando as prateleiras lá no mercado e tinha duas mulheres falando da Carla.
_ Como assim filho, falando o que?
_ Elas disseram que a Carla está namorando aquele traficante da baixada.
Maria chocada com a noticia, senta no sofá sem acreditar no que ouviu.
_ Meu filho, você deve ter se enganado, a Carla é tão meiga, não é o estilo dela. Tem certeza que era da sua prima que falavam?
_ Sim mãe, falaram a filha do Roberto e da Cecilia do armarinho.
Maria manda Antônio voltar para o serviço e vai para o quarto falar com Priscila:
_ Filha, como assim a sua prima está namorando um traficante e você não disse nada?
Pry leva um baita susto, sem saber o que dizer a sua mãe, tenta disfarçar, mas sua mãe percebe:
_ Nem pensa em dizer que não sabia mocinha, pois vocês são unha e carne. Priscila o que está acontecendo e você também está... Priscila interrompe a mãe
_ Não mãe, não tenho ninguém e todas nós avisamos a Carla, mas eles estão apaixonados.
_ Não me diga isso, esse tipo de pessoa não tem sentimentos, eles não importam com nada além deles mesmo. Onde ela está com a cabeça, meu Deus. Façamos o seguinte, manda ela vir aqui agora! Não vou dar esse desgosto para o meu irmão antes de falar com ela.,
_ Mãe, ela saiu para almoçar com ele, mas vou mandar a mensagem.
_ Almoçar? Sei. Não fala nada que eu já sei, diz que estou chamando ela para lanchar se ela não vier nós iremos lá.
No restaurante Totem se declara, dizendo para Carla ter paciência pois ele nunca sentiu o que sente por ela e ainda não sabe como lhe dá com esse sentimento e que preocupa em lhe acontecer algo pelas suas ações. Ele a beija com muita paixão e desejo.
_ Como nós faremos isso Totem, os meus pais nunca me deixarão ficar com você.
_ Amor fica calma, a gente vai dar um jeito, eu falo com eles.
_ Não, meu pai não me deixa namorar nem os meninos da igreja e eu não quero magoa-los. Carla chora e Totem a consola.
Ela vê a mensagem e diz que é a sua madrinha e que precisa ir embora. Totem pede a conta e eles vão. Ele deixa ela na escola e quando chega em casa, Gonzales um dos capangas de seu avó, diz que fez uma ronda e descobriu que Romulo irá atacar o ponto do norte essa noite. Totem reúnem seus homens e vão para a baixada.
Rony por sua vez segue Carla até a casa de Priscila, liga para o seu pai:
_ Pai o peixe está no aquário!
_ Fica aí filho se for preciso você pega ela.
_ Tudo bem, vou aguardar as suas ordens.
Carla chega dá bença para Maria que a manda sentar ao lado de Priscila no sofá.
_ Madrinha, aconteceu alguma coisa?
_ Não sei, me diga você, você quer causar uma tragédia?
_ Claro que não...
_ Que historia é essa de você está namorando um traficante menina?
Carla olha para Priscila.
_ Não adianta olhar para a sua cumplice, ela não me disse nada, o seu primo escutou duas mulheres falando lá no mercado! É uma questão de tempo para chegar nos ouvidos dos seus pais.
_ Eu amo ele, sim eu sei o que ele é, mas ele me trata bem, cuida de mim, nunca me ofereceu nada, ele não fuma, não bebe...
_ Nossa que bonitinho, um bandido bom... toma vergonha na sua cara Carla, bandido bom é bandido morto, esqueceu o que aconteceu com o seu avô, você quer o mesmo destino?
Carla chorando, acena com a cabeça que não. Alguém toca a campainha, Priscila abre a porta é Rony com uma arma, agarra ela e coloca a arma em sua cabeça, Maria e Carla gritam para que a solte, ele aperta mais ela e manda Carla vir com ele ou vai atirar em Priscila. Ele pega Carla e solta Priscila que desmaia, Carla grita a prima, mas Rony agarra ela e sai, coloca ela no carro e manda ela ficar quieta.
Maria agarra a filha no chão e grita por socorro, Matilde sua vizinha chega e liga para a emergência.
No hospital chegam Francisco, Roberto e Cecilia que abraçam Maria, no mesmo instante o medico chega e diz que está tudo bem, Priscila teve uma crise de estresse, os glóbulos estão tudo em ordem.
_ Graças a Deus doutor, podemos vê-la? Diz Maria.
_ Sim podem, venham por aqui.
Quando encontra Pry pergunta sobre Carla. Maria pede para o irmão que sente e lhes conta o que aconteceu. Cecilia chora e Roberto nervoso diz:
_ Eu vou chamar a policia.
Francisco acalma Roberto
_ Você não pode, tem que pensar na Carla, a policia pode achar que ela está envolvida. Vem vamos procurar o senhor Afonso, ele vai dizer o que podemos fazer.
Maria fica mais preocupada
_ Amor tem certeza, você não encontra o sr. Afonso desde que o seu pai...
_ Fica tranquila meu bem, ele me deve.
Enquanto isso na baixada, Romulo encontra Rony no carro e Carla está amarrada.
_ Muito bem filho, ainda bem que temos essa arma secreta pois o Totem está ganhando, eles ja mataram mais da metade do nosso pessoal. Agora é a hora, vamos levá-la.
Cecilia chama Maria para ir com ela procurar Solange a esposa de Romulo.
_ Cunhada o que você acha que ela vai fazer?
_Eu não sei, eu preciso tentar. Não posso ficar parada aqui eu não consigo, a minha menina.
Maria olha para Priscila dizendo que precisa ficar com ela. Mas Pry diz estar bem e que elas podem ir.
As duas chegam na loja e vão até o escritório de Solange e diz tudo o que está acontecendo. Solange por sua vez as ofende defendendo o esposo e o filho.
_ Você está maluca, acha que não estou sabendo da sua filha, aquela biscatinha se envolve com traficante e você quer justificar acusando os meus. Meu marido está em uma reunião e o meu filho na sua aula de luta.
Maria com calma, diz para Solange.
_ Tudo bem minha querida, entendo a sua posição. Faça o seguinte, ligue para eles.
Ela liga e cai na caixa postal, então ela liga nos lugares onde eles deveriam estar e dizem que não estão.
_ Isso não prova nada. Vou processa-las por calunia e difamação.
Cecilia nervosa, diz:
_ Pode, pois da mesma forma que falam da minha filha, falam do seu marido traficante. Podemos ir na delegacia ou você pode ir conosco tentar salva-los.
_ Cecilia não podemos ir, você nem sabe onde eles estão. Diz Maria.
_ Devem estar na baixada, eu preciso buscar a minha filha.
_ Cecilia eu entendo você, mas é loucura. O Francisco e o Roberto vão resolver isso. Elas se abraçam.
Enquanto isso na baixada,Leandro Armado, vai até Totem e diz que Rômulo e Rony estão com Carla. Totem fica furioso e diz: _ Primeiramente Precisamos salvar a Carla! Vem eu tenho uma estratégia. Eles sobem a rua e avista o carro de Rômulo. Cada um vai por uma porta, Totem fica com Rômulo lhe dá uma coronhada na cabeça e consegue pegar Carla. Enquanto Leandro dá um tiro no ombro de Rony e outro no peito de Rômulo e foge.
Totem leva Carla para um flat dele no centro. Enquanto isso no hospital com Priscila estão Daniele e Luana então as três ligam de vídeo para Carla. Ela atende, pergunta como estão Priscilla e seus pais. Pede para avisar que ela está bem, porém não pode ir para casa ainda. Mas que eles fiquem calmos e desliga o telefone. Priscila liga para sua tia Cecília e diz o que aconteceu.
No flatall Carla percebe que Totem está sangrando. Ele diz que não é nada, que foi um tiro de raspão, ele faz carinho em seu rosto e coloca seus cabelos atrás da orelha. Então pergunta, se ela tem certeza que quer ficar com ele, pois ele a ama e arriscaria tudo por ela. Então Carla diz:
_Totem, eu não tenho nenhuma experiência e já abri mão de tudo por você. Os meus pais...meus pais, estão furiosos e preocupados! Não sei se eles vão me perdoar. Também estou preocupada com eles e se esse pessoal for atrás deles se vieram atrás de mim, eles podem fazer qualquer coisa, eu não me perdoaria se acontecesse alguma coisa com os meus pais ou com a minha família. A Priscila, passou mal por conta do estresse. Edmar eu te amo, mas eu não quero sentir medo o tempo todo. Ele consola Carla, limpa suas lágrimas:
_ Não gostava do meu nome, até ouvi-lo na sua boca. Fica tranquila Já mandei meus homens cuidarem da sua família a distância é claro. Também estou com medo pois é a primeira vez que sinto algo assim por alguém! Desde o primeiro momento em que te vi eu me apaixonei. Não posso afirmar que vou saber lidar com isso, mas sei que não posso viver sem você.
Totem toma Carla em seus braços e a beija, em meio as carícias vão tirando as suas roupas. Totem a pega em seus braços e a leva para cama com muito carinho, beija todo o seu corpo que transcende de prazer, ele faz carinho na parte interna de sua coxa, beija em volta da sua vulva, volta para sua barriga, provocando prazeres nunca sentidos antes por Carla, Totem tem total cuidado em fazer sua amada ter uma maravilhosa primeira experiência sexual.
Após o coito, Carla dorme angelicalmente enquanto Totem lhe admira. Ele vai até a sacada liga para Leandro.
_ Me diz como está a situação na baixada?
_ Pô chefe situação está de boa agora. Pessoal do Rômulo quando a gente atirou neles, eles saíram correndo. Devem estar lá no hospital agora. Mas acho que ele não vai mais ter ousadia de te atacar novamente ele agora viu quem manda.
_ Bom Leandro não devemos confiar só nisso! Vá até o hospital e confirma como eles estão. Leandro faz o que lhe foi mandado. Mas antes ele passa no quarto de Priscila.
_ E aí gata como você está o que aconteceu cara? Priscila assustada com a presença dele no seu quarto.
_ O que você está fazendo aqui?
_ Resolvendo umas parada, aí vi a Daniela lá fora que falou que você estava aqui e decidi dar um oi.
_ Já estou melhor, foi uma crise nervosa somente isso.
_ Tô ligado nessas paradas de estresse, mas estou sabendo também dos seus lance de saúde. Tem certeza que está de boa?
_ Sim, estou! Muito grata pela sua preocupação.
Ele se despede, quando vai sair do quarto de Priscila. Seus tios perguntam de onde conhece o menino, ela responde que é da escola. Seu tio pega Leandro pela gola da camiseta e pergunta. Se ele é o tal de Totem, que está com sua filha Carla.
_ Ei tio desencana, sou eu não cara. Meu nome é Leandro, mas o senhor pode ficar de boa o chefe tá apaixonado, não vai acontecer nada de mal com a tua filha não, ela está de boa, ela está bem. Cecilia implora para que ele diga onde ela está.
_O tia foi mal aí, nem se eu soubesse eu não podia dizer. Ele está mocozado para proteger a menina, até a poeira baixar. Mas vou te contar uma coisa. Quem pegou tua filha foi o Rômulo, meu patrão tem nada a ver com isso não, meu patrão tirou ela das mãos do Rômulo e do Rony filho dele. Eu só posso te dizer isso. Leandro pretende que a ira do pai resolva a sua culpa e ele tinha razão, Roberto foi procurar Rômulo, na recepção do hospital vê a sua esposa que lhe diz que está aguardando notícias da cirurgia que ele foi baleado e Rony também mas que está bem. Roberto pergunta o que aconteceu ela mente dizendo ter sido um assalto, pois foi o que disse aos policiais.
Francisco encontra Roberto e diz para ele se acalmar, para que não deixe as atitudes do passado virem a tona. Roberto irritado diz que não se importa, se tiver que matar pela filha o fará. Cecília chega e mostra os policiais para marido e pede que tenha cuidado.
Roberto respira e senta. O doutor chega e pergunta, familiares de Rômulo Aguiar, Solange responde então ele diz que terminou a cirurgia e que seu marido está instável, ficará na UTI em observação. Cecília abraça Solange que está sozinha e Roberto pergunta sobre Rony, ela lhe informa e ele gentilmente diz que vai ver como ele está.
Chega no quarto do Rony e já vai lhe dizendo.
_ Se acontecer alguma coisa com a minha filha, você vai descobrir do que o pai dela é capaz!
_ Não sei do que o senhor está falando.
_ Não me interessa no que você e o seu pai estão metidos, mas vocês não deveria ter envolvido a minha filha. Já te avisei.
_ Sério? Eu e o meu pai não aceitamos ameaças. Se a sua filha se envolveu com a pessoa errada, a culpa é sua que não a educou direto.
Roberto vai para cima dele o sufocando com as mãos, Francisco chega na hora e tira ele de cima de Rony, Roberto sai do quarto avisando que ele não sabe com quem ele mexeu.
No apartamento Carla acorda e Totem a espera com uma bela mesa de café da manhã.
_ Que bom que você acordou meu belo anjo. Beija sua mão, sua testa e sua boca. Você está bem??
_ Estou me sentindo mal...
_ O que foi meu amor?
_ Fica calmo... Estou mal de está me sentindo tão bem e feliz, devido tudo o que está acontecendo.
_ Que susto! Tudo que eu quero é te fazer feliz.
_ E você está! Me falaram tantas coisas sobre você, eu lutei para não deixar o sentimento que também senti a primeira vista. Eu senti tanto medo e realmente o nosso amor, envolve a segurança de tantas pessoas, eu não sei o que fazer, eu não quero perder você, mas a minha família nunca vai te aceitar! E como seria essa relação Totem, nessa vida que você leva, sempre terá inimigos.
_ Amor, eu não vou te dizer que sou santo, sei que já fiz e ainda vou fazer muitas coisas erradas, nesse caminho que a vida me levou ou eu escolhi! A única certeza que eu tenho agora é o amor que eu sinto por você! E que nunca, nunca imaginei sentir por alguém.
Eu realmente tratava mulheres como objetos. Só usava elas para o meu prazer mesmo. Não estava nos meus planos me apaixonar. Mas, eu não sei, eu não acredito em destino, em Deus, em coincidência, em acaso,mas você veio para mim e eu também não quero te perder. Eu sei que estar longe da sua família é uma tristeza para você, eu só quero a sua Felicidade! Eu sei que podemos resolver isso chegar num acordo. O começo não vai ser fácil, talvez eles não me aceitem agora, mas, vamos deixar o tempo resolver essa situação! Vamos aproveitar cada momento cada instante, o agora.
Pega Carla em seus braços. Limpa suas lágrimas, a beija fervorosamente, lhe pega em seus braços, Carla coloca suas pernas em seu quadril ele a senta na mesa tira a sua camiseta a pega novamente e leva para cama, beija todo o seu corpo fazendo a gozar em sua boca, depois lhe vira de quatro e penetra, gemendo de prazer.
Após o delicioso sexo, vão enfim tomar café. A campainha toca, Totem vai atender, é o seu avô, eles se abraçam e depois apresenta Carla.
_ Então, enfim conheci a que abriu o coração do meu neto. Tu belleza es realmente impresionante
Carla fica encabulada e com as bochechas vermelhas.
_ Que bela, e é meiga também. Fez uma ótima escolha filho, desejo felicidades.
_ Obrigado vovô, mas já começamos com turbulências.
_ Sim, sim, já sei de tudo, inclusive conheço o pai dela. Ele me ligou e realmente está enfurecido.
_ Como assim, o meu pai Roberto, como ele conhece o senhor.
_ Menina o que eu posso te falar é que,u sou padrinho do seu pai, algo mais terá que perguntar à ele.
_ Estou impressionado de saber isso vovô, o senhor nunca me disse que tinha afilhados aqui. Então se vocês se conhecem, pode intervir por nós, vovô eu realmente amo a Carla.
_ Filho o que eu posso te dizer é que, nos afastamos a muitos anos e não foi de uma maneira amigável.
_ Talvez essa seja a situação para reaproximar a família?
_ Por isso estou aqui, mas não posso garantir nada. Vou me encontrar com ele a noite e verei o que posso fazer.
_ Obrigado vovô, eu quero ir e me apresentar à ele.
_ Não, quero falar com ele antes. Fiquem aqui eu volto com notícias.
Roberto, Francisco e o Sr. Nelson estão em uma lanchonete aguardando a chegada de Boliva.
_ Não estou a vontade em reencontrar Boliva. Diz Nelson.
_ Você acha que eu e o Francisco estamos? O meu pai confiou em você e ele era o melhor amigo dele.
__Eu lamento tudo que aconteceu e sei da sua dor, eu também perdi o meu filho.
_ Está me dizendo que?...
_ Sim, eu sou o seu avô, não era para o meu filho estar lá. O seu padrinho estava em perigo, e seu pai queria ajudá-lo! Não há um dia que eu não lamente por ter entrado nessa vida e o meu filho e o Bolíva terem me seguido. Na época era o auge, pertencer a alguma gangue, era como ser um popstar. Eu não via o tamanho da perda que eu poderia ter. Perdi meu filho, você, sua irmã, os seus filhos os meus bisnetos. Desde que eu soube sobre a Priscila e agora a Carla eu quis vir te contar e oferecer a minha ajuda, mas eu não tive coragem. Que bom que você me procurou.
_ Então a culpa foi sua e não do meu padrinho ?
_ A sua avó implorou, para eu não levar os meninos e eu nem liguei, o seu pai e o Boliva eram muito amigos, como irmãos e onde um ia o outro ia atrás. Nesse dia o seu pai ficou quando o Boliva chegou lá eu estava tão fissurado e sem dinheiro, então os caras ofereceram um serviço em troca da droga e o Boliva não quis me deixar ir sozinho foi comigo e se não fosse por ele eu estaria morto, eu estava fora de mim, usei tanto naquele dia que tive uma overdose, o Boliva também estava chapado, mas conseguiu me levar para o pronto socorro. E foi assim que o Boliva entrou nessa vida. Ele e o seu pai comandavam a região a sua avó morreu de desgosto, seu pai ficou louco de raiva, de culpa mas já estava dominado pelas drogas e a tão falada vida fácil. Os dois ficaram grandes, tinha a polícia, os políticos e os outros traficantes na mão...
_ Era uma época boa! Boliva chega e interrompe Nelson. Se sentou e mandou que Nelson continuasse.
_ ... E isso foi o erro deles, ficaram vaidosos, cheios de si e não viram a trama que estavam fazendo contra eles. Naquela noite, a sua mãe já estava grávida da Maria e você já com sete anos...
Boliva continua:
_... A sua mãe pediu para que seu pai não fosse, que nós não fossemos. Mas não demos ouvido. Fomos para o centro, estava chegando um carregamento muito grande, de tudo, drogas, álcool, medicamentos até brinquedos, o nosso galpão era sortido, na fachada ficava as coisas legais e no porão, rolava de tudo ilegal, tínhamos parceiros fortes, até promotor. Estava tudo bem. Até o cobra aparecer, não demos atenção ao jogo bicho, pensávamos que éramos invencíveis. Quando a polícia invadiu o galpão, já tinha tudo planejado, foram direto para porão, não tivemos chance. A última coisa que me lembro depois que o seu pai entrou na frente da bala por mim, foi o cobra erguendo o copo para mim enquanto a polícia me algemava no chão, nunca esqueci o sorriso dele de satisfação. No dia que me extraditaram para Bolívia eu jurei que vingaria o seu pai e sua mãe e o fiz!
Nelson completa:
_ Aquele dia o chão se abriu para mim, muitos anos que eu não sabia o que era sentir, sempre chapado com drogas e álcool, quando eu vi meu filho caído morto na minha frente, fiquei sóbrio na hora, nunca senti uma dor tão grande, consegui fugir, quando cheguei em casa a vizinha disse que Marta tinha ido para o hospital com Jane a sua mãe, eu fui imediatamente para lá. Mais uma dor, quando Jane soube da batida começou a passar mal e teve Maria prematura e não resistiu ao parto. Marta me expulsou e disse para nunca mais me aproximar. Eu sei que fui covarde, mas respeitei a dor da minha amada que eu não valorizei, ela sofreu tanto comigo, depois com o filho e quase com você.
Roberto emocionado diz:
_ Eu sabia eu dizia para vovó que faltava alguma coisa nessa história, eu lembro quando o padrinho apareceu eu tinha uns quatorze anos, ela ficou furiosa e só dizia que o senhor havia matado os meus pais. E quando encontramos o senhor vovô aquele dia na praça, ela nos disse fica longe desse homem ele é do mal, eu entendi nada quando salvou eu e o Francisco da prisão. Eu lembro que te perguntei e você disse, queria que tivessem feito isso por mim. E todas as vezes que tentava falar para a vovó ela passava mal e nem me ouvia.
Francisco diz:
_ Depois daquele susto nos afastamos na turma. E se não tivéssemos conhecido nossas esposas, talvez poderíamos ter fraquejado, esse tipo de vida tende a nos encantar. Mas, ficamos firmes pela família, eu me dediquei aos estudo até enquanto pude e Roberto nos negócios. Assim demos orgulho para dona Marta antes dela partir.
Nelson muito emocionado diz:
_ Não consegui que ela me perdoasse antes de falecer. Vou conviver com essa culpa é sóbrio desde a morte do meu filho.
Boliva diz:
_ Foi muito bom, organizarmos o passado, eu te peço perdão afilhado, também fui covarde, deveria ter tentado mais. Acho que agora, temos uma chance para o futuro, temos que falar sobre o Edy e a Carla.
_ Com todo respeito Boliva, padrinho! Eu sei que te liguei, para ajudar, mas eu não quero a minha filha com o seu neto. Diz Roberto à Boliva.
_ Meu filho, você não acha que essa é a oportunidade para quebrar esse círculo?
_ A minha filha acabou de fazer dezessete anos. Eu quero que ela estude. Na nossa época nos enfrentávamos, respeitava a família do outro. Hoje não é assim, a minha Carla foi levada com uma arma na cabeça, a minha sobrinha está no hospital. Como vou ficar tranquilo, nem sei onde ela está, se realmente está bem ?
_ Ela está, eu mesmo a vi! Um encanto a sua filha. O que eu posso dizer é que eles se amam e você sabe que não se afasta o amor.
Francisco diz:
_ Roberto a filha é sua, mas o desejo dela tem que ser levado em conta. Lembra o que você passou com o pai da Cecília e olha hoje o respeito que ele tem por você. O Edy tem o direito de mostrar o seu valor também.
Passado dois meses, todos estavam na formatura do ensino médio de Carla e Daniela. Na mesa estavam Carla, Totem, Roberto, Cecília, Francisco, Maria, Pry , Antônio, Boliva e Nelson, estavam todos felizes até que entrou Rômulo com sua esposa e filho. Nessa hora Totem quer se levantar com muita raiva, mas Carla segura ele, seu avô percebe e também pede para que se acalme.
Roberto diz:
_ Fica calmo menino, não vale a pena, tenho um amigo investigador que disse que o que é dele já está chegando.
Rômulo e Rony se dirigem até eles.
_ Hora, hora, que bela família! Não imaginava ve-lo aqui Boliva.
_ Mas eu estou! Quero educadamente lhe pedir que vá para o sua mesa, não são bem vindos aqui.
Enquanto Boliva fala um de seus seguranças, chega perto e mostra a arma por dentro do terno.
_ Calma! Só vim dar um oi.
Totem diz:
_ Já deu, agora saia. E agradeça à Carla por você poder dar oi.
_ Quanta bondade, senhorita Carla, obrigado. Roberto você tão impecável em honestidade, está bem de genro né?
Roberto responde.
_ O meu caráter é sim reto. Preocupe-se com a sua futura nora, pois da minha família nada lhe diz respeito.
Rômulo e Rony saem e Carla não se sente bem, chama Pry para ir ao banheiro com ela, no banheiro estão as quatro e Carla Chora e vomita. Luana trocando a maquiagem diz, está parecendo a minha madrasta grávida. Carla olha para Pry. Daniela diz:
_ Luana você não viu todo o estresse que a Carla está passando?
_ Gente não falei nada demais. Ignora aqueles idiotas. O Leandro disse que eles vão ter o que merece.
_ É isso que eu não quero Luana. Quero paz.
_ Um pouco tarde, você escolheu ficar com um traficante, paz não cabe nessa vida.
Pry e Daniela chamam seu nome, com intenção de calar sua boca.
Elas voltam para a mesa, Carla vai dançar com Totem e Pry com seu irmão Antônio, Luana com Leandro e Daniela com um rapaz, as meninas piscam e sorriem para ela. Terminam a noite todos felizes.
As dormiram na casa de Carla e acordam com ela vomitando. Pry pergunta para a prima se ela e totem haviam transado ela responde que sim.
_ Prima, então a Luana pode está certa
_ Mas, foi só duas vezes. Diz Carla.
Então pedem para Luana ir no bairro vizinho onde ninguém a conheça e comprar uns testes de gravidez. Luana retorna algumas horas depois e Carla faz os três teste, coloca na cama e todos ficam positivo. Nesse momento a cabeça de Carla começa a rodar, ela se lembra do seu pai falando com ela e Totem no flat, que não estava feliz e nem tranquilo com essa relação, porém iria dar uma chance, mas que de maneira nenhuma poderia deixar de estudar. Qualquer deslize Carla iria para casa da sua irmã na Espanha.
As meninas ficam chocada e chama Carla que está catatônica, então ela desmaia.
Capítulo 1 Cotidiano
17/11/2021