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Capítulo

QUEM É O PAI? "Sei que neste mundo imenso, radiante, é tradição o papai e a mamãe anunciarem a chegada do bebê. Bem, ainda faltam sete meses para eu nascer, mas já estou me anunciando. Vejam bem... Mamãe está mantendo segredo sobre minha existência. E a indiferença dela deixa papai vacilante. Mas mamãe sempre amou papai... e apesar da intimidade da noite em que eu apareci, ele nunca pronunciou aquelas três palavrinhas (Não, não são: "troque minha fralda"). Ah... os pais! Sei que eles vão se entender, porque os bebês são sinônimos de esperança, e tudo o que este bebê aqui deseja é um final feliz...

Capítulo 1 1

"Sei que neste mundo imenso, radiante, é tradição o papai e a mamãe anunciarem a chegada do bebê. Bem, ainda faltam sete meses para eu nascer, mas já estou me anunciando. Vejam bem... Mamãe está mantendo segredo sobre minha existência. E a indiferença dela deixa papai vacilante. Mas mamãe sempre amou papai... e apesar da intimidade da noite em que eu apareci, ele nunca pronunciou aquelas três palavrinhas (Não, não são: "troque minha fralda"). Ah... os pais! Sei que eles vão se entender, porque os bebês são sinônimos de esperança, e tudo o que este bebê aqui deseja é um final feliz...

CAPITULO I

Praia, madrugada. Hora em que os namorados, ainda em trajes de gala, pés descalços, andam pela areia, de mãos dadas, dan¬çando o próprio ritmo, rindo, sonhando, beijando-se, enquanto o sol surge no horizonte.

Nessas ocasiões, os funcionários da prefeitura, mochilas a tiracolo, recolhem moedas, brincos e outros pequenos tesouros esquecidos pelos turistas na praia de Ocean City, Nova Jersey. Eles param, observando os casais, sorriem com saudade e re¬tornam ao trabalho.

Momento em que rapazes musculosos passeiam com seus cães enormes e brincalhões, que em geral atendem pelos nomes de Rex, Tobby ou Apoio. Animais de aparência assustadora, mas que não passam de adoráveis bebês brincando na água sob os olhares vigilantes de seus donos.

Uma mulher solitária senta-se na areia, queixo apoiado nos joelhos dobrados, para assistir à neblina desaparecer, dando lugar ao Sol, que, indiferente à angústia que a invade e a seu mundo pessoal, muito abalado, brilhará soberano no céu.

Jéssica Chandler, vinte e oito anos, quase vinte e nove, alta, magra, corpo bem-feito. Os cabelos castanho-claros, quase loi¬ros, normalmente presos num coque, estavam soltos, caindo-lhe no rosto, escondendo as feições aristocráticas e os olhos azuis úmidos pelas lágrimas.

Executiva de sucesso, era rica por herança familiar e pelo próprio trabalho. De licença da empresa que ela e Ryan, o irmão mais velho, dirigiam em Allentown, Pensilvânia, fora para a residência da família em Nova Jersey, para pensar e caminhar pela areia.

Era mais uma pessoa naquela manhã, olhando as gaivotas, sem na verdade vê-las, enterrando os dedos na areia molhada, soltando suspiros e soluços que a brisa suave carregava para longe, mas que não conseguia sufocar.

Um dos tipos musculosos focalizou Jéssica e lançou o dálmata na direção dela, de propósito.

— Não, Buster! Para cá! Cuidado com a moça! — Correndo, ele se aproximou de Jéssica, desculpando-se pelo cão.

O rapaz era alto, bonito, com músculos desenvolvidos graças a muitas horas de exercícios diários, e sorriso largo e confiante.

— Tudo bem — disse Jéssica, mal olhando para ele, sem que seu cérebro registrasse a beleza atlética, sem considerar a atenção dele como um cumprimento.

Levantando-se, ela tirou a areia do short verde e afastou-se. Caminhou em direção às ondas, sem se virar para trás.

Dando de ombros, o moço seguiu seu caminho, acompanhado pelo fiel Buster.

Jéssica Chandler estava só naquela manhã de julho, mas não queria companhia, fosse masculina, fosse canina.

A mansão Chandler, uma construção de pedra grande de¬mais para ser chamada de casa, localizava-se num subúrbio, na parte oeste de Allentown, Pensilvânia, e a algumas horas, seguindo na direção noroeste, de Ocean City, Nova Jersey.

Lá, viviam Jéssica, o irmão mais velho, Ryan, a avó Almira, muitos empregados e, até dois meses antes, Maddy, a irmã caçula.

Agora, Maddy estava casada. Com Joe O'Malley, o homem a quem ela abandonara à porta de igreja, em Las Vegas, quase dois anos atrás, e que voltara às vésperas do casamento de Maddy com Matthew Garvey.

Maddy e Joe haviam comprado a magnífica residência vi¬zinha à mansão Chandler. Tinha acabado de voltar da longa lua-de-mel, e só não estavam mais felizes porque Jéssica não se encontrava ali para recepcioná-los.

— Não acredito — disse Maddy Chandler O'Malley, sentada na banqueta da cozinha, observando a avó colocar sorvete em três taças.

— É isso mesmo, minha querida. — Almira entregou uma taça para Joe O'Malley, e depois apontou o freezer de portas duplas, do outro lado da cozinha. — Adoro os dias de folga da sra. Hadley. Sorvete no almoço... Existe alguma coisa mais decadente? Pelo menos, em minha idade.

Almira piscou, marota. Cuidava dos três netos fazia mais de doze anos, desde a morte dos pais deles. E levara a sério a responsabilidade, numa fase da vida em que conviver com netos deveria ser apenas um passatempo.

Ela amava a vida e os netos. Sempre acreditara que eles eram seres inteligentes e espertos o bastante para cuidar de si próprios. Apenas precisavam dela para colocá-los na direção certa.

Almira pusera Maddy na direção de Joe. Nunca sequer con¬siderara suas ações como uma intromissão. Considerava-as, sim, como simples empurrões.

— Deixando de lado o sorvete e a folga da sra. Hadley, diga-me, Allie, o que Jéssica foi fazer em Ocean City? Minha irmã nunca vai antes de agosto, quando encerra o ano fiscal.

— Maddy esperava encontrar Jéssica aqui, Allie, curiosa de ouvir tudo sobre nossa lua-de-mel. — Joe beijou o alto da cabeça da esposa. — Não é, querida?

Maddy, a eterna criança da família, de olhos verdes e cabelos pretos, encostou-se no marido, oferecendo os lábios para o beijo.

— É sim, meu amor.

Eles formavam um casal perfeito. Duas pessoas bonitas que se completavam em todos os sentidos. Pareciam mais jovens, mais belos e mais felizes do que seria possível. Joe, loiro, com olhos azul-cobalto. Maddy, com rosto em formato de coração e corpo roliço, que parecia feito sob medida para os braços do marido.

Almira tinha certeza de que agira bem. Era o que repetia a si mesma, não pela primeira vez, nem pela centésima.

— Bom apetite! — Almira brincou, fechando os olhos e deliciando-se com uma colherada de sorvete.

Joe riu, sentando-se na banqueta, ao lado de Maddy. Depois, fitou Almira com expressão carinhosa.

— Oh, Allie, e pensar que, se não fosse por você, Maddy e eu ainda estaríamos fingindo que não nos amamos! A esta altura, ela estaria casada com...

— Não — Maddy interrompeu-o, meneando a cabeça. — Não, eu não estaria. Lembre-se, querido, Matt pretendia romper o noivado antes mesmo de eu confessar que ainda estava apaixo¬nada por você. Ele só tentava criar coragem para dizer que não poderia se casar comigo. Matt e eu jamais chegaríamos ao altar.

— Isso é verdade — Almira confirmou. — E, como sou a responsável por essa imensa harmonia que vocês fazem questão de demonstrar, acho muito propício lembrá-los de que, algum dia, ficarei velha, e que espero que cuidem de mim.

— Fique tranqüila, vovó! — brincou Maddy. — Providencia¬remos uma villa na Espanha, no alto das montanhas. Há na Espanha aquelas montanhas inacessíveis por terra, não é, Matt?

— E distante de todo e qualquer tipo de civilização — Joe respondeu de imediato. — Com vigilância vinte e quatro horas, claro, para impedir possíveis tentativas de fuga.

— Com a sra. Ballantine como carcereira-chefe? Impossível! — Maddy arrematou, referindo-se à governanta da família Chandler, uma mulher a quem Almira jurava odiar, mas que era seu braço direito havia tantos anos que quase dava para perder a conta.

— Em vez das montanhas espanholas, por que não a An¬tártida? — Joe sugeriu, entre risos.

— Vocês não se atreveriam! — Almira exultava por aqueles dois jovens enamorados. — Bem, não é nada agradável ouvir isso dos próprios netos, sobretudo porque nunca planejei envelhecer.

— Allie, "envelhecer" é um termo que não consta de seu vocabulário. — Joe ainda ria. — Não enquanto você conseguir vencer Maddy no tênis.

— Até mesmo a sra. Ballantine bate Maddy no tênis, meu querido. De olhos fechados! — Almira largou a colher no prato de porcelana. — Agora que estamos todos servidos, quero que me contem como foi a lua-de-mel. Nada de descreverem aqueles cartões-postais que nos enviaram durante as sete semanas. Vamos ver. Qual foi mesmo meu favorito? Ah, sim, aquele em que es-creveram "Estamos nos divertindo muito, e contentes por vocês não estarem aqui". Céus, que falta de criatividade! Eu até entendo. De tão envolvidos, não tinham tempo para a originalidade. Bem, deixando certos detalhes de lado, podem começar a contar tudo.

— Não vamos dizer uma só palavra sobre nossa lua-de-mel enquanto você não nos contar por que Jéssica foi para Nova Jersey, Allie. Está feliz demais por minha irmã estar lá, e não aqui, e eu quero saber por quê.

— Você não tem de saber, querida. Quem deveria saber de tudo, saberá, em muito pouco tempo. Ponto final. E, já que não querem falar sobre a lua-de-mel, acho que vou chamar Julie para cuidar de minhas unhas. Até mais, crianças.

— Mas...

— Desista, Maddy. — Joe colocou as três taças na pia, dei¬xando a água escorrer sobre elas. — Não adianta insistir. Allie está usando um daqueles velhos truques. Não está, Allie?

— Eu? — Almira, que já estava saindo da cozinha, parou com expressão inocente. — Lógico que estou, meus amores! E também estou surpresa com a pergunta, Joe. Se você percebeu, nem deveria indagar.

Depois de assinar a última folha de papel, Matthew Garvey reclinou-se na cadeira.

— Parabéns, amigo Ryan. Liquidando o empréstimo dois anos antes do prazo e aumentando seu capital de giro, você está proporcionando uma grande alegria aos banqueiros.

Ryan sorriu, evitando sustentar o olhar do amigo. Aquela atitude provocava-lhe uma enorme e inexplicável dor de cabeça.

— Creio que você não gostaria que eu me diversificasse, Matt. Isto é, creio que prefere que eu continue trabalhando só com seu banco, em vez de abrir conta nos concorrentes.

— Cite os nomes deles, e eu mesmo os descartarei, com seus cumprimentos — Matthew resmungou.

Ryan levantou-se e colocou as mãos na cintura, fazendo um alongamento.

— Rapaz, mais uma noite de serviço até altas horas, e me sentirei de novo um estudante em época de provas. Jessie não poderia escolher momento mais errado para enfrentar uma crise existencial.

Assim que as palavras saíram de sua boca, Ryan estremeceu, e não pelos músculos contraídos. Contou até três, sentindo outra vez as têmporas latejarem, e até cinco, esperando que Matthew não registrasse sua indiscrição.

A culpa era dê Allie, revelando-lhe coisas que ele preferia não saber, deixando-o, depois, em conflito com sua consciência, perguntando-se o que era mais errado: contar ou calar-se.

De certa fora, sua língua comprida decidira por ele.

Apenas contara até quatro quando Matthew quis saber:

— Crise existencial? Isso não combina com Jéssica, Ryan. Ela é a pessoa mais controlada e equilibrada que já conheci.

— É mesmo. Competente... eficiente... trabalha como nin¬guém aqui na fábrica. Jéssica é muito mais esperta e dedicada do que eu, caso você não tenha notado. Não sei o que faria sem minha irmã.

— Mas está enfrentando uma crise existencial... — Perce¬bendo a intenção de Ryan de mudar de assunto, Matthew agar¬rou-se à tênue informação com a tenacidade de um buldogue.

Jéssica o estava evitando desde antes do casamento de Maddy. Para ser exato, desde que Maddy rompera o noivado deles para comprometer-se com J.P. O'Malley, o novo rei do mundo da informática.

Matthew telefonara e mandara e-mails. Aparecia na mansão de surpresa, com o pretexto de conversar com Ryan, esperando ver Jéssica.

Quase dois meses, e ela nem sequer permitira que ele se apro¬ximasse. Se Matthew a procurava nos escritórios das Industrias Chandler, diziam que Jéssica se encontrava em conferência. Se chegasse à mansão Chandler, ela sempre acabara de sair. Jéssica não tomava conhecimento dele. Não queria falar com ele.

Matthew não a vira mais, desde aquela manhã em que eles...

Estremecendo, tentou reconsiderar as palavras "aquela manhã em que eles", mas elas não podiam ser substituídas, nem negadas. Assim como não iria negar que Jéssica o estava evitando.

Pelo que entendia, Jéssica Chandler saíra de seus braços direto para o isolamento.

Matthew se levantou e caminhou ao redor da imensa mesa de reuniões. Os dois amigos eram altos. Como Maddy, Ryan tinha cabelos pretos e olhos verdes. E Matthew reparara que, também como os de Maddy durante algumas semanas antes do rompi¬mento do noivado, o olhar de Ryan parecia evasivo e misterioso.

Alguma coisa estava acontecendo, Matthew sabia. E, se o arrepio na nuca tivesse algum significado, sentia que o desa¬parecimento de Jéssica tinha muito a ver com o que acontecera entre eles.

— Onde ela está, Ryan? Para onde foi?

Ryan deu-lhe as costas e parou junto à janela que dava para o pátio da fábrica de roupas que levava o nome da família Chandler por três gerações.

Almira tinha razão ao afirmar que, mais cedo ou mais tarde, Matthew iria se aproximar dele querendo saber de Jéssica.

E agora, de acordo com as previsões da avó, Ryan acabaria contando-lhe, quebrando, assim, a promessa que fizera à irmã, e diria a Matthew Garvey que Jéssica estava se escondendo na residência da família em Ocean City.

Almira dera-lhe instruções para criar o maior mistério sobre a atitude de Jéssica. Depois, deveria observar com atenção a reação de Matthew e soltar mais informações, caso ele se mos¬trasse preocupado.

Muito bem, Matthew reagira. E "preocupado" era uma pa¬lavra amena. Como Almira podia prever tudo? Ele não indagara à avó por que a revelação do segredo deveria ter se dado de forma tão dramática. Bem, aquela era uma das coisas que Ryan achava melhor não entender. Mas tinha suas suspeitas.

E aquela dor de cabeça...

— Estou quebrando uma promessa, Matt.

— Não está autorizado a contar a ninguém? Ou só não pode a mim?

Ryan estremeceu, porque Matthew era seu amigo e estava sofrendo.

— Se algum dia você decidir vender o banco, poderá traba¬lhar como detetive ou advogado. Acertou no alvo, Matt. Eu não deveria lhe contar. Claro, não devo sair por aí dizendo a meio mundo, mas seu nome foi o único que Jéssica mencionou.

Os olhos de Matthew faiscaram e os punhos cerraram-se. Tensão, estresse, ansiedade eram seus companheiros havia se¬manas, e Matthew temia perder por completo o controle, caso Ryan não revelasse tudo o que sabia. E bem rápido.

— E você não só manteve sua palavra, como também não me procurou para saber o que estava acontecendo, certo?

— Pensei nisso. — Ryan friccionou a nuca. — Daí, lembrei que você nunca bateu a nossa porta para perguntar se Jéssica queria vê-lo ou não. Sei que Allie desejava que eu esperasse até.... — Fez um gesto evasivo com a mão. — Deixe para lá. Digamos que eu estava esperando o momento propício. Oh, que desculpa esfarrapada! Sinto muito, amigo.

Matthew respirou fundo, sentindo a zanga desaparecer, dan¬do lugar a uma sensação de desconforto. Muitas vezes chegava a desejar que Jéssica não fosse irmã de Ryan.

Ryan era um bom amigo. O tipo de homem em quem todos confiavam, contavam seus problemas financeiros, sentimentais ou de qualquer outra ordem.

Mas as questões com Jéssica não poderiam ser discutidos com Ryan. Não sem provocar uma catástrofe.

— Ryan, nós... hum... Jéssica e eu conversamos na noite... Bem, na noite em que Maddy decidiu cancelar o casamento. Depois do jantar, me senti deslocado à mesa. Então, fui para o jardim, e Jéssica seguiu-me, tentando confortar-me. Ficamos conversando no mirante...

— Você conversaram? No mirante? No escuro? Os dois so¬zinhos?! Ficaram fora por algumas horas, se bem me lembro.

Ryan ficou hirto. Uma de suas suposições transformava-se quase em certeza.

— Não! Agora tudo se encaixa. Vocês conversaram, e, oito semanas depois, minha irmã desaparece para local ignorado, pelo menos para você, depois de passar esse tempo todo evitando-o como uma praga. Deve ter sido uma conversa e tanto!

— Sim! Sim, foi. — Matthew pegou os papéis espalhados sobre a mesa, e empilhou-os. — Na manhã seguinte, nos falamos de novo, e Jessie me tratou muito mal. E se ela descobrir que, desde então, tenho vivido no inferno, e que já fiz penitência suficiente para pagar meus pecados, talvez, concorde em ver-me de novo.

Matthew se apoiou no tampo.

— E então, Ryan? Vai me dizer onde sua irmã está ou não? Ou terei de contar-lhe coisas que você não gostará de saber?

Ryan encostou-se na parede, encarou o amigo e viu o sofri¬mento nas íris azuis, sempre tão radiantes.

— Serei honesto com você, Matt, porque é meu amigo e também porque deve se precaver. Primeiro, Jéssica não quer que você saiba. Segundo, Allie quer. Agora, se não teme que algum desses dois itens possa espicaçá-lo ainda mais, contarei onde minha irmã está. O resto fica por sua conta.

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